Percepções sobre a atuação do enfermeiro às pessoas no fim de vida
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179769243525Palavras-chave:
Morte, Cuidados Paliativos, Direito a morrer, EnfermagemResumo
Objetivo: descrever a percepção de acadêmicos de Enfermagem acerca da atuação do enfermeiro às pessoas no fim de vida. Método: estudo qualitativo, descritivo, com dados coletados em universidade privada de Curitiba. Participaram doze acadêmicos de Enfermagem, por meio de entrevista semiestruturada gravada. Após transcrição, as narrativas foram analisadas pela Teoria do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: as narrativas evidenciaram: falta de preparo profissional; ausência de suporte e; ausência de gerenciamento do cuidado. Como ideal, evidenciou-se a morte sem sofrimento, em casa e perto de quem se ama; com melhor comunicação, postura e empatia; a personalização do atendimento e; o respeito ao momento da morte. Conclusão: aponta-se a importância de mais estudos e investimentos na melhor capacitação aos profissionais da enfermagem sobre o tema, potencializando suas competências e as habilidades de enfrentamento específico.
Downloads
Referências
Álvarez Sandoval S, Vargas MAO, Schneider DG, Magalhães ALP, Brehmer LCF, Zilli F. Muerte y morir en el hospital: una mirada social, espiritual y ética de los estudiantes. Esc Anna Nery. 2020; 24(3):e20190287. doi: 10.1590/2177-9465-ean-2019-0287
Zenevicz LT, Bitencourt JVOV, Léo MMF, Madureira VSF, Thofehrn MB, Conceição VM. Permission for departing: spiritual nursing care in human finitude. Rev Bras Enferm. 2020;73(3): e20180622. doi: 10.1590/0034-7167-2018-0622
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução nº 2.173, de 23 de novembro de 2017. Define os critérios do diagnóstico de morte encefálica. Brasília, DF: Conselho Federal de Medicina, 2017. Disponível em: http://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20171205/19140504-resolucao-do-conselho-federal-de-medicina-2173-2017.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020.
Kovács MJ. Bioética nas questões da vida e da morte. Psicol USP. 2003;14(2):115-67. doi: 10.1590/S0103-65642003000200008
Nunes ECDA, Santos AA. Desafios do ensino-aprendizagem de enfermagem para cuidar do morrer humano - percepções de professores. Esc Anna Nery. 2017;21(4):e20170091. doi: 10.1590/2177-9465-ean-2017-0091
Lima R, Bergold LB, Souza JDF, Barbosa GS, Ferreira MA. Educação para a morte: sensibilização para o cuidar. Rev Bras Enferm. 2018;71(Suppl 4):1779-84. doi: 10.1590/0034-7167-2017-0018
Perboni JS, Zilli F, Oliveira SG. Profissionais de saúde e o processo de morte e morrer dos pacientes: uma revisão integrativa. Pers Bioét. 2018 dec;22(2):288-302. doi: 10.5294/pebi.2018.22.2.7
Praxedes AM, Araújo JL, Nascimento EGC. A morte e o morrer no processo de formação do enfermeiro. Psicol Saúde Doenças. 2018 ago;19(2):369-76. doi: 10.15309/18psd190216
Vasques TCS, Lunardi VL, Silva PA, Ávila LI, Silveira RS, Carvalho KK. Equipe de enfermagem e complexidades do cuidado no processo de morte-morrer. Trab Educ Saúde. 2019;17(3):e0021949. doi: 10.1590/1981-7746-sol00219
Oliveira ES, Agra G, Morais MF, Feitosa IP, Gouvêa BLA, Cista MML. The process of death and dying in nursing students perception. Rev Enferm UFPE On Line [Internet]. 2016 [cited 2020 Jul 07];10(5):1709-16. Available from: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/13546
Kovács MJ. A caminho da morte com dignidade no século XXI. Rev Bioét. 2014;22(1):94-104. doi: 10.1590/S1983-80422014000100011
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 41, de 31 de outubro de 2018. Dispõe sobre as diretrizes para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 225, p. 276, 23 de nov. 2018. Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51520746/do1-2018-11-23-resolucao-n-41-de-31-de-outubro-de-2018-51520710. Acesso em: 07 jul. 2020.
