ADOÇÃO DO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS BASEADO NA PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Autores/as

  • Nathália Leal Carvalho Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Afonso Lopes Barcellos Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

DOI:

https://doi.org/10.5902/223611704204

Palabras clave:

Conscientização, Conservação, Inseticidas, Impacto Ambiental.

Resumen

http://dx.doi.org/10.5902/223611704204

Exterminar totalmente os insetos nocivos! Este foi o objetivo da entomologia aplicada a partir dos anos 40. Apesar de radical acreditava-se na sua exequibilidade em virtude do desenvolvimento de novos inseticidas, como o DDT e o BHC, produtos baratos e de largo espectro que qualquer consideração de ordem econômica era irrelevante. Com o passar do tempo, o uso indiscriminado de pesticidas provocou sérias perturbações no meio ambiente como: a seleção de indivíduos resistentes, ressurgimento de espécies controladas, surtos de pragas de importância secundária, diminuição da população de insetos benéficos, efeitos deletérios em animais selvagens e domesticados, inclusive ao homem, e o acúmulo de resíduos tóxicos no solo, na água e nos alimentos. Devido a esses problemas tivemos o desenvolvimento da teoria do controle biológico, com seus predadores, parasitas e métodos de controle populacional e do conceito da manutenção de insetos em níveis economicamente toleráveis, por meio do manejo do ecossistema, baseado num maior conhecimento de ecologia aplicada e de dinâmica populacional. Esses dois enfoques, aparentemente distantes um do outro, têm ponto comum na percepção de que predadores e parasitas só podem sobreviver caso a presa também sobreviva. Forjou-se, assim, um conceito baseado na conscientização e preocupação ambiental, o qual se deu o nome de controle integrado. Este controle não deve ser visto como a simples justaposição de duas técnicas de controle (como os controles químicos e biológicos) mas sim, como a integração de técnicas apropriadas de manejo. Assim, falhas em alguns programas de erradicação química, ordem econômica e uma maior consciência ecológico-social fizeram com que, a abordagem do controle integrado fosse aceita. Atualmente com a preocupação sobre os efeitos nocivos a organismos não alvo e ao meio ambiente, uma filosofia ainda mais abrangente, chamada manejo integrado de pragas – MIP, começou a ser percebida e sentida e está ganhando cada vez mais adeptos visando uma produção ecologicamente correta e sustentável.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Nathália Leal Carvalho, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Engenheira Agronoma UFSM

Especialista em Agribusiness

Mestre em Agronomia - Produção Vegetal - UFSM

Doutoranda em Agronomia - Produção Vegetal - UPF

Citas

APPLE, J.L. The theory of disease management. In Plant disease anvadvanced treatise. How disease is managed (Vol. I). HORSFALL, J.G., COWLING, E.B. (ed.) Academic Press, New York. 79-101, 1977.AGRAWAL, A. A., TUZUN, S., BENT, E. Induced plant defenses against pathogens and herbivores. St. Paul. APS Press. 1999

BACKMAN, P.A., EJACOB, J. C. Thresholds for plant disease manegement. In: HIGLEY, L. G., PEDIGO, L. P. (Ed.). Economic thresholds for ingrated pest management. Lincoln. University of Nebraska Press 1996. pp. 114-127.

BERGAMIN FILHO, A. AMORIM, L. Doenças de Plantas Tropicais: Epidemiologia e Controle Econômico. São Paulo. Ceres. 1996.

COSTA E.C., D´AVILA, M., CANTARELLI E.B., MURARI A.B., MANZONI C.G. Entomologia florestal. Santa Maria: Ed UFSM, 2008. 240p.

CROFT, B. A. Management of pesticide resistance in arthropod pests. In: GREEN, M. B., MOBERG, W. K. & LEBARON, H. (eds.), Managing resistance to agrochemicals: fundamental and practical approaches to

combating resistance. American Chemical Society, Washington, DC, 1990, p. 149-168.

DENHOLM, I.ROLLAND, M.W. Tactics for managing pesticide resistance in arthropods: theory and practice. Ann. Rev. Entomol. 37: 92-112, 1992

DENNEHY, T. J. OMOTO, C. Sustaining the efficacy of dicofol against citrus rust mite (Phyllocoptruta oleivora): a case-history of industrial and academic collaboration. In: Brighton Crop Protection

Conference-Pests and Diseases, Farnham, Surrey, England, p. 955-962, 1994.

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em <http://www.embrapa.br>. Acesso em 21 de outubro de 2011.

FAWCETT, HS; LEE, HA. Citrus diseases and their control. New York, McGraw-Hill.1926.

F.A.O. FAO/Netherlands conference on agriculture and the environment, Hertogenbosh. Sustainable crop production and protection. Background document 2. FAO, Rome. 1991.

