A competitividade organizacional de uma cooperativa do Rio Grande do Sul através da análise da equipe técnica
DOI:
https://doi.org/10.5902/2359043284157Palavras-chave:
Cooperação estratégica, Decisão do associado, Aumento da produtividade, Recursos organizacionais, Capacidades dinâmicasResumo
Este artigo tem como objetivo analisar a competitividade organizacional em uma cooperativa agrícola gaúcha sob o olhar da equipe de técnica e baseada na Visão Baseada em Recursos – VBR. Uma vez que o ambiente cooperativo pode e deve ser analisado de forma como uma empresa com suas contextualizações afim de os elementos serem diagnosticados de forma a sobreviver e ampliar seus patamares. Escolhida essa cooperativa numa região do estado do Rio Grande do Sul que a base econômica é a agropecuária. Sendo a pesquisa caracterizada metodologicamente do tipo exploratória por meio da utilização de estudo de caso com foco na análise dos recursos físicos, humanos, organizacionais, tecnológicos, financeiros, reputacionais. Para que possam ser melhores trabalhados cada aspecto. Os resultados mostraram o cooperativismo competitivo em evidência em um momento cada vez mais globalizado e que impõe desafios e atividades cooperativista dinâmicas. Ao mesmo tempo que no âmbito social fomentam os atores da sociedade em torno de interesses comuns. Assim, para a equipe técnica, a organização caminha empenhada na otimização de processos administrativos a serem geridos de forma eficaz para superar a falta de recursos internos e obter vantagem competitiva. Os resultados mostram ainda que a avaliação dos sucessores gerenciais para o regresso compreende o uso de novas tecnologias tende a potenciar a adesão e permanência na propriedade agrícola.
Downloads
Referências
AAKER, D. A.; KUMAR, V.; DAY, G. S. Pesquisa de marketing. São Paulo-SP: Atlas, 1999.
AHARONI, Y.; BROCK, D. M. International business research: Looking back and looking forward. [S. l.]: Elsevier, 2010. DOI: https://doi.org/10.1016/j.intman.2009.12.002
ANDREU, R.; SIEBER, S. Knowledge integration across organizations: how different types of knowledge suggest different ‘integration trajectories’. Knowledge and Process Management, v. 12, n. 3, p. 153–160, 2005. DOI: https://doi.org/10.1002/kpm.232
ANSOFF, H. I.; MCDONNELL, E. J. Implantando a administração estratégica. São Paulo: Atlas, 2009.
ANTONIALLI, L. M. Influência da mudança de gestão nas estratégias de uma cooperativa agropecuária. Revista de Administração Contemporânea, v. 4, n. 1, p. 135–159, 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-65552000000100008
ARAÚJO, F. P. et al. Percepção sobre a gestão financeira em empresas do setor do agronegócio. Revista Conhecimento Contábil, v. 13, n. 1, 2023. DOI: https://doi.org/10.31864/2447-2921.2023.4921
BARNEY, J. B. Firm resources and sustained competitive advantage. Advances in Strategic Management, v. 17, n. 1, p. 203–227, 2000. DOI: https://doi.org/10.1016/S0742-3322(00)17018-4
BARNEY, J. B.; CLARK, D. N. Resource-based theory: Creating and sustaining competitive advantage. [S. l.]: OUP Oxford, 2007. DOI: https://doi.org/10.1093/oso/9780199277681.001.0001
BATALHA, M. O. Gestão agroindustrial. 3aed. São Paulo: Atlas, 2012. v. 1
BIALOSKORSKI NETO, S. Virtual cooperatives in Brazil and the globalization process. Journal of rural cooperation, v. 29, n. 886-2016–64598, p. 153–165, 2001.
BIJMAN, J. et al. Accommodating Two Worlds in One Organization : Changing Board Models in Agricultural Cooperatives. Managerial and Decision Economics, v. 34, n. 3–5, p. 204–217, 2013. DOI: https://doi.org/10.1002/mde.2584
BRETOS, I.; DÍAZ-FONCEA, M.; MARCUELLO, C. Cooperativas e internacionalización: Un análisis de las 300 mayores cooperativas del mundo. CIRIEC-España, revista de economía pública, social y cooperativa, n. 92, p. 5, 2018. DOI: https://doi.org/10.7203/CIRIEC-E.92.11480
CARDOSO, A. L. J.; MARTINS, T. S.; KATO, H. T. Tendências temáticas em capacidades dinâmicas: Um mapeamento do campo por meio de um estudo de co-citação. RAI Revista de Administração e Inovação, v. 12, n. 2, p. 38–59, 2015. DOI: https://doi.org/10.11606/rai.v12i2.100331
CARVALHO, D. M. de; PRÉVOT, F.; MACHADO, J. A. D. O uso da teoria da visão baseada em recursos em propriedades rurais: uma revisão sistemática da literatura. Revista de Administração (São Paulo), v. 49, p. 506–518, 2014. DOI: https://doi.org/10.5700/rausp1164
COLLIS, D. J.; MONTGOMERY, C. A. Competing on Resources: Strategy in the 1990s. Harvard Business Review, v. 73, n. 4, p. 118–128, 1995.