Santana JCB, Dutra BS, Carlos JMM, Barros JKA. Ortotanásia nas unidades de terapia intensiva: percepção dos enfermeiros. Rev Bioét. 2017;25(1):158-67. doi: 10.1590/1983-80422017251177
Cavalcanti ÍMC, Oliveira LO, Macêdo LC, Leal MHC, Morimura MCR, Gomes ET. Princípios dos cuidados paliativos em terapia intensiva na perspectiva dos enfermeiros. Rev Cuid (Bucaramanga 2010). 2019;10(1):e555. doi: 10.15649/cuidarte.v10i1.555
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN nº 564, de 6 de novembro de 2017. Aprova o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Brasília, DF: Conselho Federal de Enfermagem, 2017. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html. Acesso em: 15 maio 2020.
Lima RS, Silva MAI, Andrade LS, Góes FSN, Mello MA, Gonçalves MFC. A construção da identidade profissional em estudantes de enfermagem: pesquisa qualitativa na perspectiva histórico-cultural. Rev Latinoam Enferm. 2020;28:e3284. doi: 10.1590/1518-8345.3820.3284
Lefreve F, Lefreve AMC. Pesquisa de representação social: um enfoque qualiquantitativo da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Brasília (DF): Líber Livro; 2010.
Moscovici S. Representações sociais: investigação em psicologia social. 11ª ed. Rio de Janeiro: Vozes; 2015.
Turato ER. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humana. 6ª ed. Rio de Janeiro: Vozes; 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 15 maio 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução no 510, de 07 de abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em: 15 maio 2020.
Lopera-Betancur MA. Cuidado del paciente moribundo: una confrontación entre mostrar sentimientos y desempeño profesional. Aquichan. 2017;17(3):284-91. doi: 10.5294/aqui.2017.17.3.5
Prado RT, Leite JL, Silva IR, Silva LJ. Comunicação no gerenciamento do cuidado de enfermagem diante do processo de morte e morrer. Texto Contexto Enferm. 2019;28:e20170336. doi: 10.1590/1980-265x-tce-2017-0336
Prado RT, Leite JL, Silva IR, Silva LJ, Castro EAB. Processo de morte/morrer: condições intervenientes para o gerenciamento do cuidado de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2018;71(4):2121-9. doi: 10.1590/0034-7167-2017-0173
Arrieira ICO, Thofehrn MB, Porto AR, Moura PMM, Martins CL, Jacondino MB. Espiritualidade nos cuidados paliativos: experiência vivida de uma equipe interdisciplinar. Rev Esc Enferm USP. 2018;52:e03312. doi: 10.1590/s1980-220x2017007403312
Borges MM, Santos Junior R. A comunicação na transição para os cuidados paliativos: artigo de revisão. Rev Bras Educ Med. 2014;38(2):275-82. doi: 10.1590/S0100-55022014000200015
Lima R, Borsatto AZ, Vaz DC, Pires ACF, Cypriano VP, Ferreira MA. A morte e o processo de morrer: ainda é preciso conversar sobre isso. REME Rev Min Enferm. 2017;21:e1040. doi: 10.5935/1415-2762.20170050
Peters L, Cant R, Payne S, O’Connor M, McDermott F, Hood K, et al. How death anxiety nurses’ caring for patients at the end of life: a review of literature. Open Nurs J. 2013;7:14-21. doi: 10.2174/1874434601307010014
Godinho MLM, Dias MV, Barlem ELD, Barlem JGT, Rocha LP, Ferreira AG. Diretivas antecipadas de vontade: percepção acerca da aplicabilidade no contexto neonatal e pediátrico. Rev Enferm UFSM. 2018;8(3):475-88. doi: 10.5902/2179769227887
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.