O fenômeno da viralização: o caso da moda feminina no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983465965949

Palavras-chave:

Viralização, Moda, Comportamento de consumo, Marketing, Comunicação

Resumo

Objetivo – Um dos maiores desafios empresariais é entender o fenômeno da viralização, que acontece quando determinados produtos se espalham rapidamente entre os estratos sociais, são adotados pela maioria e perdem força logo em seguida. A importância deste estudo está no impacto econômico da viralização do marketing na moda feminina. O objetivo principal desta pesquisa é compreender como se relacionam os principais fatores responsáveis pela viralização de produtos de moda.

Metodologia – Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, baseada no método de estudo de caso setorial. Os dados primários foram coletados por meio de entrevistas em profundidade com especialistas do mercado. A análise de conteúdo foi realizada por meio da técnica de codificação em três níveis (aberta, axial e teórica), com auxílio do software Atlas.TI.

Resultados – Os principais resultados da pesquisa indicam que a viralização ocorre quando os seguintes fatores estão relacionados: atributos funcionais e emocionais do produto, difusores, comunicação, estratégia de marca e comportamento do consumidor. No caso da moda feminina, a previsão de tendências é importante para o desenvolvimento das coleções. Representa a forma da empresa estar à frente do consumidor e produzir as peças para atender às suas necessidades.

Limitações – A limitação está relacionada à amostra. Apesar de serem especialistas no setor da moda, por falta de tempo e recursos, os grupos de consumidores não foram incluídos na pesquisa.

Originalidade – A principal contribuição acadêmica do estudo é a proposição de um modelo teórico que explique o fenômeno da viralização no caso setorial estudado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Caline Gonçalves Migliato, IED – Istituto Europeo di Design – São Paulo, SP, Brazil

Mestre em Gestão de Negócios (FIA), pós-graduada em Jornalismo de Moda (UFV, Madri), graduada em Comunicação Social - Jornalismo (PUC-Campinas) e certificada Scrum Product Owner (Scrum Alliance).  Tenho 20 anos de experiência.

Morei dois anos na Espanha, onde trabalhei para as edições espanholas das revistas VOGUE e InStyle e como diretora de comunicação da marca Delpozo. De volta ao Brasil, atuei no Grupo Estado e nas revistas Manequim e Glamour.

Durante quatro anos trabalhei como gerente de marketing de conteúdo no Dafiti Group onde atuei com as equipes de UX, Produto e TI no desenvolvimento de plataformas de conteúdo e com os times de Vendas e Comercial na criação de estratégias focadas em performance e engajamento.

Atualmente, coordeno a pós-graduação de Marketing e Comunicação de Moda do Istituto Europeo di Design (IED). Também atuo como docente nas áreas de marketing de conteúdo, gestão e criação de conteúdo, marketing digital, planejamento estratégico de comunicação, planejamento estratégico de negócio, metodologias ágeis no desenvolvimento de projetos e gestão de carreira. 

Referências

Aaker, D. (2014). On branding: 20 princípios que decidem o sucesso das marcas. Porto Alegre: Bookman Editora.

ABIT. (2020). Perfil do setor. Disponível em: <https://www.abit.org.br/cont/perfil-do-setor>. Acesso em 8 ago. 2020.

Bello, S. S. Marketing viral: las claves creativas de la viralidad publicitaria. 2014. 376f. Tese (Doutorado) – Facultat de Comunicació Blanquerna, Universitat Ramon Llull, Barcelona, 2014.

Berger, J. (2014). Contágio: por que as coisas pegam. Rio de Janeiro: Leya.

Blackwell, R. D.; Miniard, P. W.; Engel, J. F. (2005). Comportamento do Consumidor. 9 ed. Eduardo Teixeira Ayrosa (coord.). São Paulo: Cenage Learning. Cyrot, J.; Urdl, C; Alves, I. G. (2005). A descoberta do marketing epidêmico. HSM Management, São Paulo, n. 48, jan.-fev.

Ellen Macarthur Foundation. (2017). Make Fashion Circular. Disponível em: <https://www.ellenmacarthurfoundation.org/our-work/activities/make-fashion-circular/report>. Acesso em 10 mai. 2021.

