Dos principados hereditários: os jovens executivos e as demandas da carreira
DOI:
https://doi.org/10.5902/198346597448Abstract
Este estudo tem como objetivo analisar se o jovem executivo herdeiro equilibra a vida profissional e a vida pessoal. Foram ouvidos 15 jovens executivos mineiros, herdeiros das empresas de médio e grande porte. A pesquisa identificou fontes de satisfação e de insatisfação relacionadas ao sentido e ao processo do trabalho desses jovens. Foram analisados sentimentos relativos às possibilidades de crescimento profissional, inter-relacionando as obrigações de trabalho (vida profissional) e as atividades e tempo dedicados ao não-trabalho (vida pessoal). Também foi analisado o conteúdo do papel executivo, buscando diagnosticar as dimensões básicas das tarefas executadas em relação à autonomia, identidade da tarefa e significação do trabalho. Os resultados indicaram que os jovens executivos herdeiros estão satisfeitos com o nível de distribuição do tempo e da energia dedicados ao trabalho e ao não-trabalho. Por outro lado, estes jovens estão submetidos a um sistema de dominação racionalmente legitimado pela expectativa dos pais, elemento fundamental no processo da continuidade e da sobrevivência da empresa, por ocuparem um espaço específico já delimitado: são executivos “filhos do dono”. Prisioneiros da obra do predecessor e condenados a vencer por meio da continuidade de sua obra, os jovens executivos herdeiros carregam o peso da herança no cumprimento do papel esperado desde muito jovens pelo pai, família e círculo social.
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