Jogos educativos para a prevenção da violência contra criança e adolescente: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179769288523Palavras-chave:
Adolescente, Criança, Violência, Brincadeiras e Brinquedos, AprendizagemResumo
Objetivo: identificar evidências científicas acerca de jogos educativos sobre violência, voltados para crianças e adolescentes. Método: revisão integrativa da literatura, com busca realizada em 10 de fevereiro de 2025, na Web of Science, Scopus, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Educational Resources Information Centre, Medical Literature Analysis and Retrievel System Online e Scielo. Foram incluídos estudos em inglês, português ou espanhol, sem recorte temporal. Resultados: os 13 artigos analisados apresentaram baixo grau de evidência, sendo majoritariamente voltados para jogos sobre violência sexual ou entre parceiros íntimos. Destacam-se os benefícios dos jogos na aprendizagem, enfatizando a adequação à realidade do público-alvo e o envolvimento ativo dos participantes. Conclusão: os jogos educativos constituem importante estratégia de educação em saúde para prevenir a violência contra crianças e adolescentes, entretanto há pouco investimento no desenvolvimento de jogos educativos voltados para a abordagem abrangente, neste tema.
Downloads
Referências
World Health Organization (WHO). Child maltreatment [Internet]. 2022 [cited 2023 Oct 23]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/child-maltreatment.
Bonamigo VG, Torres FBG, Lourenço RG, Cubas MR. Violência física, sexual e psicológica segundo a análise conceitual evolucionista de Rodgers. Cogitare Enferm. 2022;27:e82955. doi: 10.5380/ce.v27i0.82955.
Ragozzino LCM, Henemann EA, Cardoso CP. Caracterização da violência contra crianças e adolescentes. Rev Inst Polít Públicas Marília. 2022;8(1):129-48. doi:10.36311/2447-780X.2022.n1.p129.
World Health Organization (WHO). Violence against children [Internet]. 2022 [cited 2025 Feb 11]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/violence-against-children.
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Mais de 15 mil crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta no Brasil nos últimos 3 anos, alertam UNICEF e Fórum Brasileiro de Segurança Pública [Internet]. 2024 [acesso em 2025 fev 11]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/mais-de-15-mil-criancas-e-adolescentes-foram-mortos-de-forma-violenta-no-brasil-nos-ultimos-3-anos.
Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Nos últimos cinco anos, 35 mil crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta no Brasil [Internet]. 2021 [acesso em 2023 nov 01]. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/nos-ultimos-cinco-anos-35-mil-criancas-e-adolescentes-foram-mortos-de-forma-violenta-no-brasil.
Batista MKB, Gomes WS, Villacorta JAM. Abuso sexual contra crianças: construindo estratégias de enfrentamento na Atenção Primária à Saúde em um município da região metropolitana do Recife. Saúde Debate. 2022;46(N Esp 5):208-20. doi: 10.1590/0103-11042022E517.
Brasil. Presidência da República. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 1991. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm#:~:text=Toda%20crian%C3%A7a%20ou%20adolescente%20tem,pessoas%20dependentes%20de%20subst%C3%A2ncias%20entorpecentes.&text=Art.,-20. Acesso em: 22 nov.2024.
Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015. Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2015 [acesso em 2025 fev 11].
Sousa CS, Oliveira SRS, Leão MR, Lima AA, Maslinkiewicz A, Oliveira Júnior JK, et al. Reconhecendo sinais: a importância da educação em saúde na prevenção a violência. Braz J Implantol Health Sci [Internet]. 2024 [acesso em 2025 fev 12];6(10):2572-80. Disponível em: https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/3950.
Nogueira DL, Sousa MS, Dias MSA, Pinto VPT, Lindsay AC, Machado MMT. Educação em saúde e na saúde: conceitos, pressupostos e abordagens teóricas. Sanare (Sobral). 2022;21(2):101-9. doi: 10.36925/sanare.v21i2.1669.
Ancona A, Corea F, Lombardo C, Gentili D, Mistretta A. Serious games in child and adolescent health education campaigns: a systematic review. Ann Ist Super Sanita. 2024 Oct-Dec;60(4):274-82. doi: 10.4415/ANN_24_04_06. PMID: 39699981.
Sarasmita MA, Lee YH, Chan FY, Chen HY. Digital serious games to promote behavior change in children with chronic diseases: scoping review and development of a self-management learning framework. J Med Internet Res. 2024 Aug 19;26:e49692. doi: 10.2196/49692. PMID: 39158952; PMCID: PMC11369548.
