Impacto de intervenções para controle e mitigação de infecções relacionadas à assistência à saúde causadas por bactérias multirresistentes - Revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583469797Palavras-chave:
Programa de Controle de Infecção Hospitalar, Farmacorresistência Bacteriana Múltipla, Indicadores de Morbimortalidade, Segurança do PacienteResumo
As Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS) associadas a resistência bacteriana, são uma das maiores problemáticas à saúde global. Cerca de 700 mil mortes acontecerão e 80 trilhões de dólares serão gastos no mundo, até 2050, devido infecções com bactérias multirresistentes (MDRs). Objetivos: Descrever o impacto das intervenções que visam a mitigação de IRAS e resistência bacteriana sobre os prejuízos à saúde e econômicos. Métodos: Revisão de literatura integrativa, elaborada pelas etapas de formulação da pergunta de pesquisa, busca nas bases de dados: Science Direct e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MEDLINE), categorização dos estudos, avaliação, interpretação dos resultados e síntese do conhecimento. Resultados: Foram incluídos 14 artigos, desses, 71% relataram aumento da mortalidade em pacientes acometidos por IRAS e resistência bacteriana, bem como, 64% demonstraram aumento nos custos econômicos. As bactérias mais associadas a resistência foram as gram-negativas 28%, especialmente Acinetobacter baumannii e as gram-positivas 14% com destaque para o Staphylococcus aureus. Após as implementações de estratégias para o controle, mitigação e prevenção das IRAS e resistência bacteriana, em 64 % dos artigos analisados verificou-se benefícios claros, como redução na ocorrência de infecções por bactérias multirresistentes (50%), menor tempo de internação (21%) e redução dos custos hospitalares (57%). Conclusão: Após a implementação de programas e estratégias que visam a mitigação de IRAS e resistência bacteriana, observa-se benefícios associados à saúde e econômicos. Além disso, para que estas problemáticas tenham resoluções holísticas é fundamental que os serviços de saúde tenham infraestrutura adequada. Assim, será possível quebrar o ciclo de disseminação de cepas multirresistentes e mitigar todos os prejuízos associados.
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