As construções de identidades de psicólogas negras no Nordeste paraense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2357797586501

Palavras-chave:

Interseccionalidade, Psicólogas negras, Fenomenologia

Resumo

As construções de identidades de pessoas negras são atravessadas por apagamentos, silenciamentos e violências. Os processos de miscigenação implicam a perda de identidade e um retorno a essa compreensão étnico-racial é fazer um resgate histórico, político e territorial. Foi realizada uma pesquisa, por meio do método qualitativo de fundamentação teórica fenomenológica, com base no modelo empírico-compreensivo proposto por Amedeo Giorgi, buscando compreender as construções de identidades de psicólogas negras no Nordeste paraense, tendo como instrumento entrevistas semiestruturadas realizadas com quatro mulheres que se reconhecem enquanto negras, formadas em psicologia e que exercem a profissão em diferentes áreas, a fim de compreender as intersecções de raça, gênero, sexualidade e classe que atravessam as vivências das profissionais de psicologia.

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Biografia do Autor

Aline Stefany Queiroz Leite, Universidade Federal do Pará

Psicóloga pela Universidade da Amazônia-UNAMA, Brasil. Pós graduanda em Promoção de Políticas Públicas em gênero e sexualidade na Amazônia na Universidade Federal do Pará (PPGDDA/UFPA). Mestranda em Psicologia (PPGP/UFPA)

 

Fernanda Santa Brígida Costa, Universidade da Amazônia

Psicóloga pela Universidade da Amazônia-UNAMA, Brasil. Pós graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e Atenção Psicossocial.

 

Lorena Schalken de Andrade, Universidade da Amazônia

Gestalt-terapeuta, Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (PPGP/UFPA). Professora de Fenomenologia e Existencialismo na Clínica; Ênfase em Gestalt-terapia na Universidade da Amazônia – UNAMA, Brasil.

 

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Publicado

2024-11-05

Como Citar

Leite, A. S. Q., Costa, F. S. B., & Andrade, L. S. de. (2024). As construções de identidades de psicólogas negras no Nordeste paraense. Revista InterAção, 15(3), e86501. https://doi.org/10.5902/2357797586501