Planejamento reprodutivo e a vulnerabilidade após o parto: uma coorte do sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179769240659

Resumo

Objetivo: analisar o planejamento reprodutivo no primeiro ano após o parto em mulheres que mantêm seguimento/acompanhamento em saúde na atenção primária e secundária. Método: trata-se de uma coorte prospectiva, conduzida com 300 mulheres, em município de grande porte do estado do Paraná, Brasil, entre julho de 2013 a março de 2015. Utilizou-se análise dos dados por meio do Teste Qui-quadrado. Resultados: foi verificada associação entre o uso de contraceptivo, situação conjugal e renda. A paridade e cesárea anterior também se associaram ao uso de contraceptivos. Verificou-se relevância estatística entre a gravidez planejada e estar grávida novamente. Houve associação entre inscrição no programa de planejamento reprodutivo e uso de contraceptivo, uso de método hormonal e acesso ao serviço de saúde. Ocorreu significância estatística entre a realização da revisão puerperal precoce ambulatorial e inscrição no planejamento reprodutivo. Conclusão: constatou-se restrição na aplicação das políticas de saúde sexual e reprodutiva após o parto.

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Biografia do Autor

Márcia Aparecida dos Santos Silva Canario, UEL

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) 2012, especialização em Saúde Pública - Abrangência em PSF pelas Faculdades Integradas de Vale do Ivaí (2013), Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher - área de concentração em obstetrícia UEL (2015), Mestrado em enfermagem UEL (2016). Atualmente, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) UEL (2017-2021) e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação, Tecnologia e Inovação em Saúde (GEPATIS).

Mariana Faria Gonçalves, UEL

Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina (2007). Pós graduada em Enfermagem Obstétrica pela UniFil (2009). Mestre em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina (2015). Atuou como professora colaboradora do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina na Área de Saúde da Mulher. Enfermeira do Quadro Permanente de Saúde do Município de Dourados-MS (2017 - atual). Preceptora da Residência Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica do HU-UFGD (2018 - atual).

Érica Mairene Bocate Teixeira, UNIOESTE

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Norte do Paraná (2004), especialização em Enfermagem Obstétrica pelo Centro Universitário Filadélfia - UNIFIL (2008) e mestrado em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2015). Têm experiência na área de enfermagem, com ênfase na assistência materno-infantil. Atualmente é doutoranda no Programa de Saúde Coletiva da UEL e é professora colaboradora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

Áurea Fabrícia Amancio Quirino Silva, UEL

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (2008), graduação em Pedagogia pela Faculdades Integradas Soares de Oliveira (2017), especialização em Enfermagem Obstétrica pela Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde de União da Vitória (2010), especialização em Docência para o Ensino Profissional em Enfermagem pela Faculdade de Educação São Luís (2012), especialização em Formação Pedagógica de Docentes para Educação Profissional de Nível Médio pelo Centro Paula Souza (2016), especialização em Urgência e Emergência em Saúde pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (2017) e mestrado acadêmico em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina (2015). Atualmente é professora do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e na Faculdade Barretos. Tem experiência na área de Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: aleitamento materno, parto normal, episiotomia,seguimento na atenção primária, procura por cuidado, autocuidado, período pós-parto e saúde pública.

Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari, UEL

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (1992), mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina (2004) e doutorado em Ciências pelo Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo-EEUSP (2012). Atualmente é professora adjunta da área da Saúde da Criança e do Adolescente, da graduação em Enfermagem, é Vice-coordenadora e docente da Residência em Enfermagem em Saúde da Criança, é Coordenadora e docente do Programa de Pós-graduação em Enfermagem - Mestrado e Doutorado - Departamento de Enfermagem, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina (UEL). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação, Tecnologia e Inovação em Saúde (GEPATIS), cadastrado no CNPQ. É membro da Red Internacional de Enfermería en Salud Infantil (Red ENSI-OPAS/OMS). Tem experiência na área enfermagem pediátrica e adolescência, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, saúde da criança, saúde do adolescente, saúde materno-infantil, avaliação de programas e projetos de saúde, educação em saúde e tecnologia educacional.

Sandra Marisa Pelloso, UEM

Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1998), mestre em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (1991). Professora Titular do Departamento de Enfermagem ( disciplina Enfermagem em Saúde Pública com ênfase na saúde da mulher). Docente do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde e do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá. Experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Obstétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: pré natal, mortalidade materna, neoplasias (colo e mama), planejamento familiar , violência, intercorrências e agravos à saúde. Vice Diretora do Centro de Ciências da Saúde (2004-2008). Diretora do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá ( 2008-2012). Diretora Adjunta do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá ( 2012-2016).Bolsista Produtividade em Pesquisa da Fundação Araucária (2012). Membro do Comitês Assessores de Área da Fundação Araucária (2017- 2019). Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá (2017-2019). Coordenadora do Curso de Especialização Gestão em Saúde ( Convênio UEM/CAPES/UAB).

Alexandrina Aparecida Maciel Cardelli, UEL

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual de Londrina (1985), mestrado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1994) e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo - London School of Hygiene and Tropical Medicine (2000), Pós-doutorado em Bioética (2016). Atualmente é professora associada da Universidade Estadual de Londrina, atuando na graduação e no Programa de Residências em Enfermagem. Coordenadora do Programa de Mestrado e Doutorado em Enfermagem e do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos.Tem experiência na área de enfermagem, com ênfase em epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: diagnósticos epidemiológicos em saúde, assistência no período gravídico-puerperal, mortalidade materna, saúde pública, saúde da família, gestão de serviços e bioética.

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Publicado

2020-10-27

Como Citar

Canario, M. A. dos S. S., Gonçalves, M. F., Teixeira, Érica M. B., Silva, Áurea F. A. Q., Ferrari, R. A. P., Pelloso, S. M., & Cardelli, A. A. M. (2020). Planejamento reprodutivo e a vulnerabilidade após o parto: uma coorte do sul do Brasil. Revista De Enfermagem Da UFSM, 10, e87. https://doi.org/10.5902/2179769240659

Edição

Seção

Artigos Originais

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