O livro casa ou morada, percebido na experiência e declarado na escrita: um modo de ler e seus desdobramentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179219463736

Palavras-chave:

casa, morada, livro, leitura.

Resumo

O artigo procura refletir sobre o aproveitamento do livro em seu vínculo com a noção de casa, bem como seus sinônimos mais recorrentes, em escritos teóricos de Walter Benjamin (2002), Alberto Manguel (2010), e Michèle Petit (2009), enquanto um modo de perceber a experiência da leitura e de projetar um sentido para ela, atividades aqui consideradas modos de ler. No esforço de entender a utilização da expressão nas particularidades de cada autor, bem como a adesão à analogia – movimentos que exigiram expandir o olhar para além dos fragmentos nos quais as expressões em questão estavam inseridas –, encaminham-se as reflexões para diversas veredas e percebe-se facilmente a comunhão do sentido pelos autores.

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Biografia do Autor

Fabiano Tadeu GRAZIOLI, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus de Erechim/RS.

Doutor e Mestre em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo (UPF). Professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus de Erechim/RS.

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Publicado

2021-06-09 — Atualizado em 2022-03-22

Versões

Como Citar

GRAZIOLI, F. T. (2022). O livro casa ou morada, percebido na experiência e declarado na escrita: um modo de ler e seus desdobramentos. Fragmentum, (57). https://doi.org/10.5902/2179219463736 (Original work published 9º de junho de 2021)