O programa de monitoramento da biodiversidade e do uso sustentável de recursos naturais –ProBUC – como alternativa de monitoramento comunitário amazônico
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236130813498Palavras-chave:
Monitoramento comunitário, ProBUC, Gestão de unidades de conservação, Populações locaisResumo
O ProBUC – programa de monitoramento da biodiversidade e do uso sustentável de recursos naturais – é apresentado neste trabalho como uma inovação no processo metodológico de monitoramento comunitário no estado do Amazonas. Seu surgimento visa subsidiar a gestão de unidades de conservação estaduais amazonenses. Esta necessidade resulta de um processo maior de aperfeiçoamento da gestão das áreas protegidas em todo o globo, a partir de uma avaliação que considere a realidade de cada bioma e a valorização de suas especificidades. Neste contexto, cresceram, nos últimos anos, as experiências de monitoramento comunitário, especialmente nos países tropicais, onde o monitoramento convencional normalmente é mais caro e não conta com adequado suporte orçamentário e técnico dos governos nacionais. Assim, esta modalidade alternativa de monitoramento comunitário visa incorpora a participação das comunidades locais em todas as suas etapas de implantação, ou seja, da definição de prioridades de espécies e recursos a serem monitorados à interpretação dos resultados com o fito de promover um diagnóstico que possa contribuir com a gestão da área protegida. Pretende-se conhecer a abrangência e metodologia do ProBUC para saber se realmente corresponde a um programa de monitoramento comunitário. Utiliza-se da pesquisa teórica e observações diretas neste artigo. As controvérsias e aspectos complementares entre as modalidades de monitoramento convencional e comunitário são expostas por autores internacionais até se chegar à exposição da proposta do programa estadual amazonense. Outrossim, as principais conclusões de 2 eventos avaliativos sobre este programa são apresentadas, as quais mostram que ainda são necessários diversos ajustes para o funcionamento adequado do programa. Por fim, constata-se que sua implantação nas 3 unidades de conservação precisa de uma avaliação para conhecer sua viabilidade e capacidade de envolvimento comunitário local.
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