Eyal, N.; Hoover, R. (2014). Hooked: How to Build Habit-Forming Products. Nova Iorque: Portfolio/Penguin.

Gladwell, M. (2013). O ponto da virada. Talita Macedo Rodrigues (trad.). Rio de Janeiro: Sextante.

Gomes, N. P.; Lopes, M. A. V.; Alves, P. E.. (2016). Coolhunting e estudos de tendências aplicados à moda: modelo de segmentação estratégica. ModaPalavra E-Periódico, Florianópolis, v. 9, n. 17, p. 5-26, jan.-jun.

Goodman, L. A. (1961). Snowball sampling. The annals of mathematical statistics, 148-170.

Kotler, P.; Keller, K. L. Administração de marketing. 14 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.

______; K, H.; Setiawan, I. (20017). Marketing 4.0. Rio de Janeiro: Sextante.

Lewis, D; Darren, B. (2004). A alma do consumidor. São Paulo: M. Books.

Lindstrom, M. (2008). A lógica do consumo. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil.

Lipovetsky, G. (2004). O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras.

Ma, Fang; SHI, Huijing; Luo, Lihua Chen & Yiping. A Theory of Fashion Consumption. Journal of Management and Strategy, Beijing, v. 3, n. 4, p. 84-92, out. 2012.

Miranda, A. P. (2008). Consumo de moda. São Paulo: Estação das Letras e Cores.

______; GARCIA, C.; Leão, A. L. M. S. (2003). Moda e Envolvimento: cada cabide, uma sentença. Revista Interdisciplinar de Marketing, Maringá, v. 2, n. 2, p. 38-48, jul.-dez.

Oliveira, B., Tavares, G. R. M., & Sato, K. S. (2010). Perception: A black box to marketing?. Revista de Administração da Universidade Federal de Santa Maria, 3(3), 424-430.

Pinsky, V. C., Dias, J. L., & Kruglianskas, I. (2013). Strategic management of sustainability and innovation. Revista de Administração da UFSM, 6(3), 465-480.

Rech, S. R.; Farias, D. N. (2009). O branding como vantagem competitiva para marcas do setor de moda. DAPesquisa, Florianópolis, v. 4, n. 6, p. 626-30.

Riezu, M. D. (2011). Coolhunter: caçadores de tendências na moda. Paulo Augusto Almeida Seemann (trad.). São Paulo: Editora Senac/São Paulo.

Rogers, E. M. (2003). Diffusion of Innovation. 5 ed. Nova York: Free Press.

Santos, J. (2013). Sobre tendências e o espírito do tempo. São Paulo: Estação das Letras e Cores.

Solomon, M. R. (2002). O comportamento do consumidor: comprando, possuindo, sendo. 5 ed. Porto Alegre: Bookman.

TRUSOV, Michael; BUCKLIN, Randolph E.; PAUWELS, Koen. “Effects of Word-Of-Mouth Versus Traditional Marketing: Findings from an Internet Social Networking Site”. Sage’s Journal of Marketing, Chicago, v. 73, p. 90-102, set. 2009.

Tusche, C. (2017). Viral Marketing: Learn What’s Behind Viral Marketing – Plan and Implement Your Own Infectious Campaigns. Tradução do alemão para o inglês de Roland Galibert. Nuremberg: The Open Web Learning Institute at Webmasters.

Velar-Lera, M., Herrera-Damas, P. y González-Aldea, P. (2020). Uso de Instagram para la comunicación de las marcas de moda de lujo. Palabra Clave, 23(4), e2344

Yin, R. K. (2015). Estudo de caso: planejamento e métodos. Cristhian Matheus Herrera (trad.). 5 ed. Porto Alegre: Bookman.

Publicado

2022-10-22

Como Citar

Migliato, C. G., Pinsky, V. C., & Aldea, P. G. (2022). O fenômeno da viralização: o caso da moda feminina no Brasil. Revista De Administração Da UFSM, 15(3), 491–511. https://doi.org/10.5902/1983465965949

Edição

Seção

Artigos