COYNE, Kevin P. Sustainable competitive advantage—What it is, what it isn't. Business Horizons, v. 29, n. 1, p. 54-61, 1986. DOI: https://doi.org/10.1016/0007-6813(86)90087-X
COSTA, P. R. da. Cooperabilidade e inovação: análises e proposições no contexto das multinacionais brasileiras. [S. l.]: Universidade de São Paulo, 2012.
DOBNI, C. B.; SAND, C. Strategy shift: Integrating strategy and the firm’s capability to innovate. Business Horizons, v. 61, n. 5, p. 797–808, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.bushor.2018.06.002
EFI, S. X. S. Strategic Alliance and Tacit Collusion, of Competitive Advantage Through Market Area, Product Innovation Cooperativa Café Timor and National Cooperative Business Association (CCT-NCBA) in Timor Leste. In: , 2022, Paris. 4th Asia Pacific Management Research Conference (APMRC 2022). Paris: Atlantis Press, 2022. p. 621–637. DOI: https://doi.org/10.2991/978-94-6463-076-3_48
EISENHARDT, K. M.; MARTIN, J. A. Dynamic capabilities: what are they?. Strategic management journal, v. 21, n. 10‐11, p. 1105–1121, 2000. DOI: https://doi.org/10.1002/1097-0266(200010/11)21:10/11<1105::AID-SMJ133>3.0.CO;2-E
FAHY, J. The resource‐based view of the firm: some stumbling‐blocks on the road to understanding sustainable competitive advantage. Journal of European industrial training, v. 24, n. 2/3/4, p. 94–104, 2000. DOI: https://doi.org/10.1108/03090590010321061
FLEURY, A. C. C.; FLEURY, M. T. L. Estratégias competitivas e competências essenciais: perspectivas para a internacionalização da indústria no Brasil. Gestão & Produção, v. 10, p. 129–144, 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-530X2003000200002
FOSS, K.; FOSS, N. J. Understanding opportunity discovery and sustainable advantage: The role of transaction costs and property rights. Strategic Entrepreneurship Journal, v. 2, n. 3, p. 191–207, 2008. DOI: https://doi.org/10.1002/sej.49
FROHLICH, M. T.; WESTBROOK, R. Arcs of integration: an international study of supply chain strategies. Journal of operations management, v. 19, n. 2, p. 185–200, 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/S0272-6963(00)00055-3
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6aed. São Paulo: Atlas, 2008.
GUELER, M. S.; SCHNEIDER, S. The resource-based view in business ecosystems: A perspective on the determinants of a valuable resource and capability. Journal of Business Research, v. 133, p. 158–169, 2021. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0148296321002976. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2021.04.061
HERZOG, M. et al. The nature of risk management in the early phase of IPS2 design. Procedia CIRP, v. 16, p. 223–228, 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.procir.2014.02.010. DOI: https://doi.org/10.1016/j.procir.2014.02.010
HITT, M. A.; IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E. Administração Estratégica: Competitividade e globalização. 2a edição. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
KALOGERAS, N. et al. Which cooperative ownership model performs better? A financial‐decision aid approach. Agribusiness, v. 29, n. 1, p. 80–95, 2013. DOI: https://doi.org/10.1002/agr.21323
KEMPPAINEN-KOIVISTO, R. et al. Creativity with Institutionalization: Cooperatives as an Alternative Way of Starting a Creative Business – Cases from Finland. In: ECONOMICS. Finland: IGI Global, 2015. p. 1035–1054. E-book. Disponível em: http://services.igi global.com/resolvedoi/resolve.aspx?doi=10.4018/978-1-4666-8468-3.ch057. DOI: https://doi.org/10.4018/978-1-4666-8468-3.ch057
KIM, J. Cooperative innovation with buyers: how subcontractors and non-subcontractors differ. Technology Analysis & Strategic Management, p. 1–15, 2022. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/09537325.2022.2088341. DOI: https://doi.org/10.1080/09537325.2022.2088341
KOR, Y. Y.; MESKO, A. Dynamic managerial capabilities: Configuration and orchestration of top executives’ capabilities and the firm’s dominant logic. Strategic management journal, v. 34, n. 2, p. 233–244, 2013. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.2000
LEE, C.; LEE, K.; PENNINGS, J. M. Internal capabilities, external networks, and performance: a study on technology‐based ventures. Strategic management journal, v. 22, n. 6‐7, p. 615–640, 2001. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.181
LIN, Y.; WU, L.-Y. Exploring the role of dynamic capabilities in firm performance under the resource-based view framework. Journal of Business Research, v. 67, n. 3, p. 407–413, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2012.12.019
LOEBBECKE, C.; ANGEHRN, A. Knowledge management under coopetition. Organizational learning and knowledge: Concepts, methodologies, tools and applications, p. 1192–1205, 2011. DOI: https://doi.org/10.4018/978-1-60960-783-8.ch321
MADHOK, A. Reassessing the fundamentals and beyond: Ronald Coase, the transaction cost and resource‐based theories of the firm and the institutional structure of production. Strategic management journal, v. 23, n. 6, p. 535–550, 2002. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.247
MANZ, C. C.; STEWART, G. L. Attaining flexible stability by integrating total quality management and socio-technical systems theory. Organization Science, v. 8, n. 1, p. 59–70, 1997. DOI: https://doi.org/10.1287/orsc.8.1.59
MARTÍNEZ-NOYA, A.; NARULA, R. What more can we learn from R&D alliances? A review and research agenda. BRQ Business Research Quarterly, v. 21, n. 3, p. 195–212, 2018. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S2340943618301749. DOI: https://doi.org/10.1016/j.brq.2018.04.001
MAZZALI, L. O processo recente de reorganização agroindustrial: do complexo à organização" em rede". São Paulo-SP: Unesp, 2000.
