Porocarcinoma vulvar: uma revisão de escopo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583475354

Palavras-chave:

Porocarcinoma écrino, Neoplasia malígna, Porocarcinoma vulvar

Resumo

Os tumores vulvares malignos são raros e afetam principalmente mulheres na pós-menopausa. O porocarcinoma é considerado um tumor maligno incomum das glândulas écrinas que pode ser visto na vulva e que acomete não somente mas principalmente idosas. O objetivo deste trabalho pautou-se em analisar os casos de porocarcinoma de células écrinas da vulva presentes na literatura, a fim de fornecer um amplo conhecimento sobre o diagnóstico, tratamento e prognóstico da doença, cuja escassez de dados literários aliada à raridade do tumor impõem desafios técnicos na condução de pacientes portadoras desta neoplasia. A metodologia escolhida para esta finalidade foi a revisão de escopo (ou scoping review), que considerou 6 etapas de busca, análise, elegibilidade e inclusão dos artigos. Pode-se evidenciar que seus diagnósticos clínico e histopatológico são potencialmente desafiadores, mesmo para equipes especializadas em centros de referência. Sua semelhança com outras doenças muitas vezes leva à sua descoberta tardia e tratamento incorreto e, por conta disso, é importante considerar o porocarcinoma como hipótese diagnóstica, principalmente em pacientes acima de 60 anos, com história de longa duração ou crescimento repentino associado a acometimento linfonodal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rui Toshio Takemoto de Mendonça Alho, Universidade Federal de São Paulo

Graduação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (2016). Em 2023, formou-se na Residência de Obstetrícia e Ginecologia da mesma instituição.

Fernanda Kesselring Tso, Universidade Federal de São Paulo

Possui Graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (1999) e Doutorado em Ciências Médicas e Biológicas pela Universidade Federal de São Paulo (2012). Atualmente é Medica Assistente da Universidade Federal de São Paulo.

Neila Maria de Góis Speck, Universidade Federal de São Paulo

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (1986), mestrado em Medicina (Ginecologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1992) e doutorado em Medicina (Ginecologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1999). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo do Depto de Ginecologia. 

Referências

Nguyen J, Duong H. Anatomy, Abdomen and Pelvis, Female External Genitalia. StatPearls [Internet]. 2022;1–10. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31613483

Van Der Putte SCJ. Mammary–like glands of the vulva and their disorders. Int J Gynecol Pathol. 1994;13(2).

Van der Putte SCJ. Anogenital “sweat” glands: Histology and pathology of a gland that may mimic mammary glands. Am J Dermatopathol. 1991;13(6).

Canavan TP, Cohen D. Vulvar cancer. Am Fam Physician. 2002;66(7).

Stueben BL, Lara JF. Primary adnexal adenocarcinoma of the vulva: A diagnosis of exclusion based on location, immunohistochemistry, and pattern of spread. Gynecol Oncol Reports. 2013;4.

Baker GM, Selim MA, Hoang MP. Vulvar adnexal lesions: a 32-year, single-institution review from Massachusetts General Hospital. Arch Pathol Lab Med. 2013;137(9).

Pinkus H, Rogin JR, Goldman P. Eccrine Poroma: Tumors Exhibiting Features of the Epidermal Sweat Duct Unit. A M A Arch Dermatology. 1956;74(5).

Pinkus H, Mehregan AH. Epidermotropic Eccrine Carcinoma: A Case Combining Features of Eccrine Poroma and Paget’s Dermatosis. Arch Dermatol. 1963;88(5).

Mishima Y, Morioka S. Oncogenic differentiation of the intraepidermal eccrine sweat duct: eccrine poroma, poroepithelionia and porocarcinoma. Dermatology. 1969;138(4).

Riera-Leal L, Guevara-Gutiérrez E, Barrientos-García JG, Madrigal-Kasem R, Briseño-Rodríguez G, Tlacuilo-Parra A. Eccrine porocarcinoma: Epidemiologic and histopathologic characteristics. Int J Dermatol. 2015;54(5).

