Políticas de valor nos mercados alimentares: movimentos sociais econômicos e a reconstrução das trajetórias sociais dos alimentos agroecológicos

Autores

  • Paulo André Niederle Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236672515648

Palavras-chave:

Mercados alimentares, Convenções, Orgânicos, Luta política, Assentamentos rurais.

Resumo

Este artigo discute as disputas envolvendo a valoração dos bens nos mercados alimentares. Contrariamente ao pensamento econômico dominante, a formação do valor de um bem não é decorrência da ação de um mecanismo abstrato que regula oferta e demanda, mas das lutas políticas empreendidas por inúmeros atores que se engajam nos processos de qualificação com vistas a estabilizar determinados padrões, convenções e normas, os quais lhes possibilitam maior capacidade de controlar os mercados. A partir das contribuições da nova sociologia econômica, a análise focaliza as ações de novos movimentos sociais econômicos nos mercados para produtos orgânicos. Em reação aos processos de apropriação e convencionalização da agroecologia desencadeados pelo ingresso de novos agentes no mercado de orgânicos (produtores, certificadores, intermediários e varejistas), esses movimentos têm empreendido ações a fim de reconstruir a trajetória social dos alimentos, as quais se revertem na construção de mecanismos de requalificação que estão lastreados pelo enraizamento sociocultural da produção e do consumo alimentar.

 

http://dx.doi.org/10.5902/2236672515648

 

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Publicado

2014-09-22

Como Citar

Niederle, P. A. (2014). Políticas de valor nos mercados alimentares: movimentos sociais econômicos e a reconstrução das trajetórias sociais dos alimentos agroecológicos. Século XXI – Revista De Ciências Sociais, 4(1), 162–189. https://doi.org/10.5902/2236672515648