Da necessidade de esquecer à impossibilidade de lembrar: velocidade, instabilidade e emergência

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X74948

Palabras clave:

Memória, Poder, Mídia, Redes, Emergência

Resumen

Este artigo oferece uma breve reflexão sobre algumas relações entre memória/poder e memória/potência. Partimos de Nietzsche e sua crítica aos usos desmedidos da memória e história na vida individual e coletiva, passamos por Baudrillard e a crítica da imagem virtual capaz de anular a transcendência do imaginário, principalmente no contexto televisivo de produção de sentidos, e alcançamos a era atual, a era das redes horizontais. Nesta última parte nos perguntamos em que medida a comunicação descentralizada e efêmera das redes afeta a capacidade social de produção de memória, bem como especulamos se o fenômeno pode ou não representar uma potente e subversiva forma de construção (e desconstrução) de valor e sentido histórico às margens dos sistemas mercantilistas de difusão simbólica.

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Biografía del autor/a

Alemar Silva Araújo Rena, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Doutorando pela FALE/UFMG e bolsista da CAPES

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Publicado

2012-01-25

Cómo citar

Rena, A. S. A. (2012). Da necessidade de esquecer à impossibilidade de lembrar: velocidade, instabilidade e emergência. Literatura E Autoritarismo, (6), 4–19. https://doi.org/10.5902/1679849X74948