Epistemologia enunciativa na clínica fonoaudiológica do autismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179219448270

Palavras-chave:

enunciação, língua, linguagem, autismo

Resumo

Propomos discutir os princípios epistemológicos da teoria enunciativa de Benveniste presentes na clínica fonoaudiológica que trata o autismo, a partir de recortes enunciativos oriundos da clínica. As máximas benvenistianas põem o homem no centro da língua/linguagem e permite-nos perceber o movimento linguístico singular do sujeito diagnosticado com o transtorno, embora o autor não tenha dedicado seus estudos à fala desviante. A clínica, influenciada pelos preceitos teóricos da linguística enunciativa benvenistiana, retoma seu objeto de estudo, a linguagem, pelo víeis daquele que fala, não apenas e tão somente, pelo sintoma.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARROS, Isabela Barbosa do Rêgo Barros. Os ecos da fala na clínica fonoaudiológica. Dissertação de mestrado em Ciências da Linguagem. Recife: UNICAP/PPGCL, 2006.

BARROS, Isabela Barbosa do Rêgo Barros. Da língua e sua relação com o autismo: um estudo linguístico saussureano e benvenistiano sobre a posição do autista na linguagem. Tese de doutorado. João Pessoa: UFPB/CCHLA, 2011.

BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral I. 5. ed. Campinas: Pontes, 2005.

BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral II. 2 ed. Campinas: Pontes, 2006.

CARDOSO, Jefferson Lopes. Princípios de análise enunciativa na clínica dos distúrbios de linguagem. Tese de doutorado em teorias do texto e do discurso. Porto Alegre: UFRGS, 2010.

CARDOSO, Jefferson Lopes. O distúrbio de linguagem sob uma perspectiva enunciativa. Cadernos do IL, Porto Alegre, n. 42, p. 339-347, jun. 2011.

DEISSLER, Lorena Grace do Vale. Multilinguismo e Síndrome do X Frágil: uma relação de identificação na/pela língua. Dissertação de mestrado em Ciências da Linguagem. Recife: UNICAP/PPGCL, 2014.

FERREIRA JÚNIOR, José Temístocles; CAVALCANTE, Marianne Carvalho B.; Subjetividade e aquisição da linguagem: por uma abordagem enunciativa. Graphos, João Pessoa, v. 10, n. 2, p. 301-309, 2009.

FLORES, Valdir do Nascimento. Problemas gerais de linguística. Petrópolis: Vozes, 2019.

KANNER, Leo. Autistic Disturbances of Affective Contact. Nervous Child, n. 2, p. 217-250, 1943.

NUNES, Paula Ávila. Émile Benveniste, leitor de Saussure. Cadernos do IL, Porto Alegre, n. 42, p. 51-63, jun. 2011.

NORMAND, Claudine. Os termos da enunciação em Benveniste. In: OLIVEIRA, Sergio Lopes; PARLATO, Erika Maria; RABELLO, Silvana. O falar da linguagem. São Paulo: Lovise, 1996. p. 127-152.

NORMAND, Claudine. Lectures de Benveniste: quelques variantes sur un itinéraire balisé. Linx. Revue des linguistes de l’université Paris X Nanterre, v. 9, p. 25-37, 1997. Disponível em: <http://journals.openedition.org/linx/964misenlignele03juillet2012>. Acesso em: 19 abr. 2019.

SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2006.

STUMPF, Elisa Marchioro. Saussure e Benveniste: Ultrapassagem ou rompimento? ReVEL, v. 8, n. 14, p. 01-12, 2010.

SURREAUX, Luiza Milano. Linguagem, sintoma e clínica em clínica de linguagem. Tese de doutorado em Letras. Porto Alegre: PPGL/UFRGS, 2006.

TROIS, João Fernando de Moraes. O “retorno a Saussure” de Benveniste: a língua como um sistema de enunciação. Letras hoje, Porto Alegre, v. 39, n. 4, p. 33-43, 2004.

Downloads

Publicado

2020-11-27 — Atualizado em 2022-03-23

Versões

Como Citar

BARROS, I. B. do R., & VALE, L. G. A. do. (2022). Epistemologia enunciativa na clínica fonoaudiológica do autismo. Fragmentum, (56), 281–296. https://doi.org/10.5902/2179219448270 (Original work published 27º de novembro de 2020)