Abordagem multiparadigmática em estudos organizacionais: avanços e limitações
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983465912620Resumo
O artigo tem por objetivo discutir os avanços e as limitações da abordagem multiparadigmática no desenvolvimento de estudos organizacionais. O modelo dos quatro paradigmas (funcionalista, interpretativo, humanista radical e estruturalista radical) propostos por Burrell e Morgan (1979) catalisou a proliferação de perspectivas concorrentes, além de gerar a polarização e a segregação. Cada paradigma é tratado numa perspectiva única, sendo, portanto, incomensurável com outro paradigma, contrariando os estudiosos que defendem a comunicação entre paradigmas. A visão pluralista é relevante, porque incentiva os estudiosos a ver as organizações sob diferentes prismas, para sucumbir à visão reducionista da teoria das organizações, além de favorecer o desenvolvimento de novas perspectivas para a análise organizacional. Todavia, a utilização de paradigmas múltiplos também apresenta limites, já que o pesquisador, ao lidar com diferentes abordagens, pode ficar sem referência ou fundamentação, além de ter, às vezes, dificuldade para se distanciar do paradigma dominante. Todas essas articulações e junções paradigmáticas podem ser feitas, desde que o pesquisador tenha sempre uma referência e uma fundamentação, visando manter a coerência e a consistência do que está sendo pesquisado.
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