Além do chimarrão: a influência da FOMO (medo de ficar de fora) no consumo conspícuo dos gaúchos
DOI :
https://doi.org/10.5902/1983465988851Mots-clés :
FOMO, Medo de ficar de fora, Consumo conspícuoRésumé
Finalidade: Este estudo buscou analisar a influência da Fear of Missing Out (FOMO) - medo de perder ou ficar de fora - no consumo conspícuo, que seria compreendido como uma forma de elevar o status perante a sociedade, através da exibição pública de riqueza.
Desenho/metodologia/abordagem: Para tanto, realizou-se uma pesquisa survey com 389 consumidores gaúchos, utilizando-se como técnica de análise a estatística descritiva e a regressão linear simples. Foi aplicado um questionário online através do Formulários Google, no qual foi dividido em quatro blocos e contemplou escala tipo Likert de cinco pontos.
Constatações: Os resultados destacam a presença do medo de ficar de fora na psicologia das pessoas, ressaltando sua importância na sociedade contemporânea, onde a conectividade e o acesso constante a informações alimentam esse medo. Ademais, essa compreensão pode promover um consumo mais consciente e saudável, atendendo às necessidades emocionais e sociais dos indivíduos. Os participantes demonstraram um comportamento de consumo conspícuo, buscando adquirir produtos que demonstrem status e pertencimento a grupos sociais específicos. A presença da FOMO teve um impacto significativo nesse comportamento, mostrando uma relação direta de 19,3%. Isso evidencia a conexão entre o medo de ficar de fora e a propensão ao consumo conspícuo.
Originalidade: Esses resultados têm implicações importantes para profissionais de marketing, que podem utilizar essas informações para desenvolver estratégias direcionadas, promover uma conexão emocional com os consumidores, como também, direcionar estratégias mais eficazes considerando sua influência na tomada de decisão de compra.
Téléchargements
Références
Alabri, A. (2022). Fear of missing out (FOMO): The effects of the need to belong, perceived centrality, and fear of social exclusion. Human Behavior and Emerging Technologies, 2022, 1-12. DOI: https://doi.org/10.1155/2022/4824256
Argan, M., Argan, M. T., Aydınoğlu, N. Z., & Özer, A. (2022). The delicate balance of social influences on consumption: A comprehensive model of consumer-centric fear of missing out. Personality and Individual Differences, 194.
Assimos, B. M., Lopes, J., Silva, L. A., & Costa, M. S. (2019). O consumo conspícuo e suas relações com consciência de marca, com consumo de status e com autoexpressão. BBR. Brazilian Business Review, 16, 350-368. DOI: https://doi.org/10.15728/bbr.2019.16.4.3
Bagozzi, R. P., & Heatherton, T. F. (1994). A general approach to representing multifaceted personality constructs: Application to state self-esteem. Structural Equation Modeling, 1(1), 35-67. DOI: https://doi.org/10.1080/10705519409539961
Barbosa, L., & Campbell, C. (2006). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: FGV.
Baudrillard, J. (1995). A sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Elfos.
Bauman, Z. (2008). Vida para consumo: A transformação das pessoas em consumo. Rio de Janeiro: Schwarcz-Companhia das Letras.
Belk, R. W. (1988). Possessions and the extended self. Journal of Consumer Research, 15(2), 139-168. DOI: https://doi.org/10.1086/209154
Boateng, G. O., Neilands, T. B., Frongillo, E. A., Melgar-Quiñonez, H. R., & Young, S. L. (2018). Best practices for developing and validating scales for health, social, and behavioral research: A primer. Frontiers in Public Health, 6(149), 1-18. DOI: https://doi.org/10.3389/fpubh.2018.00149
Camatta, R. B. (2014). Para além do consumo conspícuo: uma proposta de interpretação da teoria do consumo em Thorstein Veblen (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES.
Castro, M., Cardoso, D., Almeida, F., & Santos, E. (2018). A um passo da Nomofobia: Um estudo experimental com universitários usuários de smartphones. Anais do ENANPAD, Curitiba, PR.