F.A.O. Report of the first session of the FAO. Panel of experts on integrated pest control. F.A.O. Meeting Report. No.PL/1967/M/7. Annals, Rome. 1968.

GALLO, D. et al.(in memoriam). Entomologia Agrícola. Piracicaba, Esalq, 2002, 920p.

GEIER, P.W. Management of insect pests. Annual Review Entomology 11:471-490, 1966.

GEORGHIOU, G.P. The evolution of resistance to pesticides. Ann. Rev. Ecol. Syst. 3: 133-168, 1972.

GEORGHIOU, G.P. Management of resistance in arthropods. In: GEORGHIOU, G. P. & SAITO, T. (eds.), Pest resistance to pesticides. Plenum, New York, 1983, p. 769-792.

GEORGHIOU, G.P. LAGUNES-TEJEDA, A. The occurence of resistance to pesticides in arthropods. FAO, Roma, 1991. 318p.

GUEDES, J.C. COSTA, I.D. CASTIGLIONI, E. (Ed.) Bases técnicas do manejo de insetos. Santa Maria: UFSM/CCR/DFS, 2000. 248p.

KOGAN, M. Integrated pest management: historical perspectives and contemporary development. Ann. Rev. Entomol., v.43, p.243-270, 1998.

MENEZES E.L.A. Controle biológico: na busca pela sustentabilidade da agricultura brasileira. Campo e negócios. Uberlândia. 2006.

MUMFORD, J.D., NORTON, G.A. Economics of decision making in pest management. Annual Review Entomology 29:157-74, 1984.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Pesticide resistance: strategies and tactics for management. National Academy of Sciences, Washington. DC, 1986. 471p.

NORTON, G.A. MUMFORD. J.D. Editors. Decision tools for pest management. CAB International, London. 1993. 279p.

PEDIGO, L.P. ZEISS, M.R. Analyses in insect ecology and management. Ames, Iowa State University Press, 168p. 1996.

PEDIGO, L.P. Entomology and pest management. 4th ed., Prentice Hall, 742p. 2001.

ROUSH, R. T. Designing resistance management programs: how can you choose? Pestic. Sci. 26: 423-441,1989.

ROUSH, R.T. DALY, J. C. The role of population genetics in resistance research and management. In: ROUSH, R. T. & TABASHNIK, B. E. (eds.), Pesticide resistance in arthropods. Chapman and Hall, New York, 1990, p. 97-152.

ROUSH, R. T., MCKENZIE, J.A. Ecological genetics of insecticide and acaricide resistance. Ann. Rev. Entomol. 32: 361-380, 1987.

SANTOS E.D., HENDGES E.A., MOREIRA E.F. Controle biológico de pragas agrícolas no Brasil. In: V Colóquio Internacional “ Educação e contemporaneidade”. São Cristovão. 2011.

SAWICKI, R. Definition, detection and documentation of insecticide resistance. In: FORD, M. G., HOLLOMAN, D. W., KHAMBAY, B. P. S. & SAWICKI, R. M. (eds.), Combating resistance to xenobiotics. Ellis

Horwood, Chichester, England, 1987, p. 105-107.

STERN, V.M., SMITH, R.F., VAN DEN BOSCH, R., HAGEN, K.S. The integrated control concept. Hilgardia 28:81-101, 1959.

ZADOKS, J.C. On the conceptual basis of crop loss assessment: the threshold theory. Annual Review of Phytopathology 23:455-73, 1985.

ZADOKS, J.C. Crop protection: why and how. In Crop protection and sustainable agriculture. John Wiley & Sons, Chichester. 48-60, 1993.

ZADOKS, J.C. Plant disease epidemiology in the Twenthieth Century: a picture by means of selected controversies. Plant Disease, St. Paul, v.85, n.8, p.808-816, 2001.

ZADOKS, J.C., SCHEIN, R.D. Epidemiology and Plant Disease Management. New York. Oxford University Press. 1979.

ZAMBOLIM, L. JUNQUEIRA, N.T.V. Manejo integrado de doenças da mangueira. In: ROZANE, D. E.; DAREZZO, R. J.; AGUIAR, R. L.; AGUILERA, G. H. A.; ZAMBOLIM, L. Manga: produção integrada,

industrialização e comercialização. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2004. v. 1, p. 377-408.

Publicado

2012-01-23

Cómo citar

Carvalho, N. L., & Barcellos, A. L. (2012). ADOÇÃO DO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS BASEADO NA PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Revista Eletrônica Em Gestão, Educação E Tecnologia Ambiental, 5(5), 749–766. https://doi.org/10.5902/223611704204