PEDAGOGIAS EM DESACATO: ATOS DE UMA INTELIGÊNCIA QUE NÃO OBEDECE SENÃO A ELA MESMA

Autores

  • Raul Antelo Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, SC, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179219427281

Palavras-chave:

Imagem, Emancipação, Pedagogia

Resumo

Dois fatores estão em jogo no ato de aprendizagem: inteligência e vontade. A pura relação de vontade a vontade é a relação normal entre professor e aluno. Mas, toda vez que uma inteligência subordina-se a outra, há embrutecimento. O estudante deve ser levado não só a um desejo, mas também a uma inteligência, a do livro. Rancière (2012) denomina emancipação a muito conhecida diferença dessas duas relações: o ato de uma inteligência obedecendo somente a si mesma, mesmo quando uma vontade obedece a outra vontade. 

Downloads

Referências

ABRAHAM, Tomás. La guerra del amor. In: ANTELO, Raúl (Org.). Identidade e representação. Florianópolis, ABRALIC/Curso de Pós-Graduação em Letras da UFSC, 1994. p. 65-70.

ADORNO, Th.; HORKHEIMER, Max. Filosofia e divisão do trabalho. In: Dialética do Esclarecimento. 2. ed. Trad. Guido A. de Almeida. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1985, p. 227-228.

AGAMBEN, Giorgio. Face au cinéma et à l’Histoire: à propos de Jean-Luc Godard, Le Monde (Supplément Livres), Paris, 6 out., I, p. X-XI, 1995.

AGAMBEN, Giorgio. Quel che resta di Auschwitz. L’archivio e il testimone, Torino, Bollati Boringhieri, 1998.

AGAMBEN, Giorgio. Signatura rerum. Sul metodo, Torino, Bollati Boringhieri, 2008.

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua I. Trad. H. Burigo. Belo Horizonte, UFMG, 2002.

BADIOU, Alain. Manifeste pour la philosophie. Paris, Seuil, 1989.

BADIOU, Alain. Oito teses sobre o universal. 2008. Disponível em: https://estudosbadiouianos.files.wordpress.com/2012/12/badiou-oito-teses-sobreo-universal.pdf. Acesso em: 21 ago. 2017.

BADIOU, Alain. Eloge de l´amour. Paris, Flammarion, 2009.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. In:______. Obras escolhidas. v. 1. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. Pref. Jeanne Marie Gagnebin. São Paulo, Brasiliense, 1987. p. 165-196.

BENJAMIN, Walter. Che cos´è il aura? In: Charles Baudelaire. Un poeta lirico nell´età del capitalismo avanzato. Ed. Giorgio Agamben, Barbara Chitussi e Clemens-Carl Härle. Vicenza, Neri Pozza, 2013. p. 169-170.

BUCK-MORSS, Susan. Estética e anestética: o “ensaio sobre a obra de arte” de Walter Benjamin reconsiderado. Travessia, n. 33, Florianópolis, p. 11-41, ago./dez. 1996.

CASTRO, Edgardo. Cuestiones de método: la problemática del ejemplo en Foucault y Agamben. Res Publica: Revista de Filosofía Política, n. 28, Buenos Aires, 2012. p. 53-75.

DÉOTTE, Jean-Louis. Le musée, l’origine de l’esthétique. Paris, L’Harmattan, 1993.

DÉOTTE, Jean-Louis. L’Homme de verre: esthétiques benjaminiennes. Paris/Montréal, L’Harmattan, 1997.

DÉOTTE, Jean-Louis. L’époque des appareils. Paris, Lignes, 2004.

DÉOTTE, Jean-Louis. Appareils et formes de la sensibilité. Paris, L’Harmattan, 2005.

DÉOTTE, Jean-Louis. Qu’est-ce qu’un appareil? Paris, L’Harmattan, 2006.

DÉOTTE, Jean-Louis. Walter Benjamin et la forme plastique. Paris, L’Harmattan, 2012.

DÉOTTE, Jean-Louis. Walter Benjamin: la perspective comme fantasmagorie. Appareil, n. 15, p. 1-9, 2015. Disponível em: http://appareil.revues.org/1971. Acesso em: 21 ago. 2017.

