20 ANOS DA LEI 10.639/03: entre o direito proclamado e o direito efetivado
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179219487870Palavras-chave:
Lei 10.693/2003; reformas da educação; discurso; ideologia; silenciamentoResumo
Resultante de investigações desenvolvidas no âmbito do projeto “Nós falas pretas e indígenas em escuta discursiva”, este texto reflete acerca do acontecimento materializado na Lei 10.693, que estabelece a obrigatoriedade do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Passados 20 anos de sua promulgação, interessa-nos analisar o que mudou na legislação educacional, especificamente, nas últimas reformas implantadas pelo Estado brasileiro, elaboradas num contexto de insurgência de ideais ultraneoliberais e de reestruturação produtiva do capital. Para tanto, recorremos aos pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso materialista-histórico-dialética.
Downloads
Referências
BÓBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho, Rio de Janeiro, Campus. 1992.
BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a lei nº 9.394 [...] para incluir no currículo oficial da
Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” [...]. Brasília, DF: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 16 set. 2022.
BREZEZINSKI, Íria (Qrg.). A LDB interpretada: olhares que se entrecruzam. Cortez. São Paulo. 1997.
COURTINE, Jeans-Jacques. Analyse du discours politique (le discours communiste adressé aux crétiens. Paris,
Larousse. 1981.
FREITAS, Luiz Carlos de. A reforma empresarial da educação: nova direita, velhos costumes. Expressão popular. São Paulo. 2018.
GONÇALVES, Suzane da Rocha Vieira; MOTA, Maria Renata Alonso; ANADON Simone Barreto. A resolução
CNE/CP n. 2/2019 e os retrocessos na formação de professores. Formação em Movimento, [S. l], v.2, i.2, n.4, p. 360-379, jul./dez. 2020. Disponível em: http://costalima.ufrrj.br/index.php/FORMOV/article/view/610. Acesso em: 13 abr. 2023.
INDURSKY, Freda. A fala do quartel e outras vozes. UNICAMP. Campinas. São Paulo. 1985
LIMA, Josenilda Rodrigues. O discurso sobre a educação das relações étnico-raciais na formação de professores para a educação básica no Brasil: silenciamento e retrocesso. Tese de doutorado PPGLL/UFAL 2023.
MAGALHÃES, Belmira et. al. Análise do Discurso: fundamentos & prática. EDUFAL, Maceió. 2009.
ORLANDI, Eni. As formas do silêncio no movimento dos sentidos. UNICAMP. Campinas. 2005.
PÊCHEUX. Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. Pontes. Campinas, 2002.
PÊCHEUX. Michel. Semântica e Discurso. Uma crítica à afirmação do óbvio. UNICAMP. Campinas. 2009.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11. ed. 1. reimpressão. Campinas:
Autores Associados, 2012. (Coleção educação contemporânea).
VOLÓCHINOV, Valentin. Marxismo e filosofia da linguagem Editora 34. Rio de Janeiro, 2017
ZANDWAIS, Ana. Contribuições de teorias de vertente marxista para os estudos da linguagem. In: revista
Conexão Letras. Instituto de Letras, UFRGS, 2014.
ZANDWAIS, Ana. O historiador e o analista de discurso: desconstruindo pressupostos positivistas in: ZANDWAIS, A. RASIA, G (ORGS). Relações entre discurso e história. Mercado de Letras. Campinas. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Ficam concedidos a Fragmentum todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os originais não devem ter sido publicados ou submetidos simultaneamente a outro periódico e não serão devolvidos. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais.