A governança colaborativa na implantação e manutenção de parques eólicos no estado do Ceará

Autori

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983465974373

Parole chiave:

Colaboração, Confiança, Comunidade, Governança colaborativa

Abstract

Objetivo: Analisar como a Governança Colaborativa [GC] se manifesta na implantação e manutenção de parques eólicos, sob o olhar da comunidade.
Design/metodologia/abordagem: Pesquisa de natureza qualitativa, sendo o objeto de pesquisa as “comunidades locais” das cidades de Icaraí de Amontada, Trairi, São Gonçalo do Amarante, no Ceará, em empreendimentos de energia eólica”. Para a análise e interpretação das entrevistas em profundidade, optou-se pela Análise de Conteúdo com suporte do Atlas ti.
Resultados: Os resultados evidenciam que a distribuição de energia precisa ser vista como um bem coletivo e o relacionamento entre empresa e comunidade deve ser fundamentado na GC, onde os atores públicos e privados trabalhem de maneira coletiva e colaborativa, além da necessidade de haver a Licença Social para Operar [LSO] de empreendimentos que impactam a vida em comunidade sendo fruto dessa governança. Constata-se que o fórum para discussão do processo de colaboração entre empresas proprietárias de parques eólicos e comunidade normalmente era iniciado pela prefeitura. Nas condições iniciais do processo colaborativo percebe-se uma confiança no início da implantação dos parques eólicos que não se mantém na manutenção. Evidencia-se ainda, a relevância da comunicação dialogada face a face, por estar em jogo o recurso mais importante da comunidade e fonte geradora de renda: a terra.
Originalidade/valor: Esta pesquisa se destaca pela contribuição e ineditismo em explorar os construtos teóricos acerca da Governança Colaborativa e sua prática na construção de relacionamentos entre empresa e comunidade em parques eólicos sob o olhar da comunidade.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografie autore

Roseilda Nunes Moreira, Universidade de Fortaleza

Doutora em Administração de Empresas (UNIFOR, 2018); Mestre em Administração de Empresas (UNIFOR, 2006); Pós-graduada em Gestão Estratégica de Marketing (FGV, 2000); Graduada em Administração (UFC, 1994). Professora de graduação e pós-graduação, ministro disciplinas de Marketing, Inteligência de Mercado, Endomarketing, Marketing Estratégico, Empreendedorismo, Inovação, ESG, Governança Corporativa e Responsabilidade Socioambiental. Coordenadora durante 11 anos da área de Carreira e Relacionamento com o Mercado da UNI7. Criação dos programas, mentoria de carreira para alunos e egressos da UNI7; Carreira na Real, UNI7 na Escola e UNI7 pelo Mundo. Participei do comitê Gestor da GO7 - pré-incubadora de negócios; Responsável pelos projetos sociais Com.domínio Digital e Escola Social do Varejo - Turmas na UNI7. Professora Substituta na UECE. Professora conteudista e tutora de educação à distância (EaD) da UFC Virtual, UNI7 e UECE. Fui excecutiva na Ipiranga Companhi de Petróleo e Allianz Seguros. Consultora organizacional na área de marketing, comercial sustentabilidade. Praieira e Beachtenista nas horas vagas.

Roberto Ney Ciarlini Teixeira, Universidade de Fortaleza

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Ceará (1980), graduação em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Ceará (1986), mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999), doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005) e Pos-Doutorado na "Graduate School of Business and Public Policy of the Naval Postgraduate School" (Monterey, California, USA, 2013/2014). Atualmente é professor adjunto da Universidade de Fortaleza (com atuação na graduação no Centro de Ciências Tecnológicas e na pós-graduação no Mestrado Profissional em Ciências da Cidade - MPCC) e engenheiro mecânico da Universidade Estadual do Ceará. Tem experiência na área de Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção e Administracao com ênfase em Engenharia Econômica, Avaliação de Projetos, Gerenciamento de Processos, Processos de Usinagem Convencional e CNC, Manutenção Industrial, Gestao de Residuos Industriais e Logistica Reversa. Possui vasta experiência acadêmica como Professor, Coordenador de Cursos de Graduação, Diretor de Centro de Ciências Tecnológicas e Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. Membro Titular da Academia Cearense de Engenharia - ACE, ocupando a Cadeira Nº 36. Conselheiro Suplente da Câmara de Engenharia Mecânica e Metalúrgica do CREA-Ceará. Conselheiro Suplente do Conselho Diretor do Clube de Engenharia do Ceará -CEC. Conselheiro Suplente do Conselho Fiscal da Academia Cearense de Engenharia - ACE.

Riferimenti bibliografici

Abbud, E. B., Tonelli, D. F., & Sant’ana, L. T. (2016). Governança colaborativa como abordagem contemporânea para a gestão pública. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Costa do Sauípe, BA, Brasil, 50.

Abeeólica. (2020). Brazilian wind energy association. Annual Wind Generation Bulletin, São Paulo, SP, Brasil.

Ansell, C., & Gash, A.(2008). Collaborative governance in theory and practice. Journal of Public Administration Research and Theory, 18(4), 543-571. DOI: https://doi.org/10.1093/jopart/mum032

Antunes, D. (2009). Negative externalities on the environment. Revista de Ciências Gerenciais, 13, 57-73.

Ashely, P. (2205) A. Ethics and social responsibility in business (2a ed.). Saraiva.

