Cartografar para adiar o fim do mundo
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734890646Parole chiave:
cartografia, pesquisa, Ailton Krenak, multiplicidadeAbstract
Este ensaio tem como objetivo propor uma reflexão acerca da produção de conhecimento na universidade no âmbito da pesquisa. São abordados os impactos do processo colonizatório tanto na manutenção da perspectiva epistemológica hegemônica quanto nos processos de produção de subjetividade contemporâneos. Aponta-se a cartografia como metodologia de pesquisa capaz de acompanhar a diferença e a pluralidade nos processos de subjetivação, enquanto é elaborada uma aproximação com o pensamento de Ailton Krenak, propiciando uma reflexão acerca da possibilidade de utilizar a pesquisa como uma forma de adiar o fim do mundo.
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