Correlação entre risco de dificuldades alimentares e risco para transtorno do espectro autista em lactentes
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583492967Palabras clave:
Desenvolvimento infantil, Comportamento do lactente, Aleitamento materno, Nutrição do lactenteResumen
Objetivo: Verificar a correlação entre risco de dificuldades alimentares e risco de TEA em lactentes saudáveis de 16 a 24 meses. Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico, com abordagem quantitativa. Participaram lactentes nascidos em um hospital universitário e que realizavam acompanhamento pediátrico no mesmo hospital. Os responsáveis responderam à Escala Brasileira de Alimentação Infantil (EBAI) e ao Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT). Resultados: A amostra incluiu 69 lactentes, 65,22% prematuros e 34,78% a termo, com média de idade gestacional de 34,19 semanas. Na alta hospitalar, mais de um terço estavam em aleitamento materno exclusivo (AME). Nos primeiros seis meses, a frequência de aleitamento artificial (AA) foi semelhante à do AME. A introdução alimentar ocorreu, em média, aos 6,07 meses. Verificou-se que 15,94% da amostra apresentou risco para dificuldades alimentares e 20,29% risco para TEA moderado ou grave. Não foi observada correlação entre os escores da EBAI e do M-CHAT. Considerações finais: Não houve associação entre risco de dificuldades alimentares e risco de transtorno do espectro autista.
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