ADOÇÃO DO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS BASEADO NA PERCEPÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.5902/223611704204Schlagworte:
Conscientização, Conservação, Inseticidas, Impacto Ambiental.Abstract
http://dx.doi.org/10.5902/223611704204
Exterminar totalmente os insetos nocivos! Este foi o objetivo da entomologia aplicada a partir dos anos 40. Apesar de radical acreditava-se na sua exequibilidade em virtude do desenvolvimento de novos inseticidas, como o DDT e o BHC, produtos baratos e de largo espectro que qualquer consideração de ordem econômica era irrelevante. Com o passar do tempo, o uso indiscriminado de pesticidas provocou sérias perturbações no meio ambiente como: a seleção de indivíduos resistentes, ressurgimento de espécies controladas, surtos de pragas de importância secundária, diminuição da população de insetos benéficos, efeitos deletérios em animais selvagens e domesticados, inclusive ao homem, e o acúmulo de resíduos tóxicos no solo, na água e nos alimentos. Devido a esses problemas tivemos o desenvolvimento da teoria do controle biológico, com seus predadores, parasitas e métodos de controle populacional e do conceito da manutenção de insetos em níveis economicamente toleráveis, por meio do manejo do ecossistema, baseado num maior conhecimento de ecologia aplicada e de dinâmica populacional. Esses dois enfoques, aparentemente distantes um do outro, têm ponto comum na percepção de que predadores e parasitas só podem sobreviver caso a presa também sobreviva. Forjou-se, assim, um conceito baseado na conscientização e preocupação ambiental, o qual se deu o nome de controle integrado. Este controle não deve ser visto como a simples justaposição de duas técnicas de controle (como os controles químicos e biológicos) mas sim, como a integração de técnicas apropriadas de manejo. Assim, falhas em alguns programas de erradicação química, ordem econômica e uma maior consciência ecológico-social fizeram com que, a abordagem do controle integrado fosse aceita. Atualmente com a preocupação sobre os efeitos nocivos a organismos não alvo e ao meio ambiente, uma filosofia ainda mais abrangente, chamada manejo integrado de pragas – MIP, começou a ser percebida e sentida e está ganhando cada vez mais adeptos visando uma produção ecologicamente correta e sustentável.
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