ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DE UM RIO E ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO DE PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA

Autores

  • Karla Campagnolo
  • Geraldo Lopes da Silveira
  • Alessandro Carvalho Miola
  • Regis Leandro Lopes da Silva

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509828633

Palavras-chave:

leito de rio, Área de Preservação Permanente, legislação ambiental.

Resumo

O Novo Código Florestal Brasileiro (NCF), que revoga a Lei n. 4.771/1965, antigo Código Florestal (ACF), regulamenta a definição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) das faixas marginais dos cursos d’água, sendo que atualmente sua delimitação deve ser feita a partir da borda da calha do leito regular (LR), diferentemente do ACF, que indicava o início da faixa de APP a partir do leito maior hidrológico (LMH) do rio. Objetivou-se comparar a aplicação no NCF em faixa ciliar de rio, frente ao antigo Código, bem como a diferença entre os mesmos, em uma bacia tipicamente rural. Utilizou-se como estudo de caso o Arroio Grande, definindo-se a extensão do LR, do LMH e respectiva faixa de APP, formando assim, a Faixa de Proteção Permanente (FPP). Dentro de cada faixa de proteção, foi realizada a análise do uso do solo e as dificuldades mais comuns encontradas para delimitação do leito definidor da APP. Por meio dos mapas obtidos, a APP do Arroio Grande deve ser de 50 metros a partir da calha do LR, que se trata da calha delimitada do rio, incluídas as praias e ilhas fluviais. O NCF traz como contribuição permitir aos proprietários a adequação das áreas degradadas com uma faixa menor de preservação e facilitar a definição do LR por meio de imagens de satélite.  Assim, podem-se comparar as legislações através dos mapas e concluir que o NCF trouxe alguns avanços, como a facilidade na demarcação da APP, mas é mais brando em relação ao tamanho de área protegida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BERNÁL, F. H. Determinação de parâmetros para avaliação da estabilidade de taludes marginais em leito de rio. 2013. 123 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2013.

BRASIL. Lei Federal n. 4.771 de 15 de Setembro de 1965. Código Florestal Brasileiro. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4771.htm>. Acesso em: 22 mar. 2013.

BRASIL. Lei Federal n. 12.651 de 25 de maio de 2012. Código Florestal Brasileiro. Disponível em:

<http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?ld=LEI%209887>. Acesso em: 22 dez. 2013.

BRASIL. Lei Federal n. 12.727 de 17 de outubro de 2012. Código Florestal Brasileiro. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm>. Acesso em: 21 mar. 2013.

CAMPOS, F. F.; MATIAS, L. F. Mapeamento das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) e sua situação de uso e ocupação no município de Paulínia (SP). Geociências, Rio Claro, v. 31, n. 2, p. 309-319, 2012.

CASATTI, L. Alterações no Código Florestal Brasileiro: impactos potenciais sobre a ictiofauna. Biota Neotropica, Campinas, v. 10, n. 4, p. 31-34, 2010.

COELHO, R. C. T. P.; BUFFON, I.; GUERRA, T. Influência do uso e ocupação do solo na qualidade da água: um método para avaliar a importância da zona ripária. Revista Ambiente e Água, Taubaté, v. 6, p. 104-117, 2011.

CRIADO, R. C. Levantamento das Áreas de Preservação Permanente no canal principal do alto curso do Rio Paranapanema – SP. Geografia em atos, Presidente Prudente, v. 2, n. 8, 2008.

ESTEVES, F. A. Fundamentos de limnologia. 2. ed. Rio de Janeiro: [s. n.], 1998. 602 p.

FERRAZ, G. Twelve Guidelines for Biological Sampling in Environmental Licensing Studies. Natureza & Conservação, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 20-26, jul. 2012.

GONÇALVES, A. B. et al. Mapeamento das Áreas de Preservação Permanente e identificação dos conflitos de uso da terra na sub-bacia hidrográfica do Rio Camapuã/brumado. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 36, n. 4, p. 759-766, 2012.

