Uma luta que não cessa: sujeito-indígena, língua, memória

Autores

  • André Cavalcante Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179219468961

Resumo

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o imaginário do sujeito-indígena sobre língua e povos indígenas a partir da escrita de dois livros Índios na visão dos índios: Fulniô e Índios na visão dos índios: Potiguara. Livros que surgiram com o propósito de ser um espaço para que os indígenas falassem por si, um discurso de, para além do já estabilizado no imaginário brasileiro sobre os indígenas. A partir dos discursos desses povos  nos questionamos sobre a constituição da brasilidade, quais os espaços possíveis para se dizer indígena e brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CAVALCANTE, André. Ser Fulni-ô hoje: sujeito, identidade e resistência. In: FERREIRA, M. C. L.; INDURSKY, F; MITTMANN, S. Anais do VI SEAD – Seminário de Estudos em Análise do Discurso. Porto Alegre: UFRGS, 2013. Disponível em https://www.discursosead.com.br/paineis-vi-sead>. Acesso em: 24 out. 2022.

CAVALCANTE, André. O sujeito-indígena entre línguas: Análise discursiva do Referencial Curricular Nacional para Escolas Indígenas (RCNEI). In: Anais online do III SEPLEV, 2016. Dispnível em < https://www.neplev.com.br/volume-3-2016>. Acesso em: 24 out. 2022.

CABRAL, Diogo. O acento lexical em yaathe. 2009. 92p. Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió, Alagoas. 2009.

FERRARI, Alexandre.; MEDEIROS, Vanise. Na história de um gentílico, a tensa inscrição do ofício. Revista da ANPOLL, v. 32, p. 81-105, 2012.

FREIRE, José R. B. Cinco Ideias equivocadas sobre os índios. Dia a dia Educação, Governo do Estado do Paraná, 2009. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/cinco_ideias_equivocadasjose_ribamar.pdf>. Acesso em: 24 out. 2022.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 49ª ed. ver. – São Paulo: Global, 2004.

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

GADET, F.; PÊCHEUX, M. A língua inatingível: o discurso na história da Linguística. Tradução de Bethânia Mariani e Maria Elizabeth Chaves de Mello. Campinas, Editora RG, 2ª ed., 2010

GASPAR, Lúcia. Índios Fulni-ô. In: PESQUISA Escolar. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2003. Disponível em: <https://pesquisaescolar.fundaj.gov.br/pt-br/artigo/indios-fulni-o/>. Acesso em: 24 out. 2022.

HASHIGUTI, Simone. Corpo de memória. 2008. 124p. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo. 2008.

HAROCHE, Claudine; PÊCHEUX, Michel; HENRY, Paul. A Semântica e o Corte Saussuriano: língua, linguagem, discurso. In: BARONAS, Roberto L. Análise do discurso: apontamentos para uma história da noção-conceito de formação discursiva. 2 ed. São Paulo: Pedro & João Editores, [1971] 2011.

LEAL, Maria do Socorro. Raposa Serra do Sol no discurso político roraimense. Boa Vista: Editora da UFRR, 2012.

MARIANI, Bethania. O Comunismo Imaginário. Práticas discursivas da impressa sobre o

PCB (1922-1989). 1996. 259p. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 1996.

MARIANI, Bethania. Colonização linguística. Campinas: Pontes, 2004.

ORLANDI, Eni. Identidade Linguística Escolar. In: SIGNORINI, Inês. Lingua(gem) e Identidade: elementos para uma discussão no campo aplicado. Campinas: Mercado das Letras, [1998] 2006.

ORLANDI, Eni. Terra à vista- Discurso do confronto: Velho e Novo Mundo. 2. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008.

ORLANDI, Eni. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 4. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.

PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 3. ed. Campinas: Editora da Unicamp, [1975] 2009.

RODRIGUES, Aryon. Línguas brasileiras: Para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Edições Loyola, 1986.

SILVA, Paulo de Tássio Borges da. Paisagens e Fluxos Curriculares Pataxó: processos de hibridização e biopolítica. 2019. 153p. Doutorado (Doutorado em Educação) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

SIMAS, Hellen. Educação escolar yanomani e potiguara. 2013. 234p. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, 2013.

SURUÍ, Txai. “Devemos estar nos centros das decisões”, diz Txai Suruí na COP26. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1gnUH7HNBAU>. Acesso em: 23 dez. 2021.

Downloads

Publicado

2022-12-20

Como Citar

Cavalcante, A. (2022). Uma luta que não cessa: sujeito-indígena, língua, memória. Fragmentum, (59). https://doi.org/10.5902/2179219468961