Transformações do uso e cobertura da terra na estação metroviária de Campo Limpo – SP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236499439821

Palavras-chave:

Cobertura da terra, metrô, Acessibilidade, Classificação por regiões

Resumo

As estações ferroviárias exercem grande influência no ambiente urbano. A magnitude do seu impacto, no entanto, pode ser considerada variável. O trabalho analisa as mudanças no uso e cobertura da terra no entorno da estação do Metrô Campo Limpo, inaugurada em 2002 em São Paulo. A classificação da imagem de satélite de 2002 e da ortofoto de 2010, os dados do censo demográfico e dos lançamentos imobiliários foram utilizados para analisar a cobertura e variação populacional. Constatou-se pequena variação das classes na área mais próxima ao Metrô (até 600m), mas significativa variação entre 600 e 1000m. As maiores transformações foram: vegetação arbórea (+4,89%), telhado de concreto (+4,54%), sombra (-7,42%) e solo exposto (-5,77%). A elevação do número de lançamentos imobiliários, principalmente em 2001, foi observada, mas com redução da área útil e do preço do metro quadrado dos imóveis.

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Biografia do Autor

William Pereira de Lima, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP

Bacharel em geografia pela Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. Atualmente é analista de geoprocessamento pelo Instituto Socioambiental.

Alfredo Pereira de Queiroz, Universidade de São Paulo, Departamento de Geografia - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da São Paulo, SP

Professor Doutor do curso de Geografia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

Lima, W. P. de, & Queiroz, A. P. de. (2020). Transformações do uso e cobertura da terra na estação metroviária de Campo Limpo – SP. Geografia Ensino & Pesquisa, 24, e49. https://doi.org/10.5902/2236499439821

Edição

Seção

Meio Ambiente, Paisagem e Qualidade Ambiental