Conhecimentos, atitudes e práticas dos profissionais pré-natalistas para o manejo da sífilis gestacional
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583471306Palavras-chave:
Sífilis, Assistência pré-natal, Conhecimentos, atitudes e práticas em SaúdeResumo
Este estudo teve por objetivo identificar os conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais pré-natalistas, que atuam em unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde, em relação às ações preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS) para controle da sífilis gestacional (SG) em um município de médio porte do Sul do Brasil. Trata-se de estudo transversal quantitativo realizado em outubro de 2019, com 50 profissionais, por meio de questionário estruturado autoaplicável. A análise foi realizada por meio de estatística descritiva e inferencial com teste qui-quadrado. Dos participantes do estudo 32% eram médicos e 68% enfermeiros, que atuam majoritariamente há mais de 10 anos no serviço. Observou-se que 92% relataram conhecer o manual do MS, embora menos da metade o tenha lido na íntegra. A maioria participou de treinamentos e possui entendimento da dinâmica de atendimento. As principais dificuldades referem-se ao manejo da sífilis no serviço, sendo o início tardio de pré-natal, o principal. 76% dos entrevistados sugerem trabalhos educativos como estratégia para redução dos casos. Os profissionais com mais tempo de formados (p<0,01) e aqueles que relataram ter recebido treinamento sobre o manejo da sífilis na gestação (p<0,007) conhecem melhor a situação de sífilis congênita no município. Os formados há mais tempo apresentam maior familiaridade com a parte teórica dos protocolos, a abordagem e escolha correta do tratamento. Conclui-se que os conhecimentos, práticas e atitudes são satisfatórios com destaque para as atitudes, uma vez que os profissionais apresentam manejo adequado para o controle da infecção por SG.
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