Estilo de vida de adolescentes e sua relação com fatores de risco para Hipertensão Arterial Sistêmica

Autores

  • Eduardo Teixeira Mota Junior Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE
  • Alexandra Gadelha Medeiros Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE
  • Raquel Pereira Franklin Thomáz Universidade Federal do Ceará, Sobral, CE
  • Ana Vanessa Araújo Pedrosa Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE
  • Thiago Brasileiro de Vasconcelos Centro Universitário Católica de Quixadá, Quixadá, CE
  • Vasco Pinheiro Diógenes Bastos Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583441155

Palavras-chave:

Estilo de vida, Adolescente, Hipertensão Arterial Sistêmica.

Resumo

O estilo de vida dos adolescentes tem sido associado a comportamentos prejudiciais à saúde que estão diretamente relacionados aos hábitos de vida. Esse estudo objetivou analisar o estilo de vida de adolescentes e a sua relação com os fatores de risco para Hipertensão Arterial Sistêmica, bem como traçar o perfil sociodemográfico; identificar os principais fatores de risco cardiovasculares e investigar os hábitos de vida dos adolescentes relacionados à prevalência da HAS. Tratou-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal com estratégia de análise de dados quantitativa, desenvolvido em uma instituição de ensino médio no município de Crateús-CE. Para tanto, foi realizada coleta de dados sociodemográficos, antropométricos e clínicos dos participantes do estudo e aplicado o Questionário Estilo de Vida Fantástico (QEVF). Participaram do estudo 144 estudantes da Escola Estadual de Educação Profissional Manoel Mano, onde 52,77% (n=76) eram do gênero feminino e se auto denominavam de cor parda (54,86%, n=79). A idade média dos participantes foi 15,88 ± 0,08 anos, sendo que 35,41% (n=51) possuíam entre 16 e 17 anos. Com relação aos dados clínicos da amostra do estudo foi verificado que os participantes apresentaram valor médio de frequência cardíaca (FC) de 84,59 ± 1,10 bpm. Considerando a pontuação máxima do QEVF, foi possível evidenciar níveis satisfatórios de qualidade de vida, com média de escore geral de 90 ± 0,86 pontos. Face aos resultados obtidos foi possível detectar que os adolescentes participantes do estudo apresentaram em seu estilo de vida fatores de risco para o desenvolvimento de HAS: má alimentação e sedentarismo. Todavia também foi verificado que a amostra em estudo apresentou peso corporal e IMC dentro da normalidade, não evidenciando índices para a obesidade. Assim, a proposição de medidas e ações que proporcionem um melhor estilo de vida aos estudantes participantes desse estudo deve ser implantada.

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Biografia do Autor

Eduardo Teixeira Mota Junior, Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE

Graduado em Fisioterapia pela (o) Centro Universitário Estácio do Ceará que fica na cidade de Fortaleza, CE, Brasil

Alexandra Gadelha Medeiros, Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE

Graduada em Fisioterapia pela (o) Centro Universitário Estácio do Ceará que fica na cidade de Fortaleza, CE, Brasil

Raquel Pereira Franklin Thomáz, Universidade Federal do Ceará, Sobral, CE

Graduanda em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Sobral, CE, Brasil.

Ana Vanessa Araújo Pedrosa, Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE

Graduanda em Fisioterapia pela (o) Centro Universitário Estácio do Ceará que fica na cidade de Fortaleza, CE, Brasil

Thiago Brasileiro de Vasconcelos, Centro Universitário Católica de Quixadá, Quixadá, CE

Mestre em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil

Vasco Pinheiro Diógenes Bastos, Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE

Doutor em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil

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Publicado

2020-04-28

Como Citar

Mota Junior, E. T., Medeiros, A. G., Thomáz, R. P. F., Pedrosa, A. V. A., Vasconcelos, T. B. de, & Bastos, V. P. D. (2020). Estilo de vida de adolescentes e sua relação com fatores de risco para Hipertensão Arterial Sistêmica. Saúde (Santa Maria), 46(1). https://doi.org/10.5902/2236583441155

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