Socialização organizacional no setor público: ações e percepções de novatos e experientes
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983465929600Resumen
Objetivo – O objetivo deste estudo é explicar como acontece o processo de socialização organizacional em uma universidade pública.
Metodologia – Adotou-se metodologia qualitativa e interpretativista apoiada na abordagem interacionista. Conduziram-se 14 entrevistas com funcionários públicos novatos e experientes de uma universidade do Estado de São Paulo. O conteúdo das entrevistas foi analisado pelo processo de categorização.
Resultados e Conclusões – Os achados mostram que a socialização dos novatos é automotivada, informal e não institucionalizada, com influência da natureza normativa do trabalho e de orientações insuficientes dadas pelo grupo. Sua entrada no local de trabalho não gera conflitos e tensões graves que levem a mudanças organizacionais. Adaptar-se ao trabalho, conhecer tradições, crenças e história da organização cabem à proatividade do novato.
Limitações – O contexto desta pesquisa limita-se ao educacional superior público brasileiro.
Implicações Práticas – Este estudo permite a organização inferir a relação triangular entre desafio, suporte e confiança para identificar fatores que podem afetar a aprendizagem do novato no local de trabalho.
Implicações Sociais – A organização estudada pode estimular um ambiente de trabalho no qual o servidor sinta fortes laços de solidariedade e de coletivismo, e no qual tenha concretas oportunidades de perceber que seu trabalho pode contribuir com algo importante, de impacto, no grupo e na organização.
Originalidade – A articulação dos conceitos de socialização organizacional, comportamento proativo e autossocialização pode apontar importantes futuras implicações para a administração de universidades públicas.
Descargas
Citas
Adler, P. S., & Borys, B. (1996). Two types of burocracy: enabling and coercitive. Administrative Science Quartely, 41, 61-89.
Andrade, D. C. T.; Oliveira, M. L. S.; Cappelle, M. C. A.; Antonialli, L. M.; Paiva, K. C. M. (2012). Táticas organizacionais; desenvolvimentista; conteúdos e informação; tendências integradoras: a socialização organizacional abordada sob quatro correntes distintas. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 10 (2), 239-250.
Ashford, S. J., & Black, J. S. (1996). Proactivity during organizational entry: the role of desire for control. Journal of Applied Psychology, 81 (2), 199-214.
Ashforth, B.E., Sluss, D.M., & Saks, A.M. (2007). Socialization statics, proactive behavior, and newcomer learning: integrating socialization models. Journal of Vocational Behavior, 70, 447-462.
Billett, S. (2001). Learning through work: workplace affordances and individual engagement. Journal of Workplace Learning, 13 (5), 209-214.
Borges, L. O.; Albuquerque, F. J. B. (2004). Socialização organizacional. In J. C. Zanelli, J. E. Borges-Andrade, & A. V. B. Bastos (Org.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. São Paulo: Artmed, 331-356.
Bresser-Pereira, L. C. (1996). Da Administração Pública Burocrática à Gerencial. Revista do Serviço Público, 47(1), 1-28.
Brandi, U., & Elkjaer, B. Organizational Learning Viewed from a Social Learning Perspective (2011). In M. Easterby-Smith, & M.A. Lyles. Handbook of Organizational Learning and Knowledge Management. New York City: Wiley Publication. 23-38.
Brum, T. M. M., Martinelli, S. G., Waechter, L., Müller, L., & Mello, J. G. (2014). A influência da socialização e integração na satisfação dos servidores públicos: um estudo de caso em uma organização pública. Desafio Online, 2(1), 465-486.
Carvalho, F. A. P., Marques, A. L., & Brito, M. J. (2015). Socialização organizacional como um fenômeno humano social: uma contribuição o debate. Revista Capital Científico – Eletrônica (RCCe), 13(4), 1-13.
Carvalho, V. D., Borges, L. O., & Vikan, A. (2012). Socialização organizacional: estudo comparativo entre servidores públicos brasileiros e noruegueses. REAd – Revista Eletrônica de Administração, 72(2), 339-371.
Chao, G. T., O’Leary-Kelly, A.M., Wolf, S., Klein, H.J., & Gardner, P.D. (1994). Socialization: its content and consequences. Journal of Applied Psychology, 79(5), 730-743.
Chaves, C. S. (2003). Socialização Organizacional: o processo de integração de novos servidores na Câmara dos Deputados. 2003. Monografia de Especialização, Universidade de Brasília.
Cooper-Thomas, H. D., & Anderson, N. (2006). Organizational socialization: a new theoretical model and recommendations for future research and human resources management practices in organizations. Journal of Managerial Psychology, 21(5), 492-516.
