“A vida invisível”: por entre cartas, corpos de mulheres e processos de subjetivação
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983734843874Palabras clave:
Invisibilização Feminina, Escritas de Si, Processos de SubjetivaçãoResumen
Este artigo pensa sobre as invisibilidades femininas por meio da correspondência entre duas professoras de universidade pública. Trata-se de uma atividade estética mediada pela noção “escrita de si” proposta por Michel Foucault e pelo filme “A vida invisível”, de Karim Aïnouz e roteiro de Murilo Hauser, em que imagem tempo e movimento acontecem por meio de cartas. Recorremos, portanto, às cartas, assim como as escritas por Guida para Eurídice, no referido filme, com o intuito de situar o leitor acerca de sua importância nas trajetórias das pesquisas sobre gênero e sexualidade, bem como da sua ligação estreita com os estudos de produção de subjetividade. Sua problemática – ético, estético e politicamente – faz a articulação entre artes visuais, relações de gêneros, sexualidades e educação, na medida em que faz ressoar a correspondência entre as duas professoras com a da personagem, enaltecendo, assim, as lutas travadas por mulheres no processo de desinvisibilização.
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