Maiores empresas brasileiras no período 2003-2010: análise sob a luz da lei de Zipf
DOI:
https://doi.org/10.5902/1414650916187Palavras-chave:
Lei de Zipf, Dados em painel, Organização IndustrialResumo
Em determinadas situações a teoria não pode ser testada empiricamente seja pela falta de formalização matemática, falta de modelos empíricos ou mesmo pela falta de dados. Por outro lado tem uma regularidade empírica que carecia de uma teoria para dar sustentação que é a lei da ordem de tamanho. Recentemente teorias em diversas áreas passaram a dar suporte a esta regularidade empírica sendo uma delas no campo da organização industrial. Assim, este estudo explora esta literatura e testa a Lei de Zipf na distribuição do ranking das maiores empresas brasileiras para o período 2003 a 2010 com dados em painel. Os resultados sugerem que a hipótese da Lei de Zipf é aceita apenas quando o número de empresas na amostra é pequeno. À medida que o número de empresas aumenta os resultados apontam que as menores empresas crescem mais rapidamente que as maiores indicando convergência no tamanho.
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