Fatores relacionados à falha na extubação em uma unidade de terapia intensiva da Amazônia ocidental brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583423776Keywords:
Unidades de Terapia Intensiva, Respiração artificial, Extubação, Desmame do respiradorAbstract
Introdução: A falha da extubação está relacionada a um elevado índice de mortalidade hospitalar. Os fatores relacionados ao insucesso da extubação ajudam na elaboração de um protocolo para conduzir as práticas relacionadas a este processo, atenuando as consequências indesejáveis decorrentes deste desfecho. Objetivo: Identificar as características e desfechos na falha da extubação em pacientes internados sob ventilação mecânica em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Amazônia ocidental brasileira. Método: Estudo descritivo do tipo transversal desenvolvido na UTI Adulto de um hospital de urgência e emergência de Rio Branco, Acre, no período de maio a novembro de 2015. Resultados: A amostra final foi composta por 36 pacientes em processo de extubação, com idade média de 49,03 anos (± 20,73), o diagnóstico mais prevalente foi o trauma, com 30,6%, tempo médio de internação na unidade de terapia intensiva de 7 dias e a prevalência de falha na extubação foi de 33,3%. As características clinicas evidenciadas como precursoras da reintubação foram: baixa saturação (38,9%), seguido de taquipneia (27,8%) e alteração no nível de consciência (16,7%). Nenhum protocolo foi utilizado para o desmame. Conclusão: Este estudo evidenciou as características do paciente que está sendo extubado, assim como os fatores relacionados ao seu insucesso, no entanto, ênfase maior pode ser dada à necessidade de utilizar um protocolo para a extubação deste paciente. Este foi um estudo preliminar que instiga novos estudos nesta unidade com o objetivo de identificar relações causais para as dificuldades vivenciadas e oferecer uma assistência direcionada aos pacientes críticos.
Downloads
References
Teixeira C, Maccari JG, Vieira SRR, Oliveira RP, Savi A, Machado AS, et al. Impact of a mechanical ventilation weaning protocol on the extubation failure rate in difficult-to-wean patients. J Bras Pneumol. 2012;38(3):364–71.
Azevedo Muniz Y, Braide ASG, de Moraes MCS, Maciera CL, Brito MSR, Viana MCC. Estratégias de desmame da ventilação mecânica em uma Unidade de Terapia Intensiva. ASSOBRAFIR Ciênc. 2015;6(1):31–9.
Goldwasser R, Farias A, Freitas EE, Saddy F, Amado V, Okamoto VN. Mechanical ventilation of weaning interruption. Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(3):384–92.
Meade M, Guyatt G, Cook D, Griffith L, Sinuff T, Kergl C, et al. Predicting success in weaning from mechanical ventilation. CHEST J. 2001;120(6_suppl):400S – 424S.
Esteban A, Anzueto A, Alía I, Gordo F, Apezteguía C, Pálizas F, et al. How Is Mechanical Ventilation Employed in the Intensive Care Unit? Am J Respir Crit Care Med. 2000;161(5):1450–8.
Goldwasser RS, David CM. Desmame da ventilação mecânica: promova uma estratégia. Rev Bras Ter Intensiva. 2010;19(1):107–12.
Carvalho CRR, Toufen Junior C, Franca SA. Ventilação mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias. J Bras Pneumol. 2007;33:54–70.
Gonçalves EC, Silva EC, Basile Filho A, Auxiliadora-Martins M, Nicolini EA, Gastaldi AC. Low pressure support changes the rapid shallow breathing index (RSBI) in critically ill patients on mechanical ventilation. Braz J Phys Ther. 2012;16(5):368–74.
Colombo T, Boldrini AF, Juliano SRR, Juliano MCR, Houly JGS, Gebara OCE, et al. Implementation, assessment and comparison of the T-Tube and pressure-support weaning protocols applied to the intensive care unit patients who had received mechanical ventilation for more than 48 hours. Rev Bras Ter Intensiva. 2007;19(1):31–7.
Paredes ER, Junior VN, de Oliveira ACT. Protocolo de prevenção de falha de extubação como estratégia para evitar as complicações da reintubação precoce. UNILUS Ensino E Pesqui. 2013;10(19):12–9.
José A, Pasquero RC, Timbó SR, Carvalhaes SRF, dos Santos Bien U, Dal Corso S. Efeitos da fisioterapia no desmame da ventilação mecânica. Fisioter Em Mov [Internet]. 2013 [citado 15 de agosto de 2016];26(2). Available at: http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=7807&dd99=pdf
Nemer SN, Barbas CSV. Predictive parameters for weaning from mechanical ventilation. J Bras Pneumol. 2011;37(5):669–79.
Pinto WAM, Rossetti HB, Araújo A, Júnior S, Jonas J, Salomão H, et al. Impact of a continuous education program on the quality of assistance offered by intensive care physiotherapy. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(1):7–13.
Cubo E. Perfil dos fisioterapeutas que trabalham em terapia intensiva na cidade do recife e região metropolitana [Internet]. BJPT. [citado 8 de março de 2016]. Available at: http://www.rbf-bjpt.org.br/article/54d9fbc85ce02af93c00000c
Nogueira L de S, Sousa RMC de, Domingues C de A. Severity of trauma victims admitted in intensive care units: comparative study among different indexes. Rev Lat Am Enfermagem. 2009;17(6):1037–42.
Junior S, Da SHA, Vasconcelos AGG, Griep RH, Rotenberg L. Validity and reliability of the work ability index (WAI) in nurses’ work. Cad Saúde Pública. 2011; 27(6):1077–87.
de Almeida Gentile JK, Himuro HS, Rojas SSO, Cordeiro V, Veiga LECA, de Carvalho JC. Condutas no paciente com trauma crânioencefálico. Rev Bras Clin Med São Paulo. 2011;9 (1):74–
Barbas CSV, Ísola AM, Farias AM de C, Cavalcanti AB, Gama AMC, Duarte ACM, et al. Brazilian recommendations of mechanical ventilation 2013. Part 2. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26 (3):215–39.
Pereira PC, Oliveira LHS, Amâncio JS, Moraes FC. Desmame da ventilação mecânica: comparação entre pressão de suporte e tubo T: uma revisão de literatura doi: http://dx. doi. org/10.5892/ruvrv. 2013.111. 500511. Rev Universidade Vale Rio Verde. 2013;11(1):500–11.
Mascarenhas DM, Mejia DPM. Desmame da Ventilação Mecânica em Adultos: Métodos mais Utilizados na Atualidade. [citado 23 de agosto de 2016]; Available at: http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/27/06_-_Desmame_da_VentilaYYo_MecYnica_em_Adultos_MYtodos_mais_Utilizados_na_Atualidade.pdf
Moraes MA de, Bonatto RC, Carpi MF, Ricchetti SMQ, Padovani CR, Fioretto JR. Comparação entre ventilação mandatória intermitente e ventilação mandatória intermitente sincronizada com pressão de suporte em crianças. J Pediatr. 2009;85(1):15–20.