Shedding light on the evolution of wood anatomical traits in some Myrtaceae species from subtropical Brazil
DOI:
https://doi.org/10.5902/2358198092790Palavras-chave:
brownian motion, ecological anatomy, ecophysiology, niche analysis, phylogenetic signalResumo
Este trabalho objetivou investigar alguns parâmetros da história evolutiva das características anatômicas da madeira para 31 espécies de Myrtaceae do Brasil subtropical (grupo mais rico nesta região climática). As seguintes características foram selecionadas: diâmetro, frequência e comprimento dos vasos, diâmetro das pontuações intervasculares e comprimento das fibras, devido ao abundante material disponível em artigos e bases de dados. A partir da construção de uma filogenia calibrada e uma análise de nicho climático de cada espécie foram realizados testes estatísticos para: elucidar quais variáveis climáticas melhor explicam a variação nos caracteres da madeira, particionar influência entre ancestralidade e adaptação, descobrir o melhor modelo evolutivo que explica a variação dos dados e inferir o modo mais provável de evolução dos traços anatômicos. Os resultados mostraram que variáveis de precipitação tiveram maior influência na maioria das características da madeira das espécies avaliadas. Também ficou demonstrado que a maioria dos traços anatômicos responde menos às demandas ambientais do que à ancestralidade comum. Além disso, as análises evolutivas mostraram que quase todas as variáveis da madeira são capazes de se adaptar rapidamente, embora confinadas a uma estreita faixa de valores possíveis. Hipóteses para explicar esses resultados são discutidas ao longo do texto.
Downloads
Referências
Ackerly, D. D. 2003. Community assembly, niche conservatism, and adaptive evolution in changing environments. International Journal of Plant Sciences 164: 165-184.
Amorim, B. S., Vasconcelos, N. C., Souza, G., Alves, M., Antonelli, A., Lucas, E. 2019. Advanced understanding of phylogenetic relationships, morphological evolution and biogeographic history of the mega-diverse plant genus Myrcia and its relatives (Myrtaceae: Myrteae). Molecular Phylogenetics and Evolution 138: 65–88.
Blomberg, S. P., Rathnayake, S. I., Moreau, C. M. 2020. Beyond Brownian motion and the Ornstein-Uhlenbeck process: stochastic diffusion models for the evolution of quantitative characters. The American Naturalist 195: 145-165.
Borges, R., Machado, J. P., Gomes, C., Rocha, A. P., Antunes, A. 2019. Measuring phylogenetic signal between categorical traits and phylogenies. Bioinformatics 35: 1862-1869.
Bünger, M. O , Mazine, F. F., Stehmann, J. R. 2018. Two new species of Eugenia sect. Phyllocalyx (Myrtaceae) from Brazil. Kew Bulletin 73: 1-6.
Drummond, C. S., Eastwood, R. J., Miotto, S. T. S., Hughes, C. E. 2012. Multiple continental radiations and correlates of diversification in Lupinus (Leguminosae): testing for key innovation with incomplete taxon sampling. Systematic Biology 61: 443-460.
Frodin, D. G. 2004. History and concepts of big plant genera. Taxon 53: 753-776.
Giehl, E. L., Jarenkow, J. A., Prinzing, A. 2015. Disturbance and stress gradients result in distinct taxonomic, functional and phylogenetic diversity patterns in a subtropical riparian tree community. Journal of Vegetation Science 26: 889-901.
Hammer, Ø., Harper, D. A. T., Ryan, P. D. 2001. Past: paleontological statistics software package for education and data analysis. Palaeontologia Electronica 4: 1 – 9.
Hijmans, R. J., Guarino, L., Jarvis, A., O’Brien, R., Mathur, P., Bussink, C., Barrantes, I., Rojas, E. 2005ª. DIVA-GIS. ver. 5.2. Accessed 18 Jan 2025. Available in http://diva-gis.org.
Hijmans, R. J., Cameron, S. E., Parra, J. L., Jones, P. G., Jarvis, A. 2005b. Very high resolution interpolated climate surfaces for global land areas. International Journal of Climatology 25: 1965–1978.
Joly, S., Heenan, P. B., Lockhart, P. J. 2013. Species radiation by niche shifts in New Zealand's Rockcresses (Pachycladon, Brassicaceae). Systematic Biology 104: 192-202.
Lindorf, H. 1994. Eco-anatomical wood features of species from a very dry tropical forest. Iawa Journal 15: 361-376.
Marques, P. A., Araújo, G. U. C., Barros, C. F., Callado, C. H. 2007. Anatomia do lenho de três espécies de Eugenia L.(Myrtaceae) de mata e restinga. Revista Brasileira de Biociências 5: 801-803.
Martos, L., Galan, A. T. O. F., Souza, L. A. D., Mourão, K. S. M. 2017. The flower anatomy of five species of Myrteae and its contribution to the taxonomy of Myrtaceae. Acta Botanica Brasilica 31: 42-50.
Pagel, M. 1999. Inferring the historical patterns of biological evolution. Nature 401: 877–884.
Pfenninger, M., Staubach, S., Albrecht, C., Streit, B., Schwenk, K. 2003. Ecological and morphological differentiation among cryptic evolutionary lineages in freshwater limpets of the nominal form-group Ancylus fluviatilis (O.F. Muller, 1774). Molecular Ecology 12: 2731–2745.
R Core Team. 2023. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing. Accessed in 22 Apr. 2023. Available in http://www.r-project.org
Ricklefs, R. E. 2007. Estimating diversification rates from phylogenetic information. Trends in Ecology & Evolution 22: 601-610.
Santini, N. S., Cleverly, J., Faux, R., Lestrange, C., Rumman, R., Eamus, D. 2016. Xylem traits and water-use efficiency of woody species co-occurring in the Ti Tree Basin arid zone. Trees 30: 295-303.
Santos, S. R., Marchiori, J. N. C. 2011. A classificação interna da tribo Myrteae, sob o ponto de vista da anatomia da madeira. Balduinia 32: 17-34.
Smith, K. L., Harmon, L. J., Shoo, L. P., Melville, J. 2011. Evidence of constrained phenotypic evolution in a cryptic species complex of agamid lizards. Evolution 65: 976-992.
Sobral, M. 2003. A família das Myrtaceae no Rio Grande do Sul. Unisinos. 216.
Van Valen, L. 1976. Ecological species, multispecies, and oaks. Taxon 25: 233–239.
Webb, C. O., Ackerly, D. D., Kembel, S. W. 2008. Phylocom: software for the analysis of phylogenetic community structure and trait evolution. Bioinformatics 24: 2098-2100.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Balduinia

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC-BY-NC-SA) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, não comercial e compartilha igual.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).


