Resposta da erva-mate (<i>Ilex paraguariensis</i> St. Hil.) à adubação mineral e orgânica em um latossolo vermelho aluminoférrico.
DOI:
https://doi.org/10.5902/198050981740Palavras-chave:
erva-mate, <i>Ilex paraguariensis</i> St. Hil., adubação orgânica, adubação mineralResumo
Os poucos trabalhos publicados sobre adubação na cultura da erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.) e a necessidade de se conhecer melhor os seus aspectos nutricionais impulsionaram a condução do presente trabalho. Os objetivos foram de se verificar a resposta da erva-mate à adubação com N, P e K, fornecida via mineral e à adubação com esterco de aves fornecida via cama de aviário, bem como estimar a dose de cada nutriente que proporcionou o maior rendimento de erva-mate implantada em um Latossolo Vermelho aluminoférrico. O experimento foi conduzido na localidade de Marechal Bormann, município de Chapecó (SC). Os tratamentos constaram da aplicação anual de 0, 25, 50, 75, 100 e 125 g de N por planta; 0, 25, 75, 100 e 125 g por planta de P2O5 e K2O e; 0, 1,5, 3,0 e 4,5 kg de cama de aviário por planta. Para N, P e K, quando se variavam as doses de um nutriente, os outros dois eram aplicados uniformemente na dose de 50g por planta. São apresentados e discutidos os teores de macro e micronutrientes nas folhas, a resposta da erva-mate pela produção de massa verde, anual e acumulada, quando das aplicações de N, P, K e cama de aviário e os teores de P e K no solo. Os teores de macro e micronutrientes presentes nas folhas situaram-se dentro de faixas normais para a cultura. Não houve resposta significativa da erva-mate ao P adicionado, entretanto, há indicação de que a dose ótima deve encontrar-se abaixo de 25 g de P2O5 por planta. Houve resposta significativa à adubação nitrogenada e o Ponto de Máxima Eficiência Técnica (PMET) foi de 80,5 g de N por planta por ano. Houve resposta de efeito linear da cultura para a cama de aviário nas doses estudadas, sendo que a dose anual de 4,5 kg de cama de aviário por planta permitiu a maior resposta de produção de massa verde obtida em todo o experimento. Com relação à resposta da erva-mate ao K, esta se mostrou ser dependente dos teores do elemento encontrado no solo.
Downloads
Referências
BELLOTE, A. F.J.; STURION, J.A. Deficiências minerais em erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hill.)-Resultados preliminares. IN: SEMINÁRIO SOBRE ATUALIDADES E PERSPECTIVAS FLORESTAIS, 10., 1985, Curitiba. Anais... 1985. p. 124-127. (Documentos, 15).
BISSO, F.P.; SALET, R.L. Exportações de nutrientes pela poda da erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.). Santa Maria: Departamento de Solos UFSM, 2000. CD-Rom.
COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO-RS/SC. Recomendações de adubação e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 3 ed. Passo Fundo: SBCS-Núcleo Regional Sul, 1995. 224p.
KRICUN, S. D. P.; BELINGHERI, L.D. Aplicación de nitrógeno em plantaciones de yerba mate com diferentes densidades. IN: ERVA-MATE: biologia e cultura no cone sul. Porto Alegre, Ed. da Universidade/UFRGS, 1995. p. 73-79.
MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A. Avaliação do estado nutricional das plantas. Piracicaba: POTAFOS. 1989. 201 p.
RADOMSKI, M.I.; SUGAMOSTO, M.L., GIAROLA, N.F.B.; CAMPIOLO, S. Avaliação dos teores de macro e micronutrientes em folhas jovens e velhas de erva-mate nativa. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v.4, pt.2, 1992. p. 453-456.
REISSMANN, C.B.; ROCHA, H. da; KOCHLER, C.W.; CALDAS, R.L.S.; HILDEBRAND, E.E. Bio-elementos em folhas e hastes de erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hill) sobre cambissolos na região de Mandirituba-Pr. Revista Floresta, v. 16, n.2., p. 49-54, 1983.
REISSMANN,C.B.; KOEHLER, C.W.; ROCHA, H. da; HILDEBRAND, E.E. Avaliação das exportações de macronutrientes pela exploração da erva-mate. IN: SEMINÁRIO SOBRE ATUALIDADES E PERSPECTIVAS FLORESTAIS, 10., Curitiba, 1983. Anais... Curitiba, 1985. p.128-139.
SANZ, M. D. T.; ISASA, M.E.T. Elementos minerales en la yerba mate (Ilex paraguariensis St. H.). Archivos Latinoamericanos de Nutrition, v. 41, n. 3, p.441-454, 1991.
TEDESCO, M. J.; VOLKWEISS, S.J.; BOHNEN, H. Análises de solo, plantas e outros materiais. Porto Alegre: Departamento de Solos, Faculdade de Agronomia, UFRGS, 1985. 188 p. (Boletim Técnico de Solos, 5).
TRUJILLO, M.R. Agroecosistema de alta densidad: plagas y enemigos naturales. IN: ERVA-MATE: biologia e cultura no cone sul. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1995. p. 129-134.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.