Representações e pedagogias culturais ou “formas de fabricar sujeitos ambientalmente comprometidos”
DOI:
https://doi.org/10.5902/223613082286Palavras-chave:
Educação Ambiental, Representações e pedagogias culturaisResumo
O presente artigo constitui-se pelo recorte da monografia de especialização intitulada “A natureza e a cultura na Revista Nova Escola: problematizando representações nas pedagogias culturais”, desenvolvida no Curso a Distância de Especialização em Educação Ambiental, do Centro de Ciências Rurais, da Universidade Federal de Santa Maria. A investigação teve como objetivo geral problematizar as relações entre natureza e cultura produzidas na formação de professores/as nas pedagogias culturais. A Revista Nova Escola – Edição Especial – “Meio ambiente: conhecer para preservar” (2003), constituída por oito fascículos e um pôster, foi utilizada como materialidade desta pesquisa monográfica. As ferramentas da caixa de Michel Foucault, de autores relacionados aos Estudos Culturais e aos Estudos Culturais das Ciências, bem como a noção de risco de François Ewald serviram para construir as seguintes unidades de análise e discussão dos dados: “Representações culturais: dicotomia entre natureza e cultura”, “Espaços-tempos escolares: passagens folclóricas pela Educação Ambiental” e “Pedagogias culturais: forças discursivas na gerência do risco”. Estas unidades constituem o terceiro capítulo “Representações e pedagogias culturais ou “formas de fabricar sujeitos ambientalmente comprometidos” divulgado neste artigo. De certa forma, a análise e a discussão destas unidades permitiram compreender que tanto a rede discursiva antropocêntrica quanto a biocêntrica mantêm a lógica binária e utilitária na Revista Nova Escola; que a mídia impressa e digital em estudo se configura como um mecanismo de produção de verdades dos sujeitos escolares sobre si mesmos; que esta mídia divulga a necessidades das datas comemorativas, ou seja, das passagens folclóricas pela Educação Ambiental nos espaços-tempos escolares; que a tríade calculo, coletivo e capital permitem o gerenciamento dos riscos sócio-ambientais e produz efeitos na configuração das práticas pedagógicas desenvolvidas na educação escolar ou nas instâncias não.
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