Acompanhamento Terapêutico: a gênese nos movimentos reformistas em saúde mental, suas clínicas e a profissionalização instituinte da prática
DOI:
https://doi.org/10.5902/2357797574445Palavras-chave:
Acompanhamento terapêutico, Reforma psiquiátrica, Clínica do ATResumo
Este artigo tem como objetivo tratar das origens do Acompanhamento Terapêutico (AT) enquanto uma prática clínica que se estruturou em meio aos movimentos instituintes de reformas em saúde mental e a sua profissionalização. Novas modalidades clínicas se puseram em movimento em âmbito global logo após a Segunda Guerra Mundial, sendo a clínica do AT uma delas. A Argentina e o Brasil são os principais protagonistas do AT em sua gênese. Em função disso faz-se aqui uma revisão de literatura concatenando os movimentos reformistas e o começo da prática clínica do AT, com nuanças diversas entre os países onde ela acontece e os campos de atuação nos dias de hoje. Por se tratar de uma prática clínica itinerante e territorial, o AT vai ao encontro de prerrogativas fundamentais das novas políticas internacionais em saúde mental e apresenta resultados importantes nesse ínterim.
Downloads
Referências
Amarante, P. (2007). Saúde Mental e Atenção Psicossocial. Rio de Janeiro: Ed Fiocruz.
Amarante, P. (org.). (2015). Teoria e crítica em saúde mental: textos selecionados. São Paulo: Zagodoni.
Araújo, F. (2006). Um passeio esquizo pelo acompanhamento terapêutico: dos especialismos à política da amizade. Niterói, RJ: Fábio Araújo.
Baremblitt, G. (1997). Amigos qualificados... ou acompanhantes terapêuticos? In: Equipe de Acompanhantes Terapêuticos do Instituto A Casa (org.). Crise e cidade: acompanhamento terapêutico (pp. 177-182). São Paulo: EDUC.
Barretto, K.D. (2005). Ética e técnica no acompanhamento terapêutico: andanças com Dom Quixote e Sancho Pança. São Paulo: UNIMARCO.
Bueno, R.C. (2011). O pensamento de Franco Basaglia e a estruturação da desinstitucionalização na Psichiatria Democratica Italiana vistos por um brasileiro. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Bueno, R.C.; PASSOS, I.C.F. (2016). O Acompanhamento Terapêutico, o território e a amizade: caminhos entre as clínicas da desinstitucionalização. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, ##plugins.citationFormat.abnt.location##, 8, nov. 2016. Recuperado a partir de http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/3463/4666.
Cabral, K.V. (2005). Acompanhamento Terapêutico como dispositivo da Reforma Psiquiátrica: considerações sobre o setting. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Carvalho, S.S. (2004). Acompanhamento terapêutico: que clínica é essa? São Paulo: Annablume.
Chaui-Berlinck, L. (2012). Novos andarilhos do bem: caminhos do acompanhamento terapêutico. Belo Horizonte: Autêntica.
França, D. (2018). Terapia peripatética de grupo: considerações. Curitiba: Appris.
Hermann, M.C. (2012). Introdução do capítulo 2 para a edição brasileira. Algumas reflexões sobre a inserção do AT no sistema de saúde mental, sua responsabilidade profissional. (Cap.2 pp.31-54). In Pulice, G.O. Fundamentos clínicos do Acompanhamento Terapêutico. São Paulo: Zagodoni.
Ibrahim, C. Do louco à loucura: o percurso do auxiliar psiquiátrico no Rio de Janeiro. In Equipe de acompanhantes terapêuticos do hospital-dia a casa. (1991) A rua como espaço clínico (pp. 43-49). São Paulo: Escuta.
Lancetti, A. (2016). Clínica Peripatética. Coleção Políticas do Desejo São Paulo: Hucitec.
Mauer, S.K. & Resnizky, S. (1987). Acompanhantes terapêuticos e pacientes psicóticos: manual introdutório a uma estratégia clínica. Campinas: Papirus.
Mendonça, L. D. (2017). Acompanhamento Terapêutico e clínica do cotidiano. São Paulo: Agente Publicações.
Mendelstein, A.C. (org.) (2012) Acompañamiento terapéutico en España. Madrid: Editorial Grupo 5.
Methol, S. B. (2015). El Acompañamiento Terapéutico como dispositivo de atención psicosocial en salud mental. Trabajo Final de Grado. Universidad de La República, Uruguay. Montevideo. Recuperado a partir de https://hdl.handle.net/20.500.12008/6330
Palombini, A.L. (2007). Vertigens de uma psicanálise a céu aberto: a cidade. Contribuições do acompanhamento terapêutico à clínica na reforma psiquiátrica. Tese de Doutorado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
Passos, I. C. F. (2009). Reforma psiquiátrica. As experiências francesa e italiana. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ.
Portela, M. (2012). El AT, el arte de contemplar. In Silva. A.S.T. E-book AT: Conexões clínicas no Acompanhamento Terapêutico. (pp. 38-53). Porto Alegre: Edição do autor.
Pulice, G.O. (2012a). Fundamentos clínicos do Acompanhamento Terapêutico. São Paulo: Zagodoni.
Pulice, G. O. (2012b). Acerca de la especificidad del acompañamiento terapéutico. In Mendelstein, A.C. (org.). Acompañamiento terapéutico en España (pp. 337-359). Madrid: Editorial Grupo 5.
Reis, R. de O., Neto. (1995). Acompanhamento terapêutico: emergência e trajetória histórica de uma prática em saúde mental no Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado, Psicologia Clínica. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Silva, A.S.T. (2005). A emergência do Acompanhamento Terapêutico: o processo de constituição de uma clínica. Dissertação de Mestrado. Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Social e Institucional. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Terríquez, M. A. M. (2013). El Acompañamiento Terapéutico con orientación psicoanalítica. Elementos principales y la narrativa de un ejercicio de su aplicación. Revista Electrónica de Psicologia Iztacala. 16(4). México. Recuperado a partir de https://www.semanticscholar.org/paper/EL-ACOMPA%C3%91AMIENTO-TERAP%C3%89UTICO-CON-ORIENTACI%C3%93N-Y-LA-Terr%C3%ADquez-Ant%C3%B4nio/066a89040bf03303a215436a80c959750877d5c2
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.