Bandeira-de-Mello, R., & Cunha, C. J. C. de A. (2003). Operationalizing the grounded theory method in strategy research: Analysis techniques and procedures with the support of atlas.ti software. Anais do Encontro de Estudos em Estratégia, Rio de Janeiro, RG, Brasil, 1.

Bardin, L. (2011). Content analysis (L. A. Reto and A. Pinheiro, Trad.). Edições 70.

Bodin, O.(2017). Collaborative environmental governance: Achieving collective action in social-ecological systems. Science, 357(6352), 659-68. DOI: https://doi.org/10.1126/science.aan1114

Brazil. (1988). Constitution of the Federative Republic of Brazil of 1988. Brasilia.

Bryson, J. M., Crosby, B. C., & Stone, M. M. (2014). Public value governance: Moving beyond traditional public administration and the new public management. Public Administration Review, 74(4), 445-456. DOI: https://doi.org/10.1111/puar.12238

Bunnell, F. (2013). Social licence in british columbia: Some implications for energy development. Journal of Ecosystems and Management, 14. DOI: https://doi.org/10.22230/jem.2013v14n2a550

Deboni, F. (2013). Private Social Investment in Brazil: Trends, challenges and potential. Sabin Institute.

Dunham, L., Freeman, R., & Liedtka, J. (2006). Enhancing stakeholder practice: A particularized exploration of community. Business Ethics Quarterly, 16(1), 23-42. DOI: https://doi.org/10.5840/beq20061611

Eaton, B. C.; Eaton, D. F. (1999). Microeconomics. Saraiva.

Emerson, K.; Nabatchi, T.; & Balogh, S. (2012). An integrative framework for collaborative governance. Journal of Public Administration Research and Theory, 22(1), 1-29. DOI: https://doi.org/10.1093/jopart/mur011

Figueiredo, B. J. de A., & França, L. B. F. (2010). Strategic factors for promoting sustainable relations between companies and communities. Anais do Congresso Nacional de Excelência em Gestão, Niterói, RJ, Brasil, 6.

Franks, D. M., & Cohen, T. (2012). Social licence in design: Constructive technology assessment within a mineral research and development institution. Technological Forecasting and Social Change, 79(7), 1229-1240. DOI: https://doi.org/10.1016/j.techfore.2012.03.001

Gaviria, E. M. (2015). The “social license to operate” in the mining industry: an approach to its appropriations and meanings. Brazilian Journal of Urban and Regional Studies, 17(2), 138-154.

Gunningham, N., Kagan, R. A., & Thornton, D. (2004). Social license and environmental protection: Why businesses go beyond compliance. Law & Social Inquiry, 29(2), 307-341. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1747-4469.2004.tb00338.x

Kao, F., & Cruz, C. R. M. da. (2015). The perception of value by the community stakeholder. Anais do Seminários em Administração da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, 18.

Meireles, A. J. de A. (2011). Socio-environmental damage caused by wind farms in the dune fields of the Brazilian Northeast and criteria for defining locational alternatives. French- Brazilian Journal of Geography, 11.

Melo, E. (2013). Wind energy source: Aspects of insertion, technology and competitiveness. Estudos Avançados, 27(77), 125-142. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000100010

Minayo, M. C. de, Deslandes, S. F., & Gomes, R. (2009). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade (28a ed.). Vozes.

Pattenden, C., Everingham, J.-A., & Onate, B. (2011). Cross-sectoral governance - a comparison of international responses to mining and community impacts. The University of Queensland.

Prno, J. (2014). Establishing a social licence to operate amidst complexity: Issues and opportunities for mining industry (Doctoral Thesis, Wilfrid Laurier University, Canada).

Prno, J., & Slocombe, D. S. (2012). Exploring the origins of ’social license to operate’ in the mining sector: Perspectives from governance and sustainability theories. Sep Resour. Pol., 37(3), 346-357. DOI: https://doi.org/10.1016/j.resourpol.2012.04.002

Ramos, F. G., & Seidler, N. (2011) Study of wind energy for use in small enterprises. Vivências, 7(13), 108-127.

Rolim, M. J. C. P. (2002). Economic law of electric energy. Forense.

Sant’Anna, L. T., Tonelli, D. F., & Abbud, E. B. (2016). Collaborative governance: A maturity level proposal based on a scoping study. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Mata de São João, BA, Brasil, 40.

Santiago, A. L. F. (2016). Social license to operate and the company’s relationship with the local community: criteria of influence for the granting of LSO: A case study of Brazilian mining. FEI University Center.

Santos, K. C. N. dos. (2015). Collaborative governance in environmental education: The implementation of environmental education policy in the municipality of Suzano. USP.

Stoker, G. (1998). Governance as theory: Five propositions. International Social Science Journal, 50(1), 17-28. DOI: https://doi.org/10.1111/1468-2451.00106

Tonelli, D. F., Sant’Anna, L., Abbud, E. B., & Souza, S. A. S. (2018). Antecedents, process, and equity outcomes: A study about collaborative governance. Cogent Business & Management, 5, 1-17. DOI: https://doi.org/10.1080/23311975.2018.1469381

World Bank. (1992). Governance and development. Washington.

##submission.downloads##

Pubblicato

2024-04-19

Come citare

Moreira, R. N., & Teixeira, R. N. C. (2024). A governança colaborativa na implantação e manutenção de parques eólicos no estado do Ceará. Revista De Administração Da UFSM, 17(spe. 1), e5. https://doi.org/10.5902/1983465974373