Descamando o nu: o sentido do despido na arte contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.5902/2595523334673Palavras-chave:
Arte, nu, despido, corpo, gênero.Resumo
Este artigo apresenta uma análise da construção do corpo nu como categoria estética na cultura ocidental e da subversão da sua associação com o belo, proporcional e harmônico feita através da valorização do corpo “cru”e despido da arte contemporânea. O estudo de Kenneth Clark (1956) tem grande relevância para a manutenção da concepção do nu como elemento central da arte europeia, da idealização do maior grau de sofisticação da arte. Algo totalmente diferente do despido que, segundo o autor, implica em constrangimento e vulnerabilidade. A partir de elementos da metodologia visual crítica e da sua articulação com o feminismo, exploramos o significado de “nu”e “despido”considerando autores como John Berger (1999), Lynda Nead (1992) e Frances Borzello (2012). Os resultados revelam que o nu descamado, o corpo despido e “obsceno”no cenário da arte contemporânea, mostra-se como um importante objeto de práticas culturais que questionam convenções pré-estabelecidas.
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