Belin E, Ezzedine K, Stanislas S, Lalanne N, Beylot-Barry M, Taieb A, et al. Factors in the surgical management of primary eccrine porocarcinoma: Prognostic histological factors can guide the surgical procedure. Br J Dermatol. 2011;165(5):985–9.

Urso C, Bondi R, Paglierani M, Salvadori A, Anichini C, Giannini A. Carcinomas of sweat glands: Report of 60 cases. Arch Pathol Lab Med. 2001;125(4).

Robson A, Greene J, Ansari N, Kim B, Seed PT, McKee PH, et al. Eccrine porocarcinoma (malignant eccrine poroma): A clinicopathologic study of 69 cases. Am J Surg Pathol. 2001;25(6).

Wick MR, Goellner JR, Wolfe JT, Su WPD. Adnexal carcinomas of the skin I. Eccrine carcinomas. Cancer. 1985;56(5).

Wick MR, Goellner JR, Wolfe JT, Su WPD. Vulvar sweat gland carcinomas. Arch Pathol Lab Med. 1985;109(1).

Katsanis WA, Doering DL, Bosscher JR, O’Connor DM. Vulvar eccrine porocarcinoma. Gynecol Oncol. 1996;62(3).

Stephen MR, Matalka I, Hanretty K. Malignant eccrine poroma of the vulva. BJOG An Int J Obstet Gynaecol. 1998;105(4).

Liegl B, Regauer S. Eccrine carcinoma (nodular porocarcinoma) of the vulva [3]. Vol. 47, Histopathology. 2005.

Adegboyega PA. Eccrine porocarcinoma of the vulva: A case report and review of literature. Int J Gynecol Pathol. 2010;30(1).

Fujimine-Sato A, Toyoshima M, Shigeta S, Toki A, Kuno T, Sato I, et al. Eccrine porocarcinoma of the vulva: a case report and review of the literature. J Med Case Rep [Internet]. 2016;10(1):1–5. Available from: http://dx.doi.org/10.1186/s13256-016-1106-1

Mishra P, Sen S, Sharma N, Sen D. Malignant eccrine poroma of the vulva: An intriguing case of a rare tumor at an unusual site. Indian J Dermatol. 2016;61(4).

Val-Bernal JF, Hermana S. Vulvar eccrine porocarcinoma: Report of a case and literature review. Vol. 58, Romanian Journal of Morphology and Embryology. 2017.

Cordeiro L, Baldini Soares C. Revisão de escopo: potencialidades para a síntese de metodologias utilizadas em pesquisa primária qualitativa. BIS Bol do Inst Saúde. 2020;20(2).

Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: The PRISMA statement. Vol. 339, BMJ (Online). 2009.

Ferraz L, Pereira RPG, Pereira AMR da C. Tradução do Conhecimento e os desafios contemporâneos na área da saúde: uma revisão de escopo. Saúde em Debate. 2019;43(spe2).

SHAW M, McKEE PH, LOWE D, BLACK MM. Malignant eccrine poroma: a study of twenty‐seven cases. Br J Dermatol. 1982;107(6):675–80.

Skowron F, Poulhalon N, Balme B, Touzet S, Thomas L. Étude Clinique Et Histopronostique De 50 Cas De Porocarcinome Eccrine. Ann Dermatol Venereol [Internet]. 2014;141(4):258–64. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.annder.2013.10.047

Chang O, Elnawawi A, Rimpel B, Asarian A, Chaudhry N. Eccrine porocarcinoma of the lower extremity: A case report and review of literature. World J Surg Oncol. 2011;9.

Mahomed F, Blok J, Grayson W. The squamous variant of eccrine porocarcinoma: A clinicopathological study of 21 cases. J Clin Pathol. 2008;61(3).

Iannicelli E, Galluzzo A, Salvi PF, Ziparo V, David V. A large porocarcinoma of perineal region: MR findings and review of the literature. Abdom Imaging. 2008;33(6).

Downloads

Publicado

2025-07-23

Como Citar

Alho, R. T. T. de M., Tso, F. K., & Speck, N. M. de G. (2025). Porocarcinoma vulvar: uma revisão de escopo. Saúde (Santa Maria), 51, e75354. https://doi.org/10.5902/2236583475354