Tendências anatômicas na flora sul-riograndense 2 - Parênquima axial
DOI:
https://doi.org/10.5902/2358198041602Palavras-chave:
Anatomia da madeira, anatomia ecológica, parênquima axialResumo
No presente estudo são discutidas as tendências anatômicas no parênquima axial das madeiras sul-riograndenses. Foram investigadas 123 espécies, 81 gêneros e 32 famílias de Angiospermas de ocorrência natural no Rio Grande do Sul. Os dados foram extraídos, basicamente, de artigos publicados entre os anos de 1980 e 2019. Observou-se uma grande variabilidade no parênquima axial das espécies, incluindo desde a completa ausência até os diversos padrões de distribuição apo e paratraqueais. O parênquima é predominantemente do tipo paratraqueal, seriado. O arranjo difuso e/ou difuso-em-agregados é o mais comuns. A altura do parênquima axial geralmente não ultrapassa 8 células e 500mm, sendo as séries com mais de 4 células um pouco mais frequentes que as demais. O parênquima escasso mostrou-se mais comum que o abundante, mas na maioria das espécies a quantidade é intermediária. Cristais são muito frequentes, associados principalmente ao parênquima axial e/ou raios. Esta característica, juntamente com o parênquima paratraqueal e seriado, foram as únicas que ocorreram em 50% ou mais das espécies investigadas. Do ponto de vista taxonômico, destacam-se os cristais em fibras, o parênquima ausente ou raro, as células oleíferas, drusas e cristais aciculares, bem como o parênquima fusiforme e marginal predominantes. Embora haja divergências, como no caso da incidência de cristais, os padrões observados refletem, via de regra, tendências anatômicas condizentes com o posicionamento latitudinal do Estado. As diferenças observadas podem ser atribuídas, ao menos em parte, a questões relacionadas à amostragem e/ou composição florística local.
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