Socialização organizacional no setor público: ações e percepções de novatos e experientes
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983465929600Abstract
Objetivo – O objetivo deste estudo é explicar como acontece o processo de socialização organizacional em uma universidade pública.
Metodologia – Adotou-se metodologia qualitativa e interpretativista apoiada na abordagem interacionista. Conduziram-se 14 entrevistas com funcionários públicos novatos e experientes de uma universidade do Estado de São Paulo. O conteúdo das entrevistas foi analisado pelo processo de categorização.
Resultados e Conclusões – Os achados mostram que a socialização dos novatos é automotivada, informal e não institucionalizada, com influência da natureza normativa do trabalho e de orientações insuficientes dadas pelo grupo. Sua entrada no local de trabalho não gera conflitos e tensões graves que levem a mudanças organizacionais. Adaptar-se ao trabalho, conhecer tradições, crenças e história da organização cabem à proatividade do novato.
Limitações – O contexto desta pesquisa limita-se ao educacional superior público brasileiro.
Implicações Práticas – Este estudo permite a organização inferir a relação triangular entre desafio, suporte e confiança para identificar fatores que podem afetar a aprendizagem do novato no local de trabalho.
Implicações Sociais – A organização estudada pode estimular um ambiente de trabalho no qual o servidor sinta fortes laços de solidariedade e de coletivismo, e no qual tenha concretas oportunidades de perceber que seu trabalho pode contribuir com algo importante, de impacto, no grupo e na organização.
Originalidade – A articulação dos conceitos de socialização organizacional, comportamento proativo e autossocialização pode apontar importantes futuras implicações para a administração de universidades públicas.
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