O mito da democracia racial brasileira no discurso de educadores da RME-Belo Horizonte: Silenciamentos e Ausências

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644441084

Palavras-chave:

Educação Racial, Discurso, Mito da democracia racial.

Resumo

Este artigo apresenta reflexões sobre o mito da democracia racial brasileira no discurso de educadores da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte. Os dados aqui apresentados foram coletados em áudio com oito educadores de duas escolas, através de entrevistas elaboradas através de questões semiestruturadas, tendo em vista conhecer e discutir as práticas pedagógicas em consonância com as diretrizes das leis 10.639/03 e 11.645/08. Para isso, será discutido o mito da democracia racial brasileira, tomando as reflexões de Florestan Fernandes, (1966); Gomes (2005), 2013; Guimarães (1999, 2002, 2005); Munanga (1999) e as definições de racismo implícito e explícito, abordados por Rosemberg e Silva (2003). E as reflexões críticas da Análise do Discurso em Van Dijk 2003; Orlandi (2015); Silva e Oliveira (2016), dentre outros. Foi notada a carência de formação e a ausência de práticas voltadas para a educação étnico-racial, aliadas ao discurso da democracia racial brasileiro. Verifica-se que o mito da democracia racial se desvela, nas falas dos professores, através da negação do racismo assim como na ausência de práticas pedagógicas que questionem a sua reprodução na escola.

Biografia do Autor

Miria Gomes Oliveira, UFMG

Míria Gomes de Oliveira possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (1992), mestrado em Lingüística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e doutorado em Estudos Lingüísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005). É escritora e professora da FAE-UFMG onde integra a equipe de pesquisadores do CEALE/GPELL/FAE/UFMG e do NERA/FAE/UFMG. Possui formação na área de Linguística Aplicada e Lingüística, com ênfase em Análise Critica do Discurso. Desenvolve pesquisas em: formação inicial e continuada de professores e relações etnico-raciais, EJA, diversidade, interação em sala de aula, ensino/aprendizagem de línguas, ensino da literatura, ensino da leitura e da escrita, letramentos. Tem especial interesse pelo estudo da formação inicial de professores e questões sobre diversidade e relações etnico-raciais. Livros de poesia publicados: Máscaras de Amor e Liberdade(2015); Más Intenções(2017). Livro de contos: Carmencita(2018).

Silvia Regina de Jesus Costa, Doutoranda - Faculdade de Educação/UFMG

Doutoranda no PPG na Faculdade de Educação UFMG. Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação/ UFMG, cursou até o 8º período Ciências Sociais na UFMG, Mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social da FaE/UFMG. É professora do ensino fundamental da Rede Municipal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Atuou como Professora e tutora do Curso Educação Escolar Quilombola do projeto Afirmando Direitos. Formadora, tutora e integrante da equipe pedagógica do curso pre-acadêmico Afirmação na Pós do Projeto de Extensão do Programa Ações Afirmativas. Tem experiência de participação e organização em coletivos sociais e movimentos sociais de classe, raça, gênero e sexualidade. Experiência na coordenação pedagógica de pré-vestibular comunitário - EDUCAFRO e em escolas públicas. Interesse nas disciplinas de humanas com abordagens interseccionais. Juventude, movimentos sociais e coletivos, Ações Afirmativas, Educação escolar quilombola.

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Publicado

2020-12-21

Como Citar

Oliveira, M. G., & Costa, S. R. de J. (2020). O mito da democracia racial brasileira no discurso de educadores da RME-Belo Horizonte: Silenciamentos e Ausências. Educação, 45(1), e106/ 1–17. https://doi.org/10.5902/1984644441084

Edição

Educação, v. 45, 2020 – Jan./Dez. – Publicação contínua

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