Cunha, M. P. (2011). The times they are a-changin’: A sociedade organizacional à entrada do século XXI. In C. S. Antonello, & A. S. Godoy (Org.) Aprendizagem organizacional no Brasil. Porto Alegre: Bookman, 11-25.
Elkjaer, B. (2001). Em busca de uma teoria de aprendizagem social. In M. Easterby-Smith, J. Burgoyne, & L. Araujo. Aprendizagem organizacional e organização de aprendizagem: desenvolvimento na teoria e na prática. São Paulo: Atlas, 100-116.
Elkjaer, B., & Huysman, M. (2008). Social Worlds Theory and the power of tension. In D. Barry. The Sage Handbook of New Approaches in Management and Organization. London: SAGE, 170-177.
Elkjaer, B. (2013). Pragmatismo: Uma Teoria da Aprendizagem para o Futuro. In K. ILLERIS. Teorias Contemporâneas da Aprendizagem. Porto Alegre: Penso, 91-108.
Eraut, M. (2004). Informal learning in the workplace. Studies in Continuing Education, 26(2), 247-273.
Eraut, M. (2011). Informal learning in the workplace: evidence on the real value of work-based learning (WBL). Development and Learning in Organizations, 25(5), 8-12.
Flores, J. G. (1994). Análisis de datos cualitativos: aplicaciones a la investigación educativa. Barcelona: PPU, 7-107.
Genari, D., Ibrahim, C. V. D., & Ibrahim, G. F. (2017). A percepção dos servidores públicos sobre a socialização organizacional: um estudo no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Holos, 5, 313-328.
Gerber, R. (2006). Learning and Knowing in Workplaces: how do people learn in their work. In G. Castleton, R. Gerber, & H. Pillay. Improving workplace learning: emerging international perspectives. New York: Nova Science Publishers, 35-45.
Griffin, A. E. C., Colella, A., & Goparaju, S. (2000). Newcomer and organizational socialization tatics: an interactionist perspective. Human Resource Management Review, 10(4), 453-474.
Hall, Richard H. (2004). Organizações: estrutura, processos e resultados. São Paulo: Pearson Prentice-Hall.
Illeris, K. (2011). The general conditions of workplace learning. In K. Illeris. The fundamentals of workplace learning. London and New York: Routledge, 131-141.
Le Clus, M. (2011). Informal Learning in the Workplace: a review of the literature. Australian Journal of Adult Learning, 51(2), 355-373.
Louis, M. R. (1980). Surprise and sense making: what newcomers experience in entering unfamiliar organizational settings. Administrative Science Quarterly, 25(2), 226-251.
Marsick, V. J.; J., & Yates, J. L. (2012). Informal Learning and Complex Problem Solving of Radiologic Technologists Transitioning to the Workplace. In H. Hou (Org.). New Research on Knowledge Management Applications and Lesson Learned, Croatia: InTech, 171-194.
Merriam, S. B. (2002). Qualitative research in practice: examples for discussion and analysis. San Francisco: Jossey-Bass.
Milligan, C., Margaryan, A., & Littlejohn, A. (2013). Learning at transition for new and experienced staff. Journal of Workplace Learning, 25(4), 217-230.
Ostroff, C., & Kozlowski, S. W. J. (1992). Organizational socialization as a learning process: the role of information acquisition. Personnel Psychology, 45(4), 849-874.
Reatto, D., & Godoy, A. S. (2017). Aprendizagem Informal no Setor Público: Foco nas Interações Sociais e Contexto Organizacional. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 11(1), 17-36.
Rodrigues, A. L., Barrichello, A., & Morin, E. M. (2016). Os sentidos do trabalho para profissionais de enfermagem: Um estudo multimétodos. RAE-Revista de Administração de Empresas, 56(2), 192-208.
Shinyashiki, G. (2002). O processo de socialização organizacional. In M. T. L. Fleury (Org.). As pessoas na organização. São Paulo: Editora Gente, 165-184.
Van Maanen, J., & Schein, E. (1979). Toward a theory of organizacional socialization. In M. B. Staw, & L. L. Cummings (Org.). Research in organizational behavior. Greenwich: JAI Press, 209-264.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
- 2.13 Derechos de autor y licencias: esta revista sigue siendo el titular de los derechos de autor de los artículos publicados. Para ser publicado, los autores deben firmar la Carta de transferencia de derechos de autor, que se envía a los autores por correo electrónico, otorgando derechos, incluida la traducción, a ReA / UFSM. La revista otorga a terceros el derecho a usar, reproducir y compartir el artículo de acuerdo con el acuerdo de licencia Creative Commons (CC-BY 4.0), como se indica en los documentos PDF de los artículos.