Tendências mínimas da temperatura do ar no município de Porto Velho - RO no período de 1971 a 2016

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236117039842

Palavras-chave:

clima da Amazônia, Teste de Mann-Kendall, Teste de Pettitt, Aumento na temperatura mínima.

Resumo

Nos últimos anos, estudos voltados para o clima da Amazônia tem sido foco de grandes pesquisas principalmente para identificação de possíveis tendências de temperatura. Desta forma objetivo desde estudo foi analisar as tendências e os anos de alterações bruscas de temperatura que ocorreram no Sudoeste Amazônia nos anos de 1971 a 2016 no município de Porto Velho-RO. A área de estudo está localizada no município de Porto Velho na Estação Meteorológica de Superfície, foram utilizados dados médios diário de temperatura e subdivididos em séries climatológicas de 1971 a 2006 e 1981 a 2016. Os testes de Mann-Kendall e Pettitt foram empregados para verificação das tendências. Foi constatado tendência positiva pelo teste de Mann-Kendall para os meses de janeiro, fevereiro, março, abril, junho, setembro, outubro e dezembro de 1971 a 2006 e para os anos de 1981 a 2016 apenas os meses de março e junho apresentaram tendência de aumento da temperatura mínima. O teste de Pettitt indicou uma mudança brusca na série de dados coincidindo com a maioria dos meses que apresentaram tendência de aumento na temperatura mínima do ar pelo teste de Mann-Kendall nos anos de 1971 a 2006. No período de 1981 a 2016 o teste de Pettitt indicou os meses de março e junho com modificações na temperatura mínima do ar, este resultado também coincidiu com os meses com tendências positivas.

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Biografia do Autor

Camila Bermond Ruezzene, Center for Water Resources and Environmental Studies, University of São Paulo, São Carlos, SP

Atualmente sou estudante de pós-graduação em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP) e integrante do núcleo de pesquisa de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos. Sou bacharel em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e durante a graduação trabalhei no grupo de pesquisa do Programa de Grande Escala da Biosfera Atmosfera da Amazônia - LBA/RO, na área de Geociências e Ciências Ambientais, com ênfase em micrometeorologia, mais especificamente sobre: Conversão de florestas Tropicais em Sistemas Pecuários na Amazônia Ocidental e suas Implicações Climáticas e no Ciclo do Carbono.

Renata Gonçalves Aguiar, Department of Environmental and Sanitary Engineering, Federal University of Rondônia, Ji-Paraná, RO

Atuo como professora no curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Rondônia - Campus de Ji-Paraná e desenvolvo pesquisas no âmbito do Programa LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia), na área de Geociências e Ciências Ambientais, com ênfase em micrometeorologia, mais especificamente sobre: troca líquida de dióxido de carbono no ecossistema, balanço de energia e mudanças no uso da terra na Amazônia.

Graciela Redies Fischer, Departament of Meteorology, Federal University of Pelotas, Pelotas, RS

Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2004), mestrado em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (2007) e doutorado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (2011). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em micrometeorologia e modelagem de ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia, micrometeorologia de ecossistemas e interação atmosfera-biosfera. Atualmente é Professora Adjunta com Dedicação Exclusiva da Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas. 

Nara Luísa Reis de Andrade, Department of Environmental and Sanitary Engineering, Federal University of Rondônia, Ji-Paraná, RO

Graduada em Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT (2007), mestre em Física Ambiental pela UFMT (2009), Doutora em Física Ambiental pela UFMT (2013). Atualmente é professora do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Rondônia, coordenadora local do Mestrado Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) e integrante dos grupos de pesquisas em Engenharia Ambiental, Ciências Ambientais e Ensino de Física. Tem experiência nas áreas de Engenharia Sanitária e Ciências Ambientais, com ênfase em modelagem de ecossistemas, recursos hídricos/hidrologia, saneamento ambiental, micrometeorologia, interação biosfera-atmosfera.

Renato Billia de Miranda, Center for Water Resources and Environmental Studies, University of São Paulo, São Carlos, SP

PhD in Environmental Engineering Sciences, Postgraduate Program in Environmental Engineering Sciences Professor of University of São Paulo, Center for Water Resources and Environmental Studies, University of São Paulo, São Carlos, SP

Frederico Fabio Mauad, Center for Water Resources and Environmental Studies, University of São Paulo, São Carlos, SP

Possui graduação em Engenharia Agrícola (1990), Especialização em Projeto e Construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas - Eletrobrás/UNIFEI, Mestrado em Engenharia Mecânica- Energia pela Universidade Federal de Itajubá (1995), PDEE Junto ao Instituto Superior Técnico - Lisboa 1998 e doutorado em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Livre-Docente pela Universidade de São Paulo na área de conhecimento de planejamento de sistemas hidroenergéticos (2013). Atualmente é Professor Associado da Universidade de São Paulo. Membro do Comitê Cientifíco do Simpósio da ABRH a partir de 2005 - atual e do Simpósio do ENES a partir de 2007. Coordenador de Projetos de P&D com o setor Elétrico (ANEEL), CNPq, FAPESP, FINEP, FEHIDRO e CAPES. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Hidrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudo de Assoreamento de Grandes Reservatórios, Hidrometria Aplicada, Equipamentos para Análise Quantitativa, Qualitativa e Sedimentometrica, Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos, Aporte de Sedimentos, Recursos Hídricos (Quantitativo e Qualitativo), Simulação Computacional e Usos Múltiplos da Água. Na área administrativa da Universidade de São Paulo ocupou o cargo de Diretor do Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada de 2001 a 2007, sendo reeleito para o biênio 2009 a 2011. Eleito Diretor Presidente da Fundação para O Incremento da Pesquisa e Aperfeiçoamento Industrial - FIPAI para o quadriênio 2010-2014 e reeleito para o mesmo cargo para o quadriênio 2014-2018. Eleito Diretor tesoureiro para o quadriênio 2018-2022. A FIPAI é a Fundação de Apoio a Pesquisa da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Coordenador do curso de Especialização em Educação Ambiental do Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada a partir de 2005. Chefe do Núcleo de Hidrometria do Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada a partir de 2001. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) eleito para o biênio 2011 a 2013, reeleito para o biênio 2013 a 2015, sendo reconduzido para o biênio 2015 a 2017 sendo eleito para o biênio 2017 a 2019.. Vice-coordenador do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE) da EESC/USP/CAPES para o período 2014 a 2018. Vice-diretor do Centro de Ciências da Engenharia Aplicadas ao Meio Ambiente para o período 2014/2018, Reeleito Vice-diretor do Centro de Ciências da Engenharia Aplicadas ao Meio Ambiente para o período 2019/2021 . Indicado Diretor Pro Tempore do Centro de Recursos Hídricos e Estudos Ambientais - 2018.Membro do corpo editorial de cinco revistas. Parecerista da FAPESP, FINEP, FAPEMIG, CNPq, CAPES e revisor de sete revistas. Membro de diversos comitês, organizador e científico, de eventos e congressos.

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Publicado

2019-09-26

Como Citar

Ruezzene, C. B., Aguiar, R. G., Fischer, G. R., Andrade, N. L. R. de, Miranda, R. B. de, & Mauad, F. F. (2019). Tendências mínimas da temperatura do ar no município de Porto Velho - RO no período de 1971 a 2016. Revista Eletrônica Em Gestão, Educação E Tecnologia Ambiental, 23, e39. https://doi.org/10.5902/2236117039842

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