Autopercepção de saúde negativa e fatores associados em estudantes de uma universidade do oeste catarinense
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583474481Palavras-chave:
Saúde, Estilo de vida, Universitário, Atividade físicaResumo
Objetivo: Investigar a prevalência e os fatores associados à autopercepção de saúde negativa em estudantes universitários. Métodos: Estudo transversal, conduzido em 450 estudantes de uma universidade comunitária do oeste catarinense. Foi aplicado um questionário para obter informações sociodemográficas (sexo, idade, renda mensal e cor da pele), autopercepção de saúde, quantidade de doenças com diagnóstico, nível de atividade física e uso de tabaco e álcool. Os dados foram tratados por meio de estatística descritiva e as comparações entre os sexos foram realizadas através do U de Mann-Whitney. Para identificar os fatores associados à autopercepção negativa de saúde recorreu-se à regressão logística, considerando os valores de Odds Ratio (OR) e os intervalos de confiança de 95% (IC 95%). Resultados: A prevalência de autopercepção negativa de saúde dos universitários foi de 32,4%, sendo maior nas mulheres (36,4%). Associaram-se à autopercepção de saúde negativa, possuir três doenças ou mais (OR: 2,79; IC95%: 1,26 – 6,19), ingestão semanal de bebidas alcoólicas (OR: 3,15; IC95%: 1,54 – 6,44) e baixos níveis de atividade física (OR: 2,54; IC95%: 1,62 – 3,98). Conclusão: Três em cada 10 estudantes universitários apresentaram autopercepção de saúde negativa. Apresentar múltiplas doenças e hábitos de vida negativos, como níveis baixos de atividade física e consumo semanal de bebidas alcoólicas, contribuem para acentuar a autopercepção negativa de saúde. Desta forma, torna-se necessário ações de conscientização sobre a importância dos hábitos de vida saudáveis para a população universitária visando aumentar os níveis de atividade física e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas.
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