Murr CE, Ferrari G. Entendendo e aplicando a gamificação: o que é, para que serve, potencialidades e desafios [Internet]. Florianópolis: UFSC; UAB; 2020 [acesso em 2023 out 16]. Available from: https://sead.paginas.ufsc.br/files/2020/04/eBOOK-Gamificacao.pdf.
Porto B, Battestin V. Tendências das propostas de gamificação no Moodle: uma revisão sistemática. EaD em Foco. 2022;12(1):e1682. doi: 10.18264/eadf.v12i1.1682.
Lima MVC, Rodrigues PS, Caldeira NV, Knackfuss MI, Cardoso GA, Freitas RJM. Benefícios da gamificação para o ensino em graduações da área da saúde. In: Feitoza DMA, organizador. Pesquisas e saberes em Educação. Campina Grande: Licuri; 2023. p. 140-53. doi: 10.58203/Licuri.20900.
Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Use of the bibliographic reference manager in the selection of primary studies in integrative reviews. Texto Contexto Enferm. 2019;28:e20170204. doi: 10.1590/1980-265X-TCE-2017-0204.
Stern C, Jordan Z, McArthur A. Developing the review question and inclusion criteria. Am J Nurs. 2014;114(4):53-6. doi: 10.1097/01.NAJ.0000445689.67800.86.
Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ. 2021;372(71). doi: 10.1136/bmj.n71.
Fullerton T, Swain C, Hoffman SS. Game design workshop: a playcentric approach to creating innovative games. 2nd ed. Burlington (MA): Morgan Kaufmann; 2008.
Pimentel FSC, Cardoso ANS, Rocha JSA, Santos JAD, Oliveira JVCB. A produção acadêmica brasileira sobre jogos digitais. Internet Latent Corpus J. 2021;11(1):95-110. doi: 10.34624/ilcj.v11i1.24520.
Ramos DK, Knaul AP, Rocha A. Jogos analógicos e digitais na escola: uma análise comparativa da atenção, interação social e diversão. Linhas. 2020;21(47):328-54. doi: 10.5965/1984723821472020328.
Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Evidence-based practice in nursing & healthcare: a guide to best practice. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2005.
Schoech D, Boyas JF, Black BM, Elias-Lambert N. Gamification for behavior change: lessons from developing a social, multiuser, web-tablet based prevention game for youths. J Technol Hum Serv. 2013;31(3):197-217. doi: 10.1080/15228835.2013.812512.
Crecente D. Gaming against violence: a grassroots approach to teen dating violence. Games Health J. 2014;3(4):198-201. doi: 10.1089/g4h.2014.0010.
Jozkowski KN, Ekbia HR. 'Campus Craft': a game for sexual assault prevention in universities. Games Health J. 2015;4(2):95-106. doi: 10.1089/g4h.2014.0056.
Gilliam M, Jagoda P, Jaworski E, Hebert LE, Lyman P, Wilson MC. “Because if we don’t talk about it, how are we going to prevent it?”: Lucidity, a narrative-based digital game about sexual violence. Sex Educ. 2016;16(4):391-404. doi: 10.1080/14681811.2015.1123147.
Fonseca RMGS, Santos DLA, Gessner R, Fornari LF, Oliveira RNG, Schoenmaker MC. Gender, sexuality and violence: perception of mobilized adolescents in an online game. Rev Bras Enferm. 2018;71:607-14. doi: 10.1590/0034-7167-2017-0561.
Navarro-Pérez JJ, Carbonell A, Oliver A. The effectiveness of a psycho-educational app to reduce sexist attitudes in adolescents. Rev Psicodidáct. 2019;24(1):9-16. doi: 10.1016/j.psicoe.2018.07.002.
Potter SJ, Flanagan M, Seidman M, Hodges H, Stapleton JG. Developing and piloting videogames to increase college and university students’ awareness and efficacy of the bystander role in incidents of sexual violence. Games Health J. 2019;8(1):24-34. doi: 10.1089/g4h.2017.0172.
Villalobos Valencia ME, Toro Melo LJ. Los recursos psicológicos emergentes a partir de una propuesta lúdica para niños en riesgo psicosocial. Summa Psicol UST. 2019;16(1):1-10. doi: 10.18774/0719-448x.2019.16.398.
