Ynari e a política da "palabre" na brincadeira das palavras
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378639985Palavras-chave:
Filosofia Africana, Literatura Infantil, Brincadeira de Palavras, PalabreResumo
Este artigo propõe uma conversa entre a filosofia africana e a literatura infantil. Se África nos discursos coloniais foi associada à infância, então fazer uma investigação que se fundamenta em uma criança africana propõe repensar aquilo que legitimamos como filosofia. A conversa acontecerá entre a personagem Ynari, do livro Ynari – a menina de cinco tranças, de Ondjaki, e o conceito de Palabre, elaborado pelo filósofo Jean Godefroy Bidima. Assim, o artigo parte da palavra como eixo principal da investigação, pois ela aparece tanto para Ondjaki quanto para Bidima como uma forma de interação com o mundo, seja na criação, seja na destruição. Por fim, questionar o ideal de “neutralidade de conhecimento” que pretende estabelecer um cânone, relegando a multiplicidade de saberes em prol de uma unidade epistêmica.
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