Chaudhuri, H. R., Mazumdar, S., & Ghoshal, A. (2011). Conspicuous consumption orientation: Conceptualization, scale development and validation. Journal of Consumer Behavior, 10, 216-224. DOI: https://doi.org/10.1002/cb.364
Conlin, L., Billings, A. C., & Averset, L. (2016). Timeshifting vs. appointment viewing: The role of fear of missing out within TV consumption behaviors. Communication & Society, 29(4), 151-164. DOI: https://doi.org/10.15581/003.29.4.151-164
Field, F., Miles, J., & Field, A. (2009). Statistical power analyses using G*Power 3.1: Tests for correlation and regression analyses. Behavior Research Methods, 41, 1149-1160. DOI: https://doi.org/10.3758/BRM.41.4.1149
Freire, M. L. B. D. L. (2020). Por que assistimos a séries? Um framework do consumo de séries (Tese de Doutorado). Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
Gujarati, D. N., & Porter, D. C. (2011). Econometria Básica-5. Amgh Editora.
Hair, J. F., Bush, R. P., & Ortinau, D. J. (2014). Marketing research. McGraw-Hill Education.
Hamizar, A. et al. (2024). Consumer impulse buying behavior based on FOMO psychology in the digital era. In: International Conference of Multidisciplinary Cel, 134-142.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2023). Cidades e estados. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rs.html
JASP. (2023). Jeffrey’s Amazing Statistics Program (Versão 0.17.1) [Software]. University of Amsterdam, Department of Psychological Methods. Disponível em: https://jasp-stats.org
Kassiola, J. J. (1990). A morte da civilização industrial: Os limites do crescimento econômico e a repolitização da sociedade industrial avançada. Suny Press.
Maxwell, L. C., Tefertiller, A., & Morris, D. (2021). The nature of FoMO: Trait and state fear-of-missing-out and their relationships to entertainment television consumption. Atlantic Journal of Communication, 30(5), 522-534. DOI: https://doi.org/10.1080/15456870.2021.1979977
Argan, M., Argan, M. T., Aydınoğlu, N. Z., & Özer, A. (2022). The delicate balance of social influences on consumption: A comprehensive model of consumer-centric fear of missing out. Personality and Individual Differences, 194. DOI: https://doi.org/10.1016/j.paid.2022.111638
O’Cass, A., & McEwen, H. (2004). Exploring consumer status and conspicuous consumption. Journal of Consumer Behaviour, 4(1), 25-39. DOI: https://doi.org/10.1002/cb.155
Przybylski, A. K., Murayama, K., DeHaan, C. R., & Gladwell, V. (2013). Motivational, emotional, and behavioral correlates of fear of missing out. Computers in Human Behavior, 29(4), 1841-1848. DOI: https://doi.org/10.1016/j.chb.2013.02.014
Riordan, B. C., Cody, L., Flett, J. A. M., Conner, T. S., Hunter, J. A., & Scarf, D. (2020). The development of a single item FoMO (Fear of Missing Out) scale. Current Psychology, 39, 1215-1220. DOI: https://doi.org/10.1007/s12144-018-9824-8
Santos, D. C. dos. (2017). Comportamento conspícuo na espécie humana e suas implicações frente ao consumo ecologicamente sustentável: uma análise à luz da psicologia evolucionista (Monografia de Graduação). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN.
Siepmann, C., Holthoff, L. C., & Kowalczuk, P. (2022). Conspicuous consumption of luxury experiences: An experimental investigation of status perceptions on social media. Journal of Product & Brand Management, 31(3), 454-468. DOI: https://doi.org/10.1108/JPBM-08-2020-3047
Trigg, A. B. (2001). Veblen, Bourdieu, and conspicuous consumption. Journal of Economic Issues, 35(1), 99-115. DOI: https://doi.org/10.1080/00213624.2001.11506342
Veblen, T. (1994). The Theory of the Leisure Class. Routledge.
Veblen, T. (1998). Why is economics not an evolutionary science? Cambridge Journal of Economics, 22(4), 403-414. DOI: https://doi.org/10.1093/oxfordjournals.cje.a013725
Vieira, J. P., Viana, J., & Alves, R. (2019). Comportamento do consumidor verde: evidências na fronteira Brasil – Uruguai. Revista Brasileira de Marketing, 18(1), 41-57.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Larissa Gusmão Oliveira, Gabriela Noetzold Gundlach, Kathiane Benedetti Corso 2025

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Until 2023, copyright was transferred by the authors to ReA/UFSM. As of 2024, the authors of articles published by the journal retain the copyright to their work. ReA/UFSM operates under a Creative Commons Attribution 4.0 International License (CC BY 4.0), which permits unrestricted reuse and distribution of articles, provided the original work is properly cited.

