USOS DOS ÍNDICES PET E UTCI NA AVALIAÇÃO DO CONFORTO TERMAL NO CAMPUS DA UFMT EM CUIABÁ-MT
DOI:
https://doi.org/10.5902/223611707707Palavras-chave:
Bioclimatologia, PET, UTCI.Resumo
http://dx.doi.org/10.5902/223611707707
Procedimentos existentes para a avaliação do ambiente térmico nas áreas meteorologia, saúde, planejamento, turismo e recreação e pesquisa climática apresentam deficiências significativas. Höppe (1999) definiu o índice, temperatura equivalente fisiológica, (PET). A Comissão da Sociedade Internacional de Biometeorologia desenvolveu o Índice Climático Térmico Universal (UTCI). Esta artigo investiga as variáveis temperatura e umidade do ar e os índices PET e UTCI para identificar a que classes de estresse térmicos estão submetidos os usuários do campus da UFMT em diferentes tipos de revestimentos do solo e a vegetação nas condições do microclima em Cuiabá, Brasil. Para isto envolveu medidas micrometeorológicas em quatro pontos do campus durante 43 dias contínuos em dois períodos: quente chuvoso e outro quente seco no ano de 2012. A sombra da mangueira durante o dia constatou-se: (i) as menores Tbs se comparadas com as Tbs dos outros pontos; (ii) as maiores umidades relativas; (iii) o PET bem menor, nos dois períodos de medição, que os outros pontos de medição; (iv) o UTCI com índice inferior a 35°C dentro da faixa de estresse de calor moderado. Logo se vê a importância de proporcionar sombreamento nos espaços abertos em climas tropicais. Como o PET ultrapassou o valor de 50°C, nos dois períodos, nas horas críticas, portanto, atinge o estresse de calor extremo. A grama, o concreto e o asfalto, no período diurno das 10 às 17h apresentam índices até 43°C, dentro da faixa de estresse de calor muito forte, porém não atingem a faixa do estresse de calor extremo.
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