Corpos velhos (re)configurados
DOI:
https://doi.org/10.5902/223667254868Palavras-chave:
Velhice, corpos, processos de subjetivação, produção de saberes, gerontologiaResumo
A recente ‘descoberta’ da velhice como uma entidade demográfica e sua ascensão ao status de problema social modificou o quadro dos estudos do envelhecimento no Brasil, constituindo a velhice em um objeto de intervenção e investigação científica. Assistimos a um número cada vez maior de especialistas que buscam construir critérios que definam o que é envelhecimento e quando alguém pode ser considerado velho, em um processo dinâmico de interlocução entre discursos biológicos, políticos, sociais, econômicos e psicológicos, que produzem categorias capazes de reconhecer determinados sujeitos como pertencentes ou não à categoria velho. No presente artigo, procura-se, sob a perspectiva sócio-antropológica, chamar a atenção para os contextos culturais e sociais em que emergem os significados sobre envelhecimento, os quais configuram e posicionam os sujeitos em diferentes lugares sociais. Procurando destacar que a velhice não é uma condição estática do corpo, mas um processo por meio do qual se materializam corpos velhos, problematiza-se a nomeação de diferenças que definem quem é velho ou não. Deste modo, é necessário refletir sobre a constituição de um conjunto de discursos e práticas que tornou possível reconhecer determinados sujeitos como pertencentes a determinadas categorias e como estes são tomados como definidores de sujeitos e suas possibilidades.
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