PÓS-ALTA EM HANSENÍASE: UMA REVISÃO SOBRE QUALIDADE DE VIDA E CONCEITO DE CURA.
DOI:
https://doi.org/10.5902/223658348692Abstract
http://dx.doi.org/10.5902/223658348692
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica, infecto-contagiosa, de evolução lenta, que possui como sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos lesões na pele e nos nervos periféricos, considerada problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O momento pós-alta ocorre quando o indivíduo recebe alta por cura após ter concluído o tratamento poliquimioterápico (PQT) com êxito. A fragilidade do acesso à atenção, a estigmatização e a desinformação tornam o período pós-alta dificultoso para os indivíduos afetados pela hanseníase, exigindo uma atenção de saúde longitudinal ao portador. OBJETIVO: Explorar o momento pós-alta de hanseníase, na busca de ações mais integrais aos portadores, e ampliação do conceito de cura da doença. METODOLOGIA: Busca nos bancos de dados: BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), PUBMED, LILACS, BIREME e Google Acadêmico. Os termos utilizados foram: hanseníase, pós-alta, sequelas, estigma, qualidade de vida e seus correspondentes na língua inglesa. RESULTADOS: Foram selecionados 44 artigos para integrar a revisão, datados de 1995 a 2012. Foi possível observar a importância e a necessidade de políticas específicas para a abordagem em pacientes que receberam alta por cura de hanseníase proporcionando uma assistência integral da saúde. É demonstrada influência negativa na Qualidade de vida (QV) de portadores de hanseníase pelos aspectos sócio-culturais que envolvem a doença, assim como, das deformidades físicas. CONCLUSÕES: A adoção de intervenções específicas à população em pós-alta de hanseníase é indispensável para o cumprimento de um dos princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS), o de integralidade.
Descritores: Hanseníase; Pós-alta; Qualidade de Vida; Estigma.