A compreensão da infância reconfigurada: da metafísica à pós-metafísica
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X22494Palavras-chave:
Infância, Metafísica, Pós-metafísica.Resumo
O objetivo do artigo é fazer uma análise crítica das bases filosóficas em que se apoiam as experiências pedagógicas descritas nos dois relatórios do prof. Jean Itard, escritos no início do século XIX (1822 e 1828), a respeito da educação de Victor - o menino selvagem de Aveyron. A abordagem será realizada a partir dos fundamentos da educação, levando em conta as tensões que abrigam o campo e o papel do diálogo hermenêutico na reconfiguração desses processos. Procuramos entender principalmente os efeitos que a filosofia adotada na educação do menino ocasionou nessa experiência, especialmente na passagem de uma concepção metafísica à pós-metafísica de infância. Esses efeitos, sem um questionamento anterior das bases ou dos seus pressupostos teóricos, foi o que provavelmente levou o autor a fazer um balanço negativo dessas experiências no segundo relatório. O acento exagerado no papel do ambiente em sua educação reduziu o trabalho a um problema de encaminhamento (técnico) somente, justamente por não ter sido realizada a crítica às bases teóricas em que se apoiava a experiência.Downloads
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