DÉOTTE, Jean-Louis. Video y desaparición. El resplandor. Revista de la Escuela de cine, Universidad de Valparaíso, p. 11-23, 2015.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Imagens apesar de tudo. Trad. V. Brito e J. P. Cachopo. Lisboa, KKYM, 2012.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Quand les images prennent position (L’OEil de l’histoire, 1), Paris, Minuit, 2009.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Peuples exposés, peuples figurants (L’OEil de l’Histoire, 4). Paris, Minuit, 2012.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro, Contraponto, 2013.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Passés cités par JLG (L’OEil de l’Histoire, 5). Paris, Minuit, 2015.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Peuples en larmes, peuples en armes (L’OEil de l’histoire, 6). Paris, Minuit, 2016.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Soulèvements. Paris, Gallimard/Jeu de paume, 2016.

DIDI-HUBERMAN, Georges. “Puissance de ne pas”, ou la politique du désoeuvrement. Critique Paris, p. 836-837, jan. 2017.

DICKINSON, Colby. Agamben and Theology. Londres: T&T Clark International, 2011.

ESPOSITO, Roberto. Immunitas. Protezione e negazione della vita. Torino, Einaudi, 2002.

ESPOSITO, Roberto. Bios. Biopolítica e Filosofia. Trad. M. Freitas da Costa. Lisboa: Ed. 70, 2010.

FELSTINER, John. Translating as transference. In: MUELLERVOLLMER, K. e IRMSCHER, M. Translating Literature. Translating culture. New vistas and aproaches in Literary Studies. California: Stanford University Press, 1998. p. 327-336.

FELSTINER, John. Paul Celan: Poet, Survivor, Jew. London: Yale University Press, 2001.

FOUCAULT, Michel. Naissance de la biopolitique. Paris: Gallimard-Seuil, 2004a.

FOUCAULT, Michel. Sécurité, territoire, population. Paris: Gallimard-Seuil, 2004b.

FRIEDLANDER, Saul. (Ed.). Probing the Limits of Representation. Nazism and the Final Solution. Cambridge University Press, Cambridge (Mass.),1992.

GINZBURG, Carlo. Storia notturna. Torino: Giulio Einaudi Editore, 1989.

GINZBURG, Carlo. Il formaggio e i vermi: Il cosmo di un mugnaio del’500. Torino: Giulio Einaudi Editore, 1976.

GONZALEZ, Horacio. Escritos en carbonilla: figuraciones, destintos, retratos. Buenos Aires: Colihue, 2006.

JAY, Martin. Downcast Eyes: the denigration of vision in twentieth-century french thought. Los Angeles: University of California Press, 1993.

LA CAPRA, Dominick. Rethinking Intellectual History. Text, Context and Language. Cornell University Press, Ithaca, New York 1983.

LANG, Berei. Act and Idea in the Nazi Genocide. Chicago University Press, Chicago, 1990.

MONTANI, Pietro. Esthétique et an-esthétique du biopouvoir. Klesis. La biopolitique. Paris, n. 8, p. 62-71, 2008.

RANCIÈRE, Jacques. A vertigem cinematográfica: Hitchcock-Vertov e retorno. In: As distâncias do cinema. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro, Contraponto, 2012, p. 29-51.

RANCIÈRE, Jacques. Ce qu’ intellectuel peut vouloir dire. Lignes, n. 32, p. 116-120, 1997.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo, EXO Experimental; Ed. 34, 2005.

RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Trad. Lílian do Valle, Belo Horizonte, Autêntica, 2002.

ROUGEMONT, Denis de. O amor e o Ocidente. Trad. Paulo Brandi e Ethel Brandi. Rio de Janeiro, Guanabara, 1988.

SCHMIDT, Rita Terezinha. O cerco à história: sedução ou provocação?. In: ANTELO, Raúl (Org.). Identidade e representação. Florianópolis, ABRALIC/Curso de Pós-Graduação em Letras da UFSC, 1994. p. 71-79.

WHITE, Hayden. Meta-história. A imaginação histórica do século XIX. Trad. José L. de Melo. São Paulo: Edusp, 1995.

Downloads

Publicado

2017-12-12

Como Citar

Antelo, R. (2017). PEDAGOGIAS EM DESACATO: ATOS DE UMA INTELIGÊNCIA QUE NÃO OBEDECE SENÃO A ELA MESMA. Fragmentum, (49), 197–211. https://doi.org/10.5902/2179219427281