Boduszek D, Debowska A, Jones AD, Ma M, Smith D, Willmott D, et al. Prosocial video game as an intimate partner violence prevention tool among youth: a randomised controlled trial. Comput Hum Behav. 2019;93:260-6. doi: 10.1016/j.chb.2018.12.028
.
Fava AM, Berkenbrock CDM, Vahldick A. Avaliação e remodelagem de um jogo sério para prevenção do abuso sexual infantil. Rev Bras Comput Apl. 2021;13(1):112-24. doi: 10.5335/rbca.v13i1.10894.
Menéndez-Ferreira R, Torregrosa J, Maldonado A, Ruiz-Barquín R, Camacho D. A gamification approach to promote sports values. In: CEUR Workshop Proceedings [Internet]. 2018 [cited Oct 16, 2023];2166. Available from: https://ceur-ws.org/Vol-2166/afcai18-paper5.pdf.
Williams C, Griffin KW, Botvin CM, Sousa S, Botvin GJ. Effectiveness of digital health tools to prevent bullying among middle school students. Adolescents. 2023;3(1):110-30. doi: 10.3390/adolescents3010009.
Raihana FA, Setiawan H, Kabetta H, Qomariasih N. Implementation of game-based learning to enhance security awareness against child cyber grooming attacks. In: 8th International Conference on Information Technology, Information Systems and Electrical Engineering (ICITISEE); 2024 Aug 29-30. Yogyakarta (Indonesia). New York: IEEE; 2024. p. 238-43. doi: 10.1109/ICITISEE63424.2024.10729941.
Cruz Araújo L, Andryê Galvão Madeira C. Jogos educacionais digitais no ensino infantil: uma revisão sistemática da literatura. Renote [Internet]. 2021 jan 04 [acesso em 2024 nov 22];18(2):286-95. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/110238.
Nunes ACP, Silva CC, Carvalho CTC, Silva FG, Fonseca PCSB. Violência infantil no Brasil e suas consequências psicológicas: uma revisão sistemática. Braz J Develop. 2020;6(10):79408-41. doi: 10.34117/bjdv6n10-392.
Leite JCS, Albuquerque GA. A estratégia saúde da família e o enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes: revisão integrativa. Ciênc Saúde Colet [Internet]. 2023 nov [acesso em 2024 nov 22];28(11):3247-58. doi: 10.1590/1413-812320232811.09662021.
Silva JB, Sales GL, Castro JB. Gamificação como estratégia de aprendizagem ativa no ensino de física. Rev Bras Ensino Fís. 2019;41(4):e20180309. doi: 10.1590/1806-9126-RBEF-2018-0309.
Fornari LF, Fonseca RMGS. Prevenção e enfrentamento da violência de gênero por meio de jogos educativos: uma revisão de escopo. RISTI. 2019;33:78-93. doi: 10.17013/risti.33.78-93.
Conceição DS, Viana VSS, Batista AKR, Alcântara ASS, Eleres VM, Pinheiro WF, et al. A educação em saúde como instrumento de mudança social. Braz J Develop. 2020;6(8):59412-6. doi: 10.34117/bjdv6n8-383.
Faustino VL, Santos GB, Aguiar PM. É brincando que se aprende! Uso de jogos educativos como estratégia na construção do conhecimento em Assistência Farmacêutica. Interface (Botucatu). 2022;26:e210312. doi: 10.1590/interface.210312.
Sharifzadeh N, Kharrazi H, Nazari E, Tabesh H, Edalati Khodabandeh M, Heidari S, et al. Health education serious games targeting health care providers, patients, and public health users: scoping review. JMIR Serious Games. 2020;8(1):e13459. doi: 10.2196/13459.
Anunciação LL, Carvalho RC, Santos JEF, Morais AC, Almeida VRS, Souza SL. Violência contra crianças e adolescentes: intervenções multiprofissionais da Atenção Primária à Saúde na escola. Saúde Debate. 2022 Nov;46(Esp 3):201-12. doi: 10.1590/0103-11042022E315.
Stanley N, Devaney J, Kurdi Z, Ozdemir U, Barter C, Monks C, et al. What makes for effectiveness when starting early: learning from an integrated school-based violence and abuse prevention programme for children under 12. Child Abuse Negl. 2023 May;139:106109. doi: 10.1016/j.chiabu.2023.106109. Epub 2023 Mar 2. PMID: 36870266.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Enfermagem da UFSM

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este trabalho está licenciado sob uma Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.



