Apendicectomia convencional versus videolaparoscópica pelo SUS: estudo descritivo e transversal sobre as internações hospitalares no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583445310Palavras-chave:
Apendicite, Apendicectomia, Cirurgia laparoscópica, Epidemiologia, Pesquisa sobre Serviços de Saúde.Resumo
Por mais de um século, a apendicectomia convencional (aberta) foi o único tratamento padrão para apendicite. Entretanto, a abordagem videolaparoscópica (VLP), técnica contemporânea e mais sofisticada, revolucionou o manejo desta patologia. Objetivo: este estudo tem por objetivo realizar uma análise descritiva e transversal sobre as internações hospitalares por apendicectomia convencional e videolaparoscópica realizadas pelo SUS no Brasil. Métodos: trata-se de um estudo descritivo e transversal, realizado por meio da análise de dados secundários, oriundo do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), sobre as apendicectomias (convencional e videolaparoscópica) ocorridas no Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil, no período de 2009 a 2018. Resultados: a cirurgia videolaparoscópia apresentou menor número de óbitos por procedimentos, menor taxa de mortalidade e maior custo por internação, em relação a cirurgia convencional. O tempo médio de dias de permanência hospitalar não teve diferença estatisticamente significamente entre as técnicas. Além disso, para ambas as técnicas (seja aberta ou VLP), os dados sugerem um crescente aumento no número total e valor médio de internação. Quanto à evolução temporal, para ambas as técnicas, os números sugerem uma taxa decrescente para o tempo médio de internação e a taxa de mortalidade. Considerações finais: a apendicectomia por vídeo no SUS apresentou mais vantagens assistenciais e financeiras, sugerindo-se que criem-se políticas de financiamento e estímulo para ampliação da realização deste método, frente ao método aberto.
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