MINTZBERG, H.; GARCIA, L. A. Planejamento Estratégico. Revista da ESPM, São Paulo, v. 19, n. 5, p. 27–33, 2012.
MONTANA, P.; CHARNOV, B. Management: Management Classical Theory Organizations structures-Management Staff And Dynamic Working Groups. [S. l.]: Athens, 2002.
MORIBAYASHI, E. H. et al. Análise de risco na cadeia do agronegócio: estudo de caso com produtores rurais no estado de Goiás. Ipê Agronomic Journal, v. 7, n. 1, p. 1–20, 2023.
NEGRETI-CAMPOS, A. S.; EVEDOVE, A. C. D.; LOURENZANI, A. E. B. S. Resource-Based View: an analysis of cooperatives involving family farmers. Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 21, n. 1, p. 19696, 2022. DOI: https://doi.org/10.5585/riae.v21i1.19696
NELSON, R. R.; WINTER, S. G. The Schumpeterian tradeoff revisited. The American Economic Review, v. 72, n. 1, p. 114–132, 1982.
NEVES, L. W. de A.; HAMACHER, S.; SCAVARDA, L. F. Outsourcing from the perspectives of TCE and RBV: A multiple case study. Production, v. 24, p. 687–699, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-65132013005000082
PENROSE, E.; PENROSE, E. T. The Theory of the Growth of the Firm. [S. l.]: Oxford university press, 2009.
PIRES, F. A.; NASCIMENTO, R. F. A importância da contabilidade gerencial para empresas no ramo do agronegócio situadas na região de Catalão–GO. 2021.
PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para a análise da indústria e da concorrência. 11. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
ROYER, J. An equity management and planning tool for cooperatives. Agricultural Finance Review, v. 75, n. 2, p. 267–281, 2015. DOI: https://doi.org/10.1108/AFR-03-2014-0004
RUGMAN, A. M.; VERBEKE, A. Edith Penrose’s contribution to the resource‐based view of strategic management. Strategic management journal, v. 23, n. 8, p. 769–780, 2002. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.240
SANTOS, L. C. et al. Como dar suporte às estratégias de empresas hoteleiras? Uma análise segundo a visão baseada em recursos. Production, v. 25, p. 403–415, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-6513.036612
SCHOENHERR, T.; GRIFFITH, D. A.; CHANDRA, A. Intangible capital, knowledge and new product development competence in supply chains: process, interaction and contingency effects among SMEs. International journal of production research, v. 52, n. 16, p. 4916–4929, 2014. DOI: https://doi.org/10.1080/00207543.2014.894258
SWINNEN, J. F. M.; MAERTENS, M. Globalization, privatization, and vertical coordination in food value chains in developing and transition countries. Agricultural Economics, v. 37, p. 89–102, 2007. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1574-0862.2007.00237.x
TONDOLO, V. A. G.; BITENCOURT, C. C. Compreendendo as capacidades dinâmicas a partir de seus antecedentes, processos e resultados. Brazilian Business Review, v. 11, n. 5, p. 124, 2014.
WANG, R. D.; MILLER, C. D. Complementors’ engagement in an ecosystem: A study of publishers’ e‐book offerings on Amazon Kindle. Strategic Management Journal, v. 41, n. 1, p. 3–26, 2020. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/smj.3076. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.3076
WERNERFELT, B. A resource‐based view of the firm. Strategic management journal, v. 5, n. 2, p. 171–180, 1984. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.4250050207
WHITTINGTON, G. Corporate governance and the regulation of financial reporting. Accounting and Business Research, v. 23, n. sup1, p. 311–319, 1993. DOI: https://doi.org/10.1080/00014788.1993.9729899
WRIGHT, P.; KROLL, M. J.; PARNELL, J. Administração estratégica: conceitos. 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Bibiana Melo Ramborger, Marcelo da Costa Borba, Josefa Edileide Santos Ramos, Liris Kindlein
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
