Relação entre a autoeficácia e os estágios do processo decisório: análise da percepção dos futuros administradores
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983465934132Resumo
Objetivo – Este estudo analisa a relação existente entre a autoeficácia e os estágios do processo decisório, a partir da percepção dos acadêmicos do curso de Bacharelado em Administração
Metodologia – A pesquisa caracteriza-se como descritiva, com abordagem quantitativa, com a técnica de Modelagem de Equações Estruturais e coleta de dados realizada por meio de survey.
Resultados – Os resultados indicaram associação entre a autoeficácia e os estágios do processo decisório, permitindo a aceitação parcial da hipótese de pesquisa. Nesse sentido, a Eficácia perante a Adversidade e a Eficácia Social mostram-se como elementos a serem observados, em termos de desenvolvimento de habilidades, que possibilitam aos estudantes perceber estes constructos, uma vez que há relação significante com o comportamento destes perante o processo decisório. Dessa forma, a autoeficácia apresenta-se como propulsora da confiança do indivíduo frente aos desafios e às experiências com relações interpessoais, cuja vivência sustenta o processo cognitivo que possibilita o reconhecimento da situação e as ações a serem traçadas. Ademais, nota-se a relevância de se considerar aspectos comportamentais nos estudos sobre tomada de decisão, considerando-se também as atuais discussões a respeito das limitações dos modelos de decisão racionais.
Limitações e implicações da pesquisa – O recorte temporal cross-section e a composição amostral de acadêmicos de uma universidade são limitações que podem ser superadas futuramente.
Originalidade/valor – Analisar a relação da autoeficácia com os estágios do processo decisório torna-se relevante, uma vez traz contribuições sobre a relação de capacidades subjetivas com tomada de decisão, a fim de evidenciar características não abrangidas pelos modelos decisórios racionais.
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