LORENZETTI, J. V. Alteração do Código Florestal Brasileiro: a dinâmica da esfera pública no Estado do Rio Grande do Sul. 2012. 114 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

MARQUES, O. A. V. et al. Impactos potenciais das mudanças propostas no Código Florestal Brasileiro sobre os répteis brasileiros. Biota Neotropica, Campinas, v. 10, n. 4, p. 39-42, 2010.

MENDES, C. J.; NEVES, C. U.; BERGER, R. Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal: percepção dos proprietários rurais do município de Otacílio Costa, SC. Floresta, Curitiba, v. 42, n. 4, p. 671-682, 2012.

METZGER, J. P. O Código Florestal tem Base Científica? Fórum - Natureza & Conservação, Curitiba, v. 8, n. 1, p. 92-99, 2010.

MIOLA, A. C. Planejamento para comunidades rurais em situações de enchentes. 2013. 225 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2013.

OLIVEIRA, R. C. N. Caracterização das áreas de domínio da união e da faixa marginal de proteção em rios federais apoiado por modelação matemática: estudo de caso: Médio Rio Paraíba do Sul. 2011. 226 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Engenharia Ambiental) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011.

PINHEIRO, A. et al. Uso do solo na zona ripária de bacias agrícolas de pequeno a médio porte. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 35, n. 6, p. 1245-1251, 2011.

PUSEY, B. J.; ARTHINGTON, A. H. Importance of the riparian zone to the conservation and management of freshwater fish: a review. Marine & Freshwater Research, Australia, v. 54, p. 1-16. 2003.

RIO GRANDE DO SUL. Lei Estadual n. 11.520 de 03 de Agosto de 2000. Código Estadual de Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.al.rs.gov.br/legiscomp/arquivo.asp?idNorma=11&tipo=pdf>. Acesso em: 17 nov. 2015.

ROSA, E. M.; BUFFON, I.; KEHL, L. G. H. Avaliação da qualidade de áreas de preservação permanente ripárias em São Francisco de Paula – RS: uma abordagem metodológica. Revista de Ciências Ambientais, Canoas, v. 4, n. 2, p. 17-30, 2010.

SALEMI, L. F. et al. Aspectos hidrológicos da recuperação florestal de Áreas de Preservação Permanente ao longo dos corpos de água. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 69-80, 2011.

SANTOS, A. H. O. Impacto da aplicação da legislação ambiental na produção orizícola da bacia hidrográfica do Arroio Grande – Santa Maria – RS. 2005. 126 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) -Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005.

SOARES-FILHO, B. S. Impacto da revisão do Código Florestal: como viabilizar o grande desafio adiante? Brasília: Secretaria de Assuntos Estratégicos, 2013. 28 p.

SILVA, R. V. Estimativa de largura de faixa vegetativa para zona ripária. In: SEMINÁRIO DE HIDROLOGIA FLORESTAL: ZONAS RIPÁRIAS, 1., 2003. Anais... Florianópolis: UFSC/PPGEA, 2003. p. 74-87.

TEREZAN, E. L. Delimitação do Leito Maior do Baixo Rio Ivai e Estabelecimento de sua sazonalidade. 2005. 88 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2005.

ZANCOPÉ, M. H. C.; PEREZ FILHO, A.; CARPI JUNIOR, S. Anomalias no perfil longitudinal e migração dos meandros do Rio Mogi Guaçu. Revista Brasileira de Geomorfologia, Uberlândia, São Paulo, v. 10, n. 1, 2009.

Downloads

Publicado

31-08-2017

Como Citar

Campagnolo, K., Silveira, G. L. da, Miola, A. C., & Silva, R. L. L. da. (2017). ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DE UM RIO E ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO DE PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA. Ciência Florestal, 27(3), 831–842. https://doi.org/10.5902/1980509828633

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.