Os vazios institucionais, saneamento e déficit de água e os primeiros números covid-19 no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983465964800

Palavras-chave:

Vazios institucionais, Saneamento e água tratada, COVID-19

Resumo

Objetivo: O objetivo deste artigo foi analisar a correlação entre o número de casos no COVID-19 com as estatísticas de saneamento básico e abastecimento de água tratada e vazios institucionais. Metodologia: Trata-se de pesquisa descritiva que utiliza técnicas de análise estatística de correlação de dados secundários. Resultados: Cálculos estatísticos mostram forte correlação das variáveis. A incidência da doença causada pelo novo Coronavirus SARS-CoV2 está associada a um menor percentual da população atendida pela rede de esgoto e rede de água. Também foi demonstrado que a mortalidade da doença está fortemente associada a um menor percentual da população atendida pelas redes de esgoto e água, indicando assim uma relação com a teoria dos Vazios Institucionais (North, 1990; Douglass & North, 1991; Khanna, Palepu, & Sinha, 2005; Khanna & Palepu, 2010; Rodrigues, 2013). Originalidade: Observou-se que, em geral, o maior número de óbitos por doença relacionada aos estados da federação/macrorregiões com os menores percentuais de atenção às redes supracitadas, com algumas exceções. Logo foi possível, a partir de estudo empírico, confirmar a teoria dos Vazios Institucionais no Brasil, diante dos indicadores de saneamento básico, confirmando a ausência de uma política pública social adequada ao bem-estar da população e os primeiros números do COVID-19.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ieda Maria Pereira Vasconcelos, Doctoral Student from Business Graduate Program from FUMEC University

Business Master Degree and Doctoral Student from Business Graduate Program from FUMEC University

Cristiana Fernandes De Muylder, Full professor at FUMEC University

Ph.D.(2005) and M.Sc. (2001) degrees in Applied Economics (Universidade Federal de Viçosa/Brazil). Full professor at FUMEC University

Referências

Cohen, A. (2003). Multiple commitments in the workplace: an integrative approach. London: Psychology Press.

Elflein, J. (2020). Coronavirus (COVID-19) disease pandemic: statistics & facts. Retrived 26 june 2020 from https://www.statista.com/topics/5994/the-coronavirus-disease-covid-19-outbreak/.

Harrison, R., Scheela, W., Lai, P. C., & Vivekarajah, S. (2018). Beyond institutional voids and the middle-income trap: the emerging business angel market in Malaysia. Asia Pacific Journal of Management, 35(4), 965-991. https://www.doi.org710.1007/s10490-017-9535-y.

HealthData (2021). COVID-19 Projections. https://covid19.healthdata.org/global?view= cumulative-deaths&tab=trend.

Khanna, T., & Palepu, K. (1997). Why focused strategies may be wrong for emerging markets. Harvard Business Review, 75(4), 41-54.

Khanna, T., & Palepu, K. G. (2010). The nature of institutional voids in emerging markets. In T. Khanna; & K. G. Palepu Winning in emerging markets: a road map for strategy and execution. Boston: Harvard Business Review.

Khanna, T., Palepu, K. G., & Sinha, J. (2005). Strategies that fit emerging markets. Harvard Business Review, 83(6), 4-19.

Kinahan, T. J., Churchill, B. M., McLorie, G. A., Gilmour, R.F., & Khoury, A. E. (1992). The efficiency of bladder emptying in the prune belly syndrome. The Journal of Urology, 148(2), 600-603. https://doi.org/10.1016/S0022-5347(17)36665-X.

Mair, J., & Marti, I. (2009). Entrepreneurship in and around institutional voids: a case study from Bangladesh. Journal of Business Venturing, 24(5), 419-435. https://doi.org/10.1016/ j.jbusvent.2008.04.006.

Mair, J., Marti, I., & Ventresca, M. J. (2012). Building inclusive markets in rural Bangladesh: How intermediaries work institutional voids. Academy of Management Journal, 55(4), 819-850. https://doi.org/10.5465/amj.2010.0627.

McCarthy, D. J., & Puffer, S. M. (2016). Institutional voids in an emerging economy: From problem to opportunity. Journal of Leadership & Organizational Studies, 23(2), 208-219. https://doi.org/10.1177/1548051816633070.

Mingo, S. (2013). Entrepreneurial ventures, institutional voids, and business group affiliation: the case of two Brazilian start-ups, 2002-2009. Academia Revista Latinoamericana de Administración, 26(1), 61-76. https://doi.org/10.1108/ARLA-05-2013-0040.

Ministério da Saúde (2021). Painel coronavírus no Brasil. Recuperado em 13 de setembro de 2021, de https://covid.saude.gov.br/.

Ministério do Desenvolvimento Regional (2020). Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. Recuperado em 26 de junho de 2020, de http://www.snis.gov.br/.

North, D. C. (1991). Institutions. Journal of Economic Perspectives, 5(1), 97-112. https://doi.org/10.1257/jep.5.1.97.

Petry, P. C. (2020). Epidemiologia em tempos da pandemia Covid-19. Saberes Plurais: Educação na Saúde, 4(1), 6-10.

Rigueira Jr., I. (2020). Grupo da UFMG vai monitorar o novo coronavírus no esgoto em BH e Contagem. Recuperado em 05 de julho de 2020, de https://ufmg.br/comunicacao/noticias/ grupo-da-ufmg-executa-projeto-piloto-de-monitoramento-da-covid-19-no-esgoto.

Rodrigues, S. B. (2013). Understanding the environments of emerging markets: the social costs of institutional voids. Rotterdam: Erasmus Research Institute of Management. Recuperado em 21 de junho de 2020, de https://repub.eur.nl/pub/40429/40429.pdf.

Scott, W. R. (2008). Approaching adulthood: the maturing of institutional theory. Theory and Society, 37(5), 427-442. https://doi.org/10.1007/s11186-008-9067-z.

Webb, J. W., Khoury, T. A., & Hitt, M. A. (2020). The influence of formal and informal institutional voids on entrepreneurship. Entrepreneurship Theory and Practice, 44(3), 504-526. https://doi.org/10.1177/1042258719830310.

World Health Organization. (2020). COVID-19 strategy update. Recuperado em 21 de junho de 2020, de https://www.who.int/publications/i/item/covid-19-strategy-update---14-april-2020.

Zucker, L. G. (1987). Institutional theories of organization. Annual Review of Sociology, 13(1), 443-464. https://doi.org/10.1146/annurev.so.13.080187.002303.

Publicado

2021-12-31

Como Citar

Vasconcelos, I. M. P., & De Muylder, C. F. (2021). Os vazios institucionais, saneamento e déficit de água e os primeiros números covid-19 no Brasil. Revista De Administração Da UFSM, 14, 1221–1238. https://doi.org/10.